segunda-feira, 27 de abril de 2009

Beto Carrero World

Depois de mais de mês sem novas postagens, volto à ativa num assunto de pouco rendimento, mas, ainda assim (pra mim), interessante. Não se propõe, no entanto, a ser mershandising. Muito pelo contrário. É uma experiência minha, meus sentimentos em relação a este lugar.
Em 2001 foi a primeira vez que eu fui no Beto Carrero. Na ocasião, o valor promocional do passaporte era R$ 15. Eu tinha 12 anos, nunca tinha visto uma montanha-russa na vida, tampouco passado um dia tão divertido na minha história e, por isso, aquele dia me marcou tanto que o parque, um dos maiores do mundo e o maior da América Latina, passou a ser uma das minhas rotas prediletas.

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Oito anos se passaram e ontem eu fui pela 9ª vez. O passaporte promocional é, hoje, mais caro que o preço normal que quando eu fui pela primeira vez: R$ 60. Mas o que é capaz de fazer eu gostar tanto desse lugar? Enumero:

Por ser um parque temático, eu, na minha fértil imaginação, imagino horrores de coisas. A cada rua do parque eu me deparo com uma história, com o "Era uma vez" de um livro, ou com a abertura de um filme. Seja na Ilha dos Piratas, no Velho Oeste, ou num passeio de trem pelo tempo e na era dos dinossauros. Sempre volto de lá carregado de inspiração, pesado de "bagagem imaginativa" e saciado de fantasia e adrenalina.

Pelo fato de Beto Carrero ter sido um cowboy, cavalo é o que não falta. E é incrível ver tantos animais - um dos meus prediletos - de várias raças, cores e tamanhos. Desde o mais desconhecido, até o famoso companheiro do falecido João Murad: o Faísca. E o que mais chama a atenção é o cuidado com que os animais são tratados. Respeito, carinho, higiene. Além de todo o gigantesco zoológico com diversos animais: algo que não é tão fácil de vermos com frequencia: zebras, girafas, elefantes, leões, ursos e uma verdadeira fauna de mamíferos e aves.

E pra deixar o dia de qualquer um que passa por lá ainda mais incrível claro que tem os brinquedos. Atração principal que transforma o dia de todo mundo. E, apesar de não serem muitos (os radicais), mas são caprichados.

Ontem fui na nova montanha-russa. Inaugurada em 28 de dezembro, alguns navios fizeram o translado, duzentos e poucos caminhões percorreram escoltados na BR-101 sul, interditada especialmente para o transporte. Tudo isso para botar de pé a maior montanha-russa da América Latina, única invertida do Brasil (com os trilhos sob a cabeça e os pés suspensos), numa queda de 40 metros a 100km/h, uma paisagem exuberante e um trajeto que passa por cima de um rio. Andar ali é uma experiência sem explicações. Fenomenal. Valeu a pena a fila de uma hora.

Além de todos os outros já conhecidos: a Star Montain, o Elevador, Tchibum, Império das Águas, Big Tower (que eu não fui dessa vez, faltou coragem) entre tantos outros.
E pra encerrar, um show que mistura comédia e bang-bang, numa lenda criada para contar a história de Beto Carrero, conforme ele sonhava em ser conhecido: o Zorro brasileiro.

Sei que existe nesse mundo (e isso é assunto para outro post) pessoas de vários tipos que sempre querem ver "sem gracisse" nessas coisas. Que não entendem o que é sonho e fantasia e o quanto tudo isso faz bem pra gente. E pior ainda são aqueles que sempre atribuem a realização do sonho à desonestidade.

A história de João Murad e tudo o que ele conquistou me enche de esperança e confiança, e talvez seja por isso que eu goste tanto daquele lugar. Ele sonhou em ser o "cowboy brasileiro" e, apesar de título não tão popular, não houve outro além dele. Ele sonhou em construir a "Disney brasileira", e ergueu. Não está pronta, e nem é tão majestosa quanto o parque americano, mas está no caminho certo. E tudo começou simplesmente com um circo.

Os maldosos, como disse acima, costumam atribuir essas coisas à atitudes desonestas, como "vender a alma". Eu até acredito que João Murad tenha vendido a alma, mas não para o diabo. Vendeu para os seus sonhos, para seus músculos e suas ideias. Vendeu para sua mente, para, com força de vontade, arregaçar as mangas e lutar por aquilo que ele queria. E tudo foi tão intenso e verdadeiro, que contagia a cada um de nós quando entramos lá e nos entregamos às viagens que cada metro quadrado do parque nos proporciona embarcar.

Sem dúvida, cada passo é uma aventura radical.



Fotos: no alto, o letreiro gigante na entrada da Fire Wip e um pedacinho dela. Foto minha
Aqui embaixo, foto de divulgação dos loopings da Star Montain

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