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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Os lançamentos de Katy, Gaga e Britney



Vou falar dos novos (e mais recentes) lançamentos de três das maiores cantoras pop da atualidade: Katy Perry com Roar, Lady Gaga com Applause e Britney Spears com Work Bitch. Em comum, está o desejo das três em não arriscar; não fazer mudanças bruscas nas suas devidas sonoridades. Especialmente Katy Perry e Britney Spears. 

Ainda que essa reflexão tenha começado dessa forma, este não é um texto comparativo. É, quem sabe, uma espécie de “balanço”. Não tenho o objetivo de colocar no mesmo patamar, nem depreciar ninguém. Também não sou especialista: tudo é apenas a minha humilde opinião de alguém que gosta e acompanha o trabalho dessas três grandes vozes do pop internacional.


Katy Perry - Roar
Katy foi a primeira a lançar o single do seu novo álbum, Prism, e retornou com uma música fácil, de refrão contagiante e, posteriormente, um clipe engraçadinho e lúdico. Essas coisas soam familiares? Exatamente, lembram muito o antecessor Teenage Dream.

O que causou contrariedade em muita gente é que, nos teasers de divulgação de Roar, a nova música – e principalmente o novo álbum – eram caracterizados como trabalhos completamente díspares do mostrado no último trabalho de Katy. A peruca azul foi queimada, os doces enterrados e, ao final de tudo isso, surge um single totalmente “aplicável” a Teenage Dream. 

Também teve toda a confusão quanto a um possível plágio de Brave, ótima canção de Sara Bairelles. Uma suposição completamente tosca por vários motivos: a não ser pelo teclado demarcando o tempo nas estrofes de ambas as músicas, elas em nada se parecem. Brave, aliás, foi lançada em abril: quatro meses depois da finalização de Roar, segundo os produtores de Katy e a própria cantora. Sara, aliás, também achou a comparação absurda numa das entrevistas concedidas por ela em que o assunto surgiu na pauta.

Enfim, Roar pode até não ser tão diferente do que ouvimos em Teenage Dream, como as pessoas esperavam. Mas é uma ótima canção, contagiante, marcante, com vocais excelentes e uma produção magnífica.



Lady Gaga – Applause
Gaga anunciou o seu retorno de uma forma bem... Gaga. Bom... segundo prometido pela cantora, a lua entraria em eclipse solar, todos os vulcões do planeta entrariam em erupção ao mesmo tempo e os extraterrestres se revelariam. Ok, exagero. Mas, enfim, ela prometeu aquela revolução da música, que seria uma explosão de sei-lá-o-quê e... bem, a gente sabe e já previa, nada disso aconteceu.
Applause é uma música boa, criativa e, ao contrário do que dizem os haters, não é uma súplica de Gaga por atenção e aplausos. Eu achei, na verdade, uma canção que demonstra justamente aquilo que qualquer pessoa que trabalha com arte quer. É o combustível motivador para cantores, atores, musicistas, bailarinos, enfim... Quem trabalha com arte, cultura, vive de aplauso. Neste sentido eu acho a letra até uma representante da classe. Achei digna.

A batida também é excelente. O pop de Lady Gaga fica cada vez mais refinado. Embora as músicas do The Fame, com um ponto alto em The Fame Monster, tivessem sido mais “tragáveis” ao grande público, elas eram, também, mais “farofas”. Em Born This Way, a Mother Monster já trouxe canções mais bem produzidas e com arranjos e vocais mais complexos. E Applause é uma demonstração de que a musicalidade de Gaga está evoluindo sempre mais, apesar de suas extravagâncias.



Britney Spears – Work Bitch
Britney se revelou, em seu retorno, mais marqueteira do que foi em Femme Fatale. Colocou uma contagem regressiva em seu site, disparou sutis declarações nas redes sociais, liberou os comentários dos produtores e compositores que estão trabalhando no novo álbum e, claro, contou com a ajuda dos paparazzi documentando todos os seus passos.

Um dia antes da estreia oficial, eis que vaza Work Bitch. E o que era pra ser uma música com nova sonoridade, uma letra mais consistente que não ficasse falando só de paparazzi e pista de dança – coisas prometidas pelos seus produtores – se mostrou exatamente isso: um vazio na letra e no ritmo.
Na balada ela vai funcionar. Os aficionados por música eletrônica – aqueles para os quais letra e voz são apenas artigos de luxo numa canção – também vão se acabar. Mas para qualquer pessoa que seja um pouco mais crítica e menos paga pau de Britney Spears, ficou a decepção. A música é o Will.I.Am – principal produtor do álbum – cuspido e escarrado. Britney não canta: fala. E não há nada de novo. Mesmo no gélido e impessoal Femme Fatale, a princesa do pop trouxe elementos novos para a sua música logo de cara, com o dubstep em Hold It Against Me.

De repente, o pior dessa história com a Britney Spears seja a expectativa criada em torno de um novo trabalho dela. Ainda tenho a esperança que as outras músicas do álbum sejam mais maduras. O que imagino é que Britney tenha ficado com medo de errar, de não conseguir boas colocações em meio a tantos lançamentos de gente de peso. Aproveitou o sucesso estrondoso da péssima Scream & Shout para garantir-se no topo dos charts e lançou uma farofa autotunada para garantir seu espaço.

domingo, 18 de agosto de 2013

Contagem regressiva para "É pop?"


O segundo semestre de 2013 vai ser bem agitado para os amantes de música pop. Lady Gaga, Katy Perry, Miley Cyrus, Beyoncé, Britney Spears e Rihanna estão entre as cantoras que vão lançar novos trabalhos nos próximos meses.

Selena Gomes, Demi Lovato e Wanessa já lançaram os seus recentemente. O Andarilho vai acompanhar cada lançamento, comentar os clipes, as apresentações de divulgação, os singles e discutir sobre o papel de cada uma na música pop nacional e internacional.

Devem entrar na roda de discussão, ainda, a recém-produzida Anitta, Luíza Possi - que está voltando aos holofotes em uma pegada bem pop - além das estrelas internacionais Madonna, Celine Dion (que também está prestes a lançar um novo trabalho), Cher, Nicki Minaj e Christina Aguilera.

Inadvertidamente, podem aparecer citações a Cláudia Leitte, Ivete Sangalo, The Wanted, Taylor Swift, One Direction, Justin Bieber, Justin Timberlake e Michael Jackson.

É a estreia do "É pop?" para os amantes da música pop, aqui no Andarilho.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Você Precisa VER: Lady Gaga - The Monster Ball Tour

Impressionados por eu estar indicando Lady Gaga? Pois é! Até eu tive este sentimento de mim mesmo. Continuo com os mesmos pensamentos que expus neste post. Mas fiquei surpreendido com o resultado do mais recente lançamento da Mãe Monstro: "Lady Gaga - The Monster Ball Tour at Madison Square Garden". Por isso, na reestreia do Você Sabia, este andarilho que vos fala recomenda este registro (em DVD e Blu-ray) a todos os apreciadores de música pop.
O DVD começa com uma espécie de interlúdio encenado (que não faz parte do show), onde Gaga entra em uma espécie de mercearia e pede um café com leite, a caminho do Madison. Em seguida, uma rápida cena dos bastidores (quase de certeza também encenada) e, logo, a cantora mais estranha da atualidade já aparece no palco cantando a animada e explosiva "Dance in The Dark", numa performance incrível.
Aliás, Gaga não deixa a desejar em nenhum momento. Canta muito bem, dança demais, faz piruetas e, mesmo diante de tanto agito, controla a respiração de modo invejável. Além disso, diferente de muitas musas pop por aí (a maioria resolveu agir ignorantemente nos últimos tempos), Gaga interage com o público, conversa e anima a gigantesca plateia.
Gaga em uma das suas extravagâncias: o banho de sangue
Ao mesmo tempo, porém, que essa interação é louvável, por vezes ela acaba se perdendo, e passa minutos intermináveis falando. Mas o principal problema do show é mesmo as extravagâncias: ela toma banho de sangue, faz uma ceninha desprezível no interlúdio de "Alejandro", se empolga de modo ridículo em "You and I" e por diversas vezes quer dar uma de Celine Dion, sustentando uma nota por vários segundos. Claro que o resultado disso não é bom.
Mas afora estes detalhes, o registro é excelente. Especialmente pela edição, completamente bem realizada, que valoriza as cenas no palco, as performances de Gaga e a reação do público, sem prejudicar nada. Além disso, o show, em si, é carregado de simbologias que o tornam complexo e instigante. Mesmo o banho de sangue tem um significado que, claro, ela não explica. Mas é a intenção de nos levar à reflexão sobre todas as atitudes tomadas no palco que tornam este trabalho de Gaga tão interessante.
Gaga interagindo com a plateia. Ela ilumina o fã escolhido
para conversa com um cajado
O problema é nos atermos às reflexões quando tudo parece tão absurdo. Um absurdo bom, que vale a pena ser visto.

Além da já citada "Dance in The Dark", destaque para "Just Dance", "Boys, Boys, Boys", "Monster", "Poker Face" e "Born This Way", cujo álbum ainda não havia sido lançado quando o show aconteceu.
Nos créditos finais, se o show não foi capaz de lhe convencer, Gaga prova o porquê seu novo trabalho merece ser visto. Eu garanto: vale a pena!

domingo, 7 de agosto de 2011

DNA: O Melhor Álbum pop brasileiro tem nível internacional

Pra encerrar a Série Wanessa, vamos tratar do que motivou o Andarilho falar tanto dessa cantora nas últimas semanas: seu novo CD, "DNA".
Este é o melhor álbum pop já produzido no Brasil. Talvez o único, pelo menos neste estilo. E é triste ler textos de ditos críticos musicais fazendo comparações internacionais ao novo trabalho de Wanessa.
É bem verdade que "DNA" é totalmente em inglês, tem nível internacional - pela qualidade e bom gosto da produção, a finalização, entre outros fatores. Mas, ainda assim, é um disco brasileiro feito para brasileiros. Tem reais chances de despontar lá fora, mas ele, ainda, não é uma tentativa de projetar Wanessa para o mundo. O primeiro alvo é mesmo o Brasil, é preciso lembrar.
Sendo assim, por mais que o disco tenha canções que lembrem "Born This Way", da Gaga (como Murder), Madonna e Shakira (com a excelente Blow Me Away), ele é de ótimo nível porque não tem a pretenção de competir com essas três divas do pop mundial.

O álbum abre com a música que dá título ao trabalho. DNA usa o badalado dubstep, efeito que é presença obrigatória nas músicas pop europeias. Uma ótima música que, assim como Fly de "Meu Momento", é o grito que Wanessa dá pedindo atenção ao seu trabalho: "este é meu DNA", diz ela. Perfeita para pistas de dança e muito pessoal, que diz exatamente ao que o álbum veio, tanto em questões musicais, quanto das pretenções da artista e, especialmente, ao tom que o disco quer seguir.
A versão original da elogiada Stuck On Repeat vem em seguida. Música morninha, mas com uma letra inteligente e interessante. Murder, como já dito, caberia perfeitamente em "Born This Way". Mas é ótima. Uma das melhores do CD.

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O álbum segue badalado, ainda sem dar um "respiro", com a já conhecida Worth It e o primeiro single oficial, Sticky Dough, a música que muitos vêm comentando sem entender nada. Trata-se de uma faixa bem brasileira que mistura as batidas pop com o samba e funk carioca. Conta com a participação da desconhecida DJ BamBam, que canta os trechos da música onde a voz é mais "fininha". Portanto, não se trata da voz da Wanessa "trabalhada para esconder suas limitações vocais", como alguns vêm dizendo (sem saber do que falam). É BamBam cantando com Wanessa. Tem um refrão pegajoso e uma letra sem sentido. Puramente comercial e só.
Get Loud vem em seguida mantendo o tom badalado do álbum. Boa música. Falling For U presenteia todos com uma das músicas mais contagiantes cantadas por Wanessa. A ótima Blow Me Away, com seu som castelhano misturado às batidas pop, sustenta o ritmo do disco.
A nona é Rescue Mission. Interessante, a faixa compara um romance a uma missão de resgate e usa, inteligentemente, elementos como o som de um helicóptero, falas radiofônicas e batidas cardíacas, dando aquela sensação gostosa de estar ouvindo mais que uma música, mas uma radionovela, ou quase isso.
Tonight Forever é uma música gostosa e que é responsável por diminuir a "velocidade" do CD, já acalmando os ânimos para as músicas finais. Ótima, por sinal.
A penúltima é High, ótima canção onde Wanessa mostra muito do seu potencial vocal. E, pra encerrar, It's Over, a única balada romântica do disco. Emocionante, de letra triste, indispensável e que prova toda a capacidade vocal da cantora, a faixa de encerramento nos faz lembrar que, apesar de Wanessa ter, no seu DNA, a veia pop necessária para fazer o melhor álbum pop produzido no Brasil, cantar músicas românticas continua sendo seu talento principal.

Em tempo: o disco tem três faixas-bônus: a versão de Stuck On Repeat elogiada no New York Post, remixada por David Audé; uma Worth It para pistas de dança, por Mister Jam; e um epílogo que encerra, de fato, o álbum.

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terça-feira, 26 de julho de 2011

Série Wanessa: A discografia volátil e a busca pelo pop


Faltam apenas dois dias para o lançamento oficial nacional do novo CD de Wanessa: "DNA". Enquanto isso, o Andarilho continua com a série Wanessa. No post de hoje, vamos relembrar a discografia da cantora e entender porque este DNA não é fruto - somente - desse moda pop que se espalhou por diversos países com o advento de nomes como Kesha, Katy Perry, Lady Gaga e, mais tradicionalmente, Britney Spears e Madonna.

O primeiro CD foi lançado em 2000. Chamado simplesmente "Wanessa Camargo" - o nome artístico adotado, então, pela cantora - contava com sucessos como "O Amor Não Deixa", "Apaixonada Por Você" e "Eu Posso Te Sentir". Quase experimental, o disco trazia composições de Zezé di Camargo, uma regravação do Kid Abelha (com composição de Hebert Vianna - Educação Sentimental II) e uma versão para "Born To Give My Love To You", traduzida para "Eu Nasci Pra Amar Você". Muito romântico, o disco buscava algumas levadas pop, mas muito ingênuas, com canções como "Fuga" e "Deixa Pra Lá".


O segundo álbum, também intitulado "Wanessa Camargo", trouxe sucessos como "Eu Quero Ser o Seu Amor" e "Tanta Saudade". Neste CD, havia uma faixa bônus com o clipe de "Eu Posso Te Sentir", do primeiro trabalho, e uma entrevista, na qual Wanessa revelava estar "sempre buscando uma levada mais pop". Desde então, se podia ver que o objetivo e o gosto da cantora se voltavam para algo que sempre a chamou atenção em Madonna, por exemplo, sua cantora-referência.
Wanessa sempre foi fã confessa da Rainha do Pop, participando dos shows e interpretando sucessos de Madonna em suas turnês pelo país.

Além do hit de abertura, o segundo CD de Wanessa trazia "Tudo Bem", "Um Grande Amor", "Gostar de Mim" e "Enfeitiçada", menos melosas e mais condizentes com o que Wanessa expressava como sendo o seu desejo com seus trabalhos em diante.

Mas as pretenções de Wanessa não se confirmaram no terceiro álbum, lançado em 2002. O primeiro single, "Um Dia... Meu Primeiro Amor", além de extremamente romântico, tinha letra ingênua e rasa. Apesar disso, o CD guardava grandes composições e sucessos que perduram até hoje, como "Sem Querer". Mais madura e segura da sua voz, o novo trabalho, novamente, era intitulado com o nome da cantora.

Em 2004, Wanessa lança "Transparente". Apesar da fuga completa da "busca pelo pop" mostrada em 2002, esse novo trabalho, CD/DVD, foi o registro de um show ocorrido no Claro Hall, no Rio de Janeiro. Wanessa apresenta um show dançante e animado, interpreta músicas de Madonna e dança com muita sensualidade. "Me Engana Que Eu Gosto" é o primeiro single desse novo trabalho.
Apesar de predominantemente pop, a cantora relembra seus sucessos românticos. Das quatro músicas inéditas no álbum, duas são românticas: "Difícil é Controlar a Paixão" e "Metade de Mim", que também viram singles.

Até então Wanessa vinha numa crescente, demonstrando, sempre, cada vez mais interesse em se aproximar de uma música mais pop. O auge dessa busca pode ser conferido em "W". Sombrio, intenso e impactante, o trabalho é lançado em 2005 depois de crises pessoais na vida da cantora, refletidos claramente nas fotos do encarte e no próprio sentimento que as músicas emanavam.
Além das canções românticas que chegaram a embalar até novela (caso de "Não Resisto a Nós Dois"), grande parte do álbum contava com batidas coordenadas pelos DJs Zegon e Apollo 9, além do reggaeton de "Amor, Amor". Até hoje, é considerado um dos álbuns mais inteligentes da carreira de Wanessa.

"Total" chegou em 2008 com uma sonoridade totalmente diferente do que havia sido feita até então por Wanessa. Nada de pop, nem de misturas de reggaeton e presença de DJs, nem os melodramas dos três primeiros álbuns. "Não Tô Pronta Pra Perdoar" é o primeiro single que mostra exatamente qual é a cara do CD: estilo country, muito parecido com o feito por Shania Twain.

A sonoridade do CD pode ser explicada pelo momento em que Wanessa vivia: recém-casada, a cantora expressou no seu trabalho a totalidade dos sentimentos que afloravam nas suas relações pessoais. Nada de sensualidade e coreografias elaboradas que vinham evoluindo até então: "Total" era um disco para ser cantado.


Mas o desejo de Wanessa foi - sempre - chegar nas rádios pop. Buscara isso em toda sua trajetória artística e havia meio que "chutado o balde" ao lançar "Total", já que seria impossível emplacar as músicas desse álbum nas rádios em que Wanessa almejava escutar sua voz.

Diante disso, traçou novas metas junto com seu marido - e agora empresário - Marcus Buaiz: divorciou-se (artisticamente) do sobrenome Camargo, convidou um rapper para fazer um dueto no primeiro single e lançou "Meu Momento": um grito ao fim do preconceito contra ela e um aviso do que estaria por vir: Wanessa não era mais a menina romântica. Estava decidida a traçar novos caminhos.

Com letras que sempre pedem atenção para o seu trabalho ("Ouça o que eu tenho pra falar, veja o que eu tenho pra mostrar"), "Meu Momento" não tem a mesma maturidade de "W", por exemplo. É, sim, uma espécie de experimetação, da mesma forma que o primeiro álbum havia sido. Mas, agora, com uma nova sonoridade.

Apesar do grito de "sou diferente" ter sido lançado e ecoado, "Meu Momento" não foi um CD forte. "Fly", com o rapper Ja Rule, emplacou, surpreendeu, bateu recordes. "Não Me Leve a Mal", segundo single do álbum, também foi muito bem aceito, mas o disco não tinha nenhuma outra música com força para single.


Wanessa gravou, então, o Music Ticket: um cartão com um código que, ao ser informado no site da cantora, disponibilizava quatro músicas recém-gravadas. Tratava-se de sucessos estonteantes como "Falling For You", "Worth It" e "Stuck On Repeat", que viriam a se tornar fenômenos nas pistas de dança e rádios do país e do exterior. Além dessas, "Party Line" também integrava as músicas promocionais do cartão.


Agora o resultado desses anos de trabalho abrindo caminho no meio da mata fechada vai começar a aparecer. Wanessa chegou onde queria. A maturidade, como sempre ocorreu com ela, vai vir com o tempo. E por comprovação em fatos podemos ter certeza: essa evolução virá acompanhada com muita qualidade.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Lady Gaga: criatividade ou extravagância?

Rotineiramente Lady Gaga é notícia. E não somente em sites, revistas e espaços destinados à música. A cantora já escandalizou o mundo vestindo-se de carne, enfaixando-se com fitas zebradas e usando um telefone na cabeça. Sua bizarrice parece não ter fim. E a criatividade para tantas estranhezas também não. Agora estamos prestes a ver Lady Gaga atacar mais uma vez. Depois do nojento e melequento clipe de "Born This Way", Gaga promete mais auê com "Judas", o próximo single do seu novo álbum. E as polêmicas já começaram antes mesmo do clipe ser lançado. Apesar de "Judas" ter sido lançada hoje (15/04), antes disso já tinha gente criticando os símbolos religiosos anunciados por Gaga que estariam presentes na música. Em entrevista ao tabloide The Sun, Bill Donohue, da Catholic League: For Religious and Civil Rights, disse:
"Existem pessoas que são realmente talentosas, e existe Lady Gaga. Ela é cada vez mais irrelevante, e todo esse uso de símbolos religiosos em seus clipes e suas músicas é uma jogada de marketing para conseguir ficar famosa e causar polêmica. Sério, gente, é óbvio que ela faz de propósito, esse clipe da música Judas vai estrear em uma época sagrada, a da Páscoa. Não é coincidência".
Eu não creio que a Lady Gaga não tenha talento. Como já afirmei no twitter: talento ela tem, o problema é que Gaga não quer usar SÓ dele pra garantir seu espaço. É fato que ela canta bem mais que tantos grandes ícones do pop, como Madonna e Britney Spears. Mas no quesito originalidade, ela peca, e na sua extravagância, ofusca o talento brilhante que existe escondido dentro daquela pele - agora- cheia de "caroços". Com informações do site
Vírgula. Ouça, aqui, Judas.