Olá povo que resolveu passar/voltar ao Andarilho! Eu estava realmente sumido, mas em nenhum momento pensei em abandonar isso aqui. Pelo contrário: toda semana eu pensava em posts novos, mas acabava adiando e não postava nada. Sempre via a necessidade de escrever.
Daí essa semana eu tava programando outra coisa bem diferente pra postar, mas eis que ontem houve uma sucessão de acontecimentos que me fizeram pensar: eu não posso ficar indiferente a essas coisas.
Só para vocês entenderem: ontem teve show da banda Hori (aquela cujo vocalista é o filho do Fábio Jr.). Paralelamente, tinha uma festinha aqui do lado da minha casa com música eletrônica advinda de carros rebaixados, com neon e aquelas firulas automotivas todas que eu não sei o nome de 20% dos atributos. E, também ontem, vi uma colega minha entrar numa comunidade do Orkut que xingava esses rapers que ficam escutando música no celular sem fone.
Colocando tudo isso num caldeirão o que eu percebo? Há uma intolerância de todos com todos. Não há mais respeito de uma "tribo" com outra. O que faz um metaleiro pensar que ele é mais suportável que um pagodeiro? Acho que o problema não está nas atitudes de certo grupo de pessoas com "ideologias musicais" próprias, se assim eu puder chamar.
Não tô dizendo que eu gosto, mas o que te incomoda em alguém usar calça colorida? Isso vai te atingir, mudar tua vida? É simplesmente uma preferência do sujeito, ou daquele grupo de sujeitos. Da mesma forma como os metaleiros gostam de preto, pagodeiros de boné e sertanejos de calças apertadas.
Quando uma dessas tribos invade o espaço da outra aí há falta de respeito. E quando isso acontece? Quando rapers abrem as portas de seus carros turbinados de sons potentes na frente de um barzinho de pagode, quando sertanejos ficam ouvindo música no ônibus, com o celular, sem fone de ouvido, enfim. Essas coisas.
Eu não gosto do Fiuk, nem da banda dele, nem de Cine, nem de Restart. Mas o fato de eles estarem no Treding Topics no Twitter não me incomoda porque eu não sigo nenhum emo colorido. Da mesma forma, não é essa "adolescentização" do Orkut que me incomoda nesta rede social, mas as mudanças ridículas que de vez em quando o Google faz lá.
E quantas vezes eu vejo as pessoas reclamarem do Twitter ou do Orkut porque esse tipo de gente está presente? Quem te disse que os pagodeiros são obrigados a escutar a sua Lady Gaga? Quem disse que o seu estilo é melhor que o do outro?
Tá certo que existem movimentos musicais questionáveis. Mas, como dizia minha amiga Camila Prochnow, que defendeu nessa semana sua monografia, "a música é muito sensorial". Você sente coisas boas escutando Gilberto Gil que eu não sinto. Por isso, pra mim, a Wanessa, a Celine Dion, diz mais, é mais música. Logo, ninguém tem o direito de exigir extinção de nada. O que seria do verde se todo mundo gostasse do amarelo?
Um comentário:
Vim agradecer tua visita e chego aqui já te aplaudindo! Disseste tudo! Concordo plenamente, sem nada a acrescenta a não ser que abomino pessoas que vivem a julgar o próximo ou o que ele faz, a não ser, como disseste, quando lhe invadem o espaço. Um grande abraço!
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