quinta-feira, 7 de julho de 2011

Série Wanessa: O sonho pela música e as razões do preconceito


Neste mês, como explicado aqui, entre outros assuntos que porventura surgirem, o Andarilho estará fazendo um panorama histórico da carreira de Wanessa.
No post de hoje, vamos acompanhar o início da carreira da cantora. Mas, para isso, precisamos voltar um pouco no tempo, afinal, para alguém decidir escolher a música como profissão, deve existir algumas motivações. Então, seguimos.

Se existe gente que nasce em "berço de ouro" por ter sido criado em família abastada, podemos dizer que Wanessa nasceu num "berço de música". Mesmo sem dinheiro, a família Camargo respirava musicalidade desde gerações passadas.

Francisco, avô da garota, sempre foi um apaixonado por música e fez de seu filho, Mirosmar, mais conhecido como Zezé di Camargo, um verdadeiro cantor. Antes de montar a dupla com seu irmão Luciano, Zezé já cantava e vivia numa situação de plenas dificuldades financeiras. Nessa época, Wanessa já era nascida.
Foi somente com oito anos, depois de ouvir muito seu pai cantar e de presenciar diversas aulas de canto que ele ministrava a seu tio Luciano, que a garota pode vivenciar uma realidade distinta da vivida até então: sua família, com "É o Amor", passou a ser conhecida. Veio a fama, a mudança de status social e o crescente desejo de cantar.

Ainda criança, Wanessa participou, em São Paulo, de um musical, chamado "Miausical", adaptação da peça americana "Cats". Anos mais tarde, com o sequestro do seu tio, Zezé mandou a família para os Estados Unidos, para que vivessem em segurança por certo tempo. Lá, Wanessa completou sua fase colegial numa escola que tinha diversas aulas extras de arte. E entre todas as formas de arte, a garota escolheu a música. Essa escolha possibilitou a Wanessa fazer parte de um coral que se apresentaria em palcos importantes nos Estados Unidos, como a Disney.
Não demorou muito para vir o desejo do primeiro CD. E saiu, em 2000, com sucessos como "O Amor Não Deixa", "Apaixonada Por Você", "Eu Nasci Pra Amar Você" e "Eu Posso Te Sentir".
Até aquele momento, não havia ninguém que fizesse esse tipo de música, além dos também filhos de sertanejo Sandy & Junior. Imediatamente vieram as comparações, cobranças, críticas e deboches.


Wanessa era colocada no mesmo patamar da outra dupla de mesmo estilo e de família criada na música. Mas esqueciam-se que, enquanto esta estava apenas começando e buscando ainda um estilo próprio, a outra já havia tido tempo de achar o que queria, já tinha anos de experiência, inclusive os pais tinham mais estrada. Ao contrário de Wanessa, a dupla de irmãos teve a oportunidade de errar e cantar músicas não tão artísticas, por assim dizer; porque eram crianças e, por isso, a cobrança nunca fora tão pesada.

Wanessa precisava ser igual: estar certa do que queria, cantar somente músicas acertadas artisticamente e ter as mesmas técnicas vocais de qualquer pessoa com anos de estrada. Pra quem não gostava nem da dupla, nem de Wanessa, restou o rótulo de "brega" e "caipira", além de ser acusada de fazer carreira em cima da fama do pai.
Wanessa participou de um Domingo Legal, programa então apresentado por Gugu Liberato, no SBT. Ao vivo, inesperadamente, e de improviso, ela foi convidada a cantar uma música sua com Ivete Sangalo. Tentando, na hora, as duas, fazer um arranjo vocal para a música, o resultado foi um fiasco. Ivete não foi criticada por isso. A crítica caiu duplamente para Wanessa: a breguinha, além de cantar mal, fez Ivete desafinar.

De outras correntes, veio outra crítica: a de querer copiar. Wanessa foi acusada de querer copiar Sandy (isso foi exaustivamente falado), Shakira e até Britney Spears. Mais tarde, disseram que ela queria copiar Mariah Carrey e Shania Twain. Além das comparações que, ao longo da sua carreira, foram sendo ditas. Mas isto é assunto para mais adiante.

Com essa exaustiva cobrança, de um desempenho perfeito, começaram a surgir críticas que nem estavam ligadas com o trabalho artístico de Wanessa: a cantora era taxada de gorda, depois de ex-gorda, depois de magricela demais. Em seguida, veio a fama de rebelde e de querer se achar.

Tudo estava incutido no preconceito de grande parcela da população que nem conhecida o trabalho de Wanessa, mas por avaliá-la somente através de comparações, acabavam por não gostar dela. E, claro, a mídia de fofoca, principalmente, era a principal protagonista na divulgação de todo esse tipo de críticas e cobranças.
De tudo isso, é possível chegar a conclusões fáceis: KLB, trio de irmãos cujo pai é um importante empresário, que financiou a carreira dos filhos, acabou. É a prova que dinheiro não compra uma carreira.

SNZ, filhas da cantora Baby Consuelo e do guitarrista Pepeu Gomes, e Pedro & Thiago, dupla de primos formada pelos filhos de Leandro & Leonardo, surgiram, todos, na mesma época que Wanessa. E já não existem. É a prova que ser filho de gente famosa também não garante futuro na carreira musical.
Wanessa buscou melhorar e deu tempo ao tempo para conquistar tudo aquilo que precisava ser aprimorado: sua voz, seu estilo musical, seu público. O que veremos a seguir é um vídeo que mostra a capacidade que a jovem, ainda com 17 anos, já tinha. Na época só faltava rumo, objetivo. Talento, é inegável, ela tinha. Hoje, obviamente, está muito melhor.

E, claro, vamos relembrar o primeiro sucesso de Wanessa.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Wanessa e a revolução da Pop Music no Brasil


Será lançado neste mês o novo álbum da Wanessa. E o Andarilho vai fazer um apanhado histórico da carreira da cantora até aqui.

Mas, afinal, porque disso?

Simplesmente porque Wanessa está fazendo com a pop music no Brasil o que nenhum outro artista fez. Isso é indiscutível. Mas até onde vão os méritos dela? Há brasilidade neste novo trabalho? Wanessa está pegando a onda das grandes divas internacionais atuais da pop music para fazer sucesso? Há verdade nesse trabalho? Seriedade? Arte?

Existem perguntas que poderemos responder com mais facilidade. Outras, teremos que esperar o CD - entitulado "DNA" - sair para, então, fazermos uma análise com mais propriedade.

Até lá, vamos conhecer um pouco mais de Wanessa e onde esteve essa vertente pop ao longo da carreira dela e que ninguém nunca percebeu. Nem ela.

Pra começar, ficamos com um vídeo divulgado pela Sony Music, que mostra os bastidores da produção de fotos para o encarte do novo CD. Acompanhem e divulguem! Vamos saber o que está se fazendo de música pop NO Brasil e PARA o Brasil.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O homossexualidade e a sociedade brasileira


Infelizmente, no mundo em que vivemos, impera a lei do mais forte. Nos primórdios dos tempos, o ser mais forte, respeitado e poderoso era a mulher: era ela quem gerava a vida. Dela vinha a posteridade. Assim como as plantas brotavam do chão e embelezavam a terra, os homens acreditavam que a mulher era o ser sagrado e único capaz de dar origem à outra vida humana. Quando os homens descobriram que sozinha a mulher nada podia, mas precisava do macho para procriar, iniciou o império masculino-machista: a mulher foi obrigada a obedecer o homem e, por muito tempo, não passou de mero objeto de pertence. Não era um ser humano: para o pai de uma menina recém-nascida, era a vergonha da família. Para o noivo, um pertence a ser conquistado no casamento. Para o marido, um objeto sexual e servil.

Algumas mulheres aprenderam que o seu lugar não era servir e sabiam da sua capacidade de realizar as mesmas tarefas que os homens, com a mesma qualidade, e lutaram por seus direitos no decorrer das épocas. Essas tornaram-se as mulheres que até hoje são a favor da justiça e contra o preconceito.
Não é para estas que vou falar neste texto.

Outras se acomodaram e aprenderam que o macho é quem manda, e passaram a achar natural essa soberania masculina; com o passar dos tempos, isso se tornou até inconsciente. E no decorrer da história da humanidade, muitas mulheres continuaram com a imagem do homem superior, dono do lar, partícipe da procriação, senhor da família e, a mulher, apenas sua companheira, ajudante do lar e, mais tarde, ajudante -também - das contas a pagar. A sociedade acatou isso. E prega isso até hoje.

Porém, desde os tempos mais remotos da história humana, existiram os homossexuais. Inicialmente, eles não eram a escória da socieadade. Muito pelo contrário. Na condição de escravas, as mulheres serviam apenas para procriar. Quando os homens estavam em busca de prazer, procuravam seus iguais.

Daí pode-se explicar porque tantas religiões condenam a prática homossexual: nos tempos remotos, ela estava ligada somente à promiscuidade, sem nenhuma carga de sentimento presente. Mas, da mesma forma como ficou provado - ao contrário do que a Igreja dizia - que negros, índios e mulheres têm sentimentos, sabemos, hoje, que os homossexuais também têm sentimentos. Dizer que gays e lésbicas não amam é o mesmo que concordar com islâmicos que cortam o clítoris das adolescentes assim que menstruam pela primeira vez, por acreditar que mulher não pode sentir prazer. Que elas não têm sentimentos. É retrógrado.

Mas se antigamente a homossexualidade era ligada à promiscuidade, hoje isso não se configura uma regra. Na verdade, sabemos, inclusive, que não se trata de uma doença, por exemplo. A Organização Mundial da Saúde já recomendou, há muitos anos, que não se usasse o termo "homossexualismo" porque o sufixo "ismo" indica doença, e não é o caso. A homossexualidade está ligada a fatores genéticos. Nada de "mãe que criou o filho brincando de boneca", ou "pai ausente". É no gene que isso está definido. Isso é ciência, não achismo. Portanto, não se trata de uma opção sexual, mas sim de uma orientação definida pelo próprio organismo da pessoa.

Até é impensado que alguém possa querer escolher envergonhar os pais, ser chacota da sala de aula, correr o risco de não ser aceito em uma proposta de trabalho, se submeter a situações de risco à criminalidade e violência ainda maior, ser ofendido, marginalizado, criminalizado, discriminado, ser motivo de piada, ser condenado, excluído, mal visto, pré-julgado, mandado ao inferno, impedido de doar sangue, ter direitos negados, ficar se escondendo para demonstrar afeto à alguém, entre tantos outros pontos negativos na sociedade dirigidos aos gays.

Partindo dessa breve contextualização histórico-científica, vamos abordar os principais pontos condenados por aqueles que insistem em julgar e reprimir os homossexuais:


Homossexualidade e promiscuidade
A promiscuidade NÃO É uma característica exclusiva, muito menos predominante dos homossexuais. Listemos apenas algumas ocasiões onde a promiscuidade está incutida e não se enquadra no "meio gay": o carnaval, propaganda de cerveja, letra de música sertaneja, letra de funk, bailarinas de programa de auditório, programas humorísticos da TV aberta, filmes (especialmente as comédias jovens americanas), as cantadas ridículas disparadas por homens para as mulheres em qualquer local público, as buzinadas que as mulheres recebem ao caminhar na rua, o comportamento jovem em qualquer concentração de rapazes e garotas com o álcool como ingrediente, festas em geral (as mulheres, geralmente, pagam menos pra haver muitas opções para os homens) e letras de rap americano.

Quando as pessoas associam homossexualidade à promiscuidade, estão pensando no homossexual como um ser que só pensa em sexo. E não é nada disso. O que ocorre, apenas, é que a pessoa homossexual não se sente atraída pelo sexo oposto. Portanto, ela não consegue desenvolver um sentimento de relacionamento amoroso, afetivo e sexual a dois, com uma pessoa do sexo oposto. O sexo é só mais um elemento, não o centro de tudo.

Há heterossexuais que são promíscuos e há os que não são. Com os homossexuais, funciona exatamente da mesma forma.

Homossexualidade e pedofilia Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Aliás, eu não me recordo de notícias onde o agressor sexual de um menor era gay. Muito pelo contrário: a grande parte das notícias envolvendo casos de abuso sexual contra crianças relatam que os crimes foram cometidos por familiares próximos. Ou seja: pais, padrastos, avôs e tios. Padres e pastores também se enquadram nesta lista. Ou seja, teoricamente, todas estas figuras são heterossexuais.

E mais: pedofilia não está ligada ao abuso sexual de crianças com o mesmo sexo do agressor. Em muitos casos, meninas são agredidas. Por homens, obviamente. É muito raro encontrar mulheres agressoras, embora exista e, quando ocorre, elas não são lésbicas.


Homossexualidade e Deus
Como cristão católico, tenho ciência da condenação imposta por Deus aos homossexuais descrita em Levítico e em I Coríntios. Mas paremos para analisar a Bíblia dentro do seu contexto histórico e teológico, e não apenas a tomemos como um livro cuja verdade deve ser seguida ao pé da letra.

Inicialmente, temos aquele ponto que citei lá no início do texto: nos anos A.C, a homossexualidade era, majoritariamente, tratada como algo promíscuo: os homens abandonavam suas mulheres para buscar prazer com outros homens. Não havia o que falei acima, sobre o sentimento. Era prazer. Eles tinham uma mulher, mas a trocavam. Semelhante a isso, o adultério também é condenado. Não deixa de ser um adultério.

Mas esta não era a realidade nos anos D.C, quando São Paulo escreveu sua epístola aos habitantes da cidade de Corinto. Apesar disso, a população desta cidade vivia no mundo do crime, do desrespeito e da prostituição. Além do pensamento de Paulo ter sido extremamente influenciado pelas questões machistas-históricas que também já listei.

Mas agora passemos para a questão teológica da análise: Jesus, sendo Deus, segundo o cristianismo, em nenhum momento condenou a prática homossexual. Diriam os fanáticos que é porque não houve um fato que o levaria a isso. Eu discordo. Vejam o que Jesus disse a respeito da antiga lei:

"Sabendo os fariseus que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus, reuniram-se e um deles, doutor da lei, fez-lhe esta pergunta para pô-lo à prova: 'Mestre, qual é o maior mandamento da lei?'. Respondeu Jesus: 'Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito'. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo. Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas'". (Mateus 22, 34-40).

Se ainda assim nossos amigos conservadores não acreditarem que Deus não é tão radical contra algo que ele mesmo criou (segundo a ciência, um fator genético, natural, encontrado, inclusive, no reino animal), podemos analisar outros fatos que a antiga lei condenava e que Jesus, o Cristo, Senhor máximo do cristianismo e regente de todos os dogmas das milhares de placas de igrejas de todos os pastores brasileiros e internacionais, deu nova luz:

O que dizer da parábola do bom samaritano? Os samaritanos eram tidos pelos judeus (Jesus era judeu) como um povo indigno do olhar divino, e Jesus se referiu ao samaritano como sendo o homem-bom da sua mais conhecida parábola. (Lucas 10, 25-37). Não obstante a isso, Jesus se dirigiu à samaritana, igualmente impura para os judeus, o que causou espanto a ela mesma. (João 4, 1-26).

E mais: a mulher adúltera, prostituta, que iria ser morta a pedras pelos fariseus e doutores da lei, a quem Jesus salvou com uma de suas falas mais emblemáticas: "Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra." (João, 8, 7).

E o ladrão ao lado da cruz? Mal pela vida toda, mostrou fé e confiança em Jesus no último momento, sendo que em nenhum momento ele havia respeitado sequer o maior mandamento que já citamos aqui! (Lucas, 23, 40-43).

Acho que temos indícios suficientes que o que mais importa para Deus, e para o próprio Cristo, é o amor. Independente de sexo. Respeito mútuo e amor ao próximo e a Deus sobre todas as coisas: isto é a lei. O que salva é a fé (Conforme Lucas 18, 42; Lucas 17, 6; Marcos 10, 52; Mateus 15, 28; entre outras). Quando ao resto, discutirei no próximo post (as igrejas e suas hipocrisias).


Homossexualidade e violência
Recentemente, em Jaraguá do Sul, norte de Santa Catarina, um rapaz morreu agredido a golpes de chutes e faca por outros três garotos. Eles brigavam por uma menina.

Da mesma forma, todos os fins de semana, por festas em todo o Brasil e o mundo, quantas brigas são motivadas pelos machões enciumados e esquentadinhos nas baladas e bailes heteros? Em balada gay, isso raramente acontece.

Da mesma forma, não existem registros, nem fatos, nem inquéritos criminais, de pessoas que foram assassinadas ou violentadas por serem heterossexuais. Mas por serem gays, sim. Muita gente é violentada todos os dias e existem absurdos índices de homicídios.

Como se não bastasse, pela pressão psicológica imposta pelas igrejas e pela própria sociedade, muitos jovens tiram a própria vida por acreditarem estar pecando. Porque acham que são problemáticos ou anormais e porque creem que vão pro inferno se viverem numa vida homossexual. É sabido que isso acontece, mas, infelizmente, não há estatísticas, porque dados envolvendo suicídios não são divulgados.

Além disso, existe a violência em casa. Pais e mães que agridem verbal e fisicamente seus filhos quando descobrem sua condição sexual. E pra piorar, os expulsam de casa. E por quê?


Homossexualidade e os direitos humanos e civis
É muito complicado, ainda, embora sem motivos, tratar com naturalidade dois homens ou duas mulheres se beijando na rua. Mas matar esse tabu é mais do que urgente.

Casais homossexuais se obrigam a demonstrar afeto na surdina, no escuro, nos cantos. Não estão cometendo crime algum, mas são obrigados a se misturar a traficantes, drogados e ao risco em geral se quiserem dar um abraço mais afetuoso ou um beijo. Isso é a porta de entrada para o assassinato. Afinal, há quem se aproveite dessa situação para matar um homossexual, porque está num lugar deserto e não há testemunhas. Absurdo? Mas acontece!

Além disso, existem casais que passam anos construindo uma vida juntos e não podem assumir todas as conquistas como um bem conjunto, unicamente porque a legislação brasileira não permite o casamento gay, embora a união civil já seja uma realidade - contestada por alguns juízes, é verdade - mas atestada pelo Supremo Tribunal Federal.


Homossexualidade e a perpetuação da espécie humana
Milhares de crianças no mundo todo estão órfãs, esperando adoção. Foram largadas ao mundo porque alguém as pôs no mundo sem planejamento. Nem sempre são fruto de relações conflituosas. Muitas vezes nasceram no seio de uma família, mas são indesejadas.

Do lado de quem quer adotar, há preferência: bebês brancos. De olhos claros, se possível. Assim, aquelas crianças mais crescidas crescem órfãs e às vezes chegam à juventude sem terem tido uma família.

Na China (país mais populoso do mundo), a quantidade de filhos por casal é limitada a um. Com medo de aumentar a população contra a vontade do governo, muitas vezes, ao nascer uma menina, os pais matam a criança, ou a abandonam em qualquer lugar (como na foto ao lado). Quem tem mais de um filho, paga multa.

E se o mundo não fosse cheio de miseráveis e todo mundo conseguisse levar uma vida razoável e digna, os recursos naturais do planeta seriam insuficientes para dar conta da população mundial.

A água é um recurso renovável, porém, finito. Sabem por quê? Simplesmente porque ela não consegue se renovar com a mesma velocidade do crescimento populacional. Exatamente por isso, dentro de menos de 25 anos, centenas de novos países vão sofrer com a falta d'água (alguns já sofrem com isso).

Querem encher ainda mais o mundo?

Ah! E só um "p.s.": os homossexuais ainda são minoria. E sempre foram. Logo, não são eles que serão responsáveis pelo extermínio da espécie humana. E apesar de não terem atração pelo sexo oposto, não lhes foi tirada a condição natural de procriação.
Considerações Finais
Diante de tudo isso é preciso PARARMOS com esse discurso de ódio. Se o seu ódio por gays é pelas questões religiosas, lembre-se do que Jesus disse: "Não julgueis e não sereis julgados. Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos. Porque olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?" (Mateus, 7, 1-4).

Se o seu ódio é por perder os seus direitos civis para ceder a outrem, fique tranquilo: brancos não perderam seus direitos para ceder aos negros, homens não perderam direitos para ceder às mulheres, pessoas fisicamente perfeitas não perderam direitos para ceder à quem tem necessidades especiais. Não é agora que isso vai mudar. Muito pelo contrário: homens brancos e fisicamente perfeitos continuam sendo os que têm mais direitos e oportunidades no mundo.

Agora se o seu ódio é porque o conceito de família está sendo deteriorado, fique tranquilo: se amarmos uns aos outros, não é preciso a família do modo tradicional. Com respeito e carinho, todos viverão bem. Mas enquanto lutarmos cegamente, unicamente por convenção, que a família tem de ser pai, mãe e filhos (o cachorro e o papagaio, quando possível), haverão mulheres sendo violentadas sem poder se separar (para manter a família), problemas financeiros familiares porque o pai é dependente químico (para manter a família), filhos infelizes porque os pais querem que eles sigam uma carreira pré-determinada (para manter a família) e tantos outros problemas que só o amor e uma família construída com sentimentos verdadeiros e duradouros, cheios de carinho e respeito - e não a família padrão - é que vão impedir.

Enfim, se seu ódio não tiver explicação, nem motivos, nem argumentos, se interne. Você é infeliz, mal-amado e o problema não está na homossexualidade. Está em você.



Créditos das fotos:

3ª foto: Elza Fiuza/ABr
4ª foto: Thiago Bernardes/UOL
Demais: DIVULGAÇÃO

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terça-feira, 31 de maio de 2011

Dois filmes de O Hobbit já têm títulos e datas para estreia

Depois de anos de pendengas judiciais, financeiras, trocas de diretor e problemas relacionadas à saúde do idealizador, enfim O Hobbit começou a ser gravado. Mas isso já não é notícia nova, até porque a equipe já está se encaminhando para o segundo bloco de gravações, que inclui as batalhas da história.

A grande notícia do momento é a definição do título das suas partes da história. O primeiro deve se chamar "The Hobbit: An Unexpected Journey" (algo como "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada") e o segundo "The Hobbit: There and Back Again" ("O Hobbit: Lá e De Volta Outra Vez").

Os títulos são muito bem escolhidos. O primeiro faz alusão à própria natureza da história: nada do que aconteceu com Bilbo era esperado ou premeditado por qualquer um dos envolvidos.

Já o título do segundo longa faz uma referência ao nome que Bilbo deu ao seu livro - mostrado em O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel e O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei - contendo os relatos das aventuras que serão protagonizados nesta pré-sequência.

E mais: as datas de lançamento também já foram divulgadas! O primeiro filme deve ser lançado nos Estados Unidos no dia 13 de dezembro de 2012, e o segundo, dia 14 de dezembro de 2013.

O Hobbit se passa 60 anos antes dos eventos de O Senhor dos Anéis. Ele conta como Bilbo Bolseiro achou o Um Anel na caverna de Gollum, ainda sem saber que se tratava do lendário Anel de Sauron. O filme será baseado no livro homônimo de J.R.R. Tolkien, contendo alguns acréscimos necessários tirados de O Silmarillion, Contos Inacabados e dos apêndices de O Senhor dos Anéis, para explicar o que não está dito em O Hobbit.

O roteiro foi escrito a oito mãos por Peter Jackson, Fran Walsh, Philippa Boyens e Guillermo del Toro. A direção é de Peter Jackson, mesmo diretor da Trilogia do Anel. Junto com ele, devem voltar outros atores presentes na trilogia: Ian McKellen (Gandalf), Orlando Bloom (Legolas), Christopher Lee (Saruman), Hugo Weaving (Elrond), Andy Serkis (Gollum) e Cate Blanchet (Galadriel). Howard Shore deve voltar a comandar a trilha sonora e a Weta, mesma responsável pelos efeitos especiais de O Senhor dos Anéis, Distrito 9 e Avatar, estará assumindo um dos postos mais importantes para o sucesso dos dois longas.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

"A Garota da Capa Vermelha" no Set

O espaço para falar dos filmes que estão em cartaz no cinema é lá no Set Sétima, que voltou a funcionar a todo vapor! Dessa vez, falei sobre o filme "A Garota da Capa Vermelha". Dá uma passada lá e comente!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

"Rio" no Set

Depois de longos meses, o Set Sétima está atualizadíssimo! Não deixem de conferir a crítica que este blogueiro que vos fala fez à animação "Rio", do brasileiro Carlos Saldanha. Confira e comente!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Lady Gaga: criatividade ou extravagância?

Rotineiramente Lady Gaga é notícia. E não somente em sites, revistas e espaços destinados à música. A cantora já escandalizou o mundo vestindo-se de carne, enfaixando-se com fitas zebradas e usando um telefone na cabeça. Sua bizarrice parece não ter fim. E a criatividade para tantas estranhezas também não. Agora estamos prestes a ver Lady Gaga atacar mais uma vez. Depois do nojento e melequento clipe de "Born This Way", Gaga promete mais auê com "Judas", o próximo single do seu novo álbum. E as polêmicas já começaram antes mesmo do clipe ser lançado. Apesar de "Judas" ter sido lançada hoje (15/04), antes disso já tinha gente criticando os símbolos religiosos anunciados por Gaga que estariam presentes na música. Em entrevista ao tabloide The Sun, Bill Donohue, da Catholic League: For Religious and Civil Rights, disse:
"Existem pessoas que são realmente talentosas, e existe Lady Gaga. Ela é cada vez mais irrelevante, e todo esse uso de símbolos religiosos em seus clipes e suas músicas é uma jogada de marketing para conseguir ficar famosa e causar polêmica. Sério, gente, é óbvio que ela faz de propósito, esse clipe da música Judas vai estrear em uma época sagrada, a da Páscoa. Não é coincidência".
Eu não creio que a Lady Gaga não tenha talento. Como já afirmei no twitter: talento ela tem, o problema é que Gaga não quer usar SÓ dele pra garantir seu espaço. É fato que ela canta bem mais que tantos grandes ícones do pop, como Madonna e Britney Spears. Mas no quesito originalidade, ela peca, e na sua extravagância, ofusca o talento brilhante que existe escondido dentro daquela pele - agora- cheia de "caroços". Com informações do site
Vírgula. Ouça, aqui, Judas.