domingo, 27 de abril de 2008

Stardust. O Mistério da Estrela


Galera! Antes de falar qualquer coisa, devo desculpas a meus poucos e, até em alguns casos, fiéis leitores que também são proprietários dos blogs que eu leio.
Minha vida anda um pouco agitada. É claro um pouco em razão do feriadão da semana passada e outro pouco pelos compromissos pessoais. A cada semana que passa fica mais difícil manter isso aqui, e mais ainda de ler meus blogs de costume, mas prometo voltar ao normal. Estou me programando e esse é meu objetivo a partir de hoje!
Enfim, muita coisa boa aconteceu e, entre as tantas coisas que eu faço, está, com certeza, a presença de algum filme. E dessa vez dentre os tantos que assisti resolvi falar de Stardust.

Eu peguei esse filme na locadora por ser fantasia e, quem me conhece sabe o apreço que eu tenho sobre esse estilo de história. E... bem, posso dizer que não me arrependi.
O filme é muito bom. Filmes e histórias desse tipo, em geral tendem a serem - em muitos casos - ridículos; e para não cometerem esse pecado a única saída é ser criativo. E isso é algo que eu consegui ver em Stardust.

A história fala de Tristan (Charlie Cox), um jovem que se apaixona pela menina mais bela da redondeza. Certa noite, os dois em um piquenique à luz das estrelas vêem uma estrela cadente e ele promete à amada buscar a estrela como prova do seu amor.
Com isso ele atravessa o muro que cerca a cidade e vai parar em outro mundo; um mundo de magia, encantos e bruxaria.
Juntamente com Tristan, os príncipes de Stormhold e a feiticeira Lamia (Michelle Pfeiffer) também buscam a estrela para fins pessoais. Todos se metem então em uma aventura perigosa e acirrada.

E o que concluir do "todo" do filme? Eu achei um filme típico de Sessão da Tarde. Ainda mais pela mania dos brasileiros de pôr subtítulo nos filmes ("O Mistério da Estrela" não está no nome orginal em inglês). Mas não um filme de Sessão da Tarde chato. É um daqueles raros bons que a Rede Globo decide passar após as suas enjoativas novelas.
Os efeitos especiais são bons, as paisagens muito bem escolhidas, a atuação de todos os atores é razoavelmente boa. Mas aí vale um destaque para Michelle Pfeiffer que encarnou a feiticeira vaidosa muito bem!
Há também momentos de humor que eu achei até que legais, mas, em alguns momentos, esse humor fica deslocado não condizente com o momento da cena.
A história é boa porque é bem contada. É um filme de início-meio e fim. Segue as linhas de roteiro justamente como o padrão hollywoodiano: o mocinho que ama e se aventura provocando um conflito que chega a um auge e depois se recupera. Do "príncipe encantado" com a missão de salvar a donzela. Do romance bem estilo conto de fadas mesmo. Isso pode derramar lágrimas dos mais emotivos e aplausos dos mais empolgados e a gente sai com a sensação de ter visto um filme bom.
Vale dar aqui uma nota: 8,5. Poderia até ser maior, se não fosse os dois erros grotescos de continuidade que eu consegui enxergar no filme. Tá certo que são detalhes se comparados ao imenso trabalho que exige um filme desse tipo, mas se ficaram tão perceptíveis assim, é porque faltou alguma coisa a mais.

Bem, vale conferir. Se já viram comentem. Se não viram, vejam e comentem. Se não viram nem querem ver, comentem mesmo assim...

E mais uma vez minhas desculpas pela demora nas postagens!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Falta de educação?

Antes de mais nada, meus sinceros pedidos de desculpas pelo atraso na minha postagem semanal.

Semana passada aconteceu uma coisa comigo que eu fiquei pensando seriamente com meus botões nos valores da nossa sociedade. Tinha um senhor em pé no ônibus lotado e ele estava segurando-se à minha frente. E eu estava sentado. Mas eu não dei lugar pra ele. Falta de educação? Foi aí que eu pensei: justamente eu, o cara que mais preza pelos valores humanos, pela inteligência, pelo respeito entre tantas outras coisas não envolvidas no caso... o quê me deu? O que aconteceu para que eu não desse lugar ao velhinho? Estava eu com febre? Não, eu lhes asseguro. Aconteceu que um monte de coisas passaram por minha cabeça. Um tanto egoístas, é verdade, mas verdadeiras.
Eu acordei às quatro horas da madrugada depois de ter dormido só quatro horinhas na noite anterior (é que eu chego em casa 23h da faculdade. Até pegar no sono, visto que eu ainda janto quando chego em casa, dá meia-noite), trabalhei a madrugada, a manhã e o comecinho da tarde ralado, cheguei em casa tinha mais tarefas da faculdade, dos meus compromissos externos e então embraquei no ônibus, no meu único momento de descanço onde posso fazer minha leitura com tranqüilidade, no pequeníssimo espaço de tempo que acho no meio da minha rotina. Além de ter pago um valor absurdo na passagem de ônibus o que me dá o direito de, ao menos, sentar-me.
Daí vocês podem pensar: mas que egoísta você, Juliano! Sim, chamem do que quiser. Eu mesmo me achei sem razão, mas não me arrependo, pois creio que aquele senhor estava, se não o dia inteiro, mas a maior parte do dia em casa descançando e acordou a hora que sanou todo seu sono. Ele iria também dormir, com certeza, no momento que o cançasso se abatesse sobre ele novamente, enquanto eu ainda teria que esperar a minha aula - que eu pago caro - terminar para então ir pra casa e brincar de dormir. Se isso tudo não bastasse tinha um monte de gente nova sentada também ali por perto. Porque só eu tinha que ceder o lugar? Será que todos pensaram como eu? Então isso é um mal da sociedade e não da minha personalidade. E se todos ficarem tocando as responsabilidades um para o outro alguém vai sair prejudicado; nesse caso, o velhinho.

Mas há uma boa razão para eu ter continuado no meu banco (além de todas as razões egoístas que mencionei). Certa vez eu fui dar lugar a uma senhora e ela me disse, letra por letra, a seguinte frase: "Desculpe, meu filho. Eu não sento em banco quente". Além de outra que colocou jornal no banco temendo que eu tivesse alguma doença infectosa nas minhas partes. Outras várias que me xingaram dizendo que eu tinha chamado elas de velhas... Enfim, é bem verdade que todas essas eram velhas e não velhos. E isso faz uma grande diferença. E é verdade também que há excessões: nem todas e todos que eu cedi lugar foram mau educados. Mas o fato é que no meu estado de cançasso daquele dia eu lembrei só dos grosseiros.

De tudo isso não faço idéia que conclusão tirar. Mas eu tenho certeza que se fosse uma grávida, uma mãe com criança no colo, alguém obeso ou deficiente, eu certamente me sentiria mais motivado ao gesto de educação. Talvez também em outro dia, com menos cançasso ou a passeio eu também me levantasse, mas se ocorrer de novo o mesmo fato eu, por mais que ache errado, vou pensar algumas vezes antes de levantar-me...

domingo, 6 de abril de 2008

A grife da Sétima Arte

Eu chego a ter um orgasmo quando entro num cinema. É tudo muito bom. O lugar é confortável, aconchegante, escurinho e bem decorado. Tem comida boa, muita pipoca e gente bonita. E o melhor: a gente vê filme lá.
Na minha opinião um dos poucos lugares perfeitos pra tudo na vida. Eu prefiro cinema do que agito de balada ou uma noite de sono perdida. Lá eu exercito minha imaginação, me encho de emoção com aquele som alto e bem definido onde cada detalhe sonoro é retratado e cada estrondo sonoro chega a tremer a sala.
Eu pensei em escrever sobre o filme que vi na semana passada: Juno. O filme foi indicado a Oscar e tudo, é muito bom, mas eu vou ficar devendo essa resenha pra vocês. Isso porque hoje fui devolta ao cinema e assisti Jumper. Outro filme altamente recomendável. Enfim... acho que filme é sempre bom e diante dessas idas ao cinema, não pude deixar de manifestar a minha alegria de estar lá. Companhia? Pra quê? Todo mundo se assusta quando digo que vou sozinho, mas a história que eu vou ver e viver é minha companhia.
Eu posso afirmar que eu sou um eterno admirador de cinema. Não tenho um arquivo cinematográfico muito grande na memória. Algumas pessoas na faculdade são fodásticas nesse quesito e eu sinto inveja, no bom sentido, claro. Eu nem tampouco gravo nome de atores e diretores. Mas o que eu me importo mesmo é com a qualidade. Quando o filme consegue mexer com algo aqui dentro... quando a gente sente aquela tensão, aquele medo, aquela emoção, é porque o filme tá fazendo efeito... é como um remédio mas ele é sempre bom.
E o melhor de tudo é que a gente sente, vê e ouve tudo isso numa sala escura e cheia de gente. Hoje, vendo Jumper, viajei o mundo inteiro só indo para o centro da cidade. Sentado numa poltrona me diverti a beça e voltei pra casa num clima bem típico de final feliz de filme: sorriso no rosto e o vento agitando os cabelos.

Não é à toa que eu montei meu quarto num modelo de sala de cinema. Comprei uma TV grande, home-theater e pintei de azul com uma parede mais escura. Black-out na janela, e quando não posso ir ao cinema, tenho um cinema em casa.

Meu maior sonho não poderia ser outro: gravar um filme. Eu tenho livros que eu escrevo e onde consigo pôr essa imaginação que tanto viaja quando vejo fimes pra funcionar. No fim, acredito que com essa moda de adaptar livros pra telona eu também vou ter minha chance. Sonhos, sonhos... mas como não se paga para tê-los, não vejo porque parar de pensar assim.

São poucos os momentos bons que eu tenho na minha vidinha pacata e por vezes sem graça. Mas eu dou graças a Deus por ter oportunidade de viver um pouco e me contentar com poucas coisas assim... que me fazem bem. Quando a gente consegue se animar com algo que fazemos ou gostamos, isso é um bom passo para ter a cada dia um motivo a mais para ser feliz.