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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A saga da casa própria e a dor de sonhar



Eu não tenho uma sugestão de como resolver o problema da falta de acesso à moradia no Brasil. É um direito de qualquer pessoa, mas embora tudo seja propagandeado com muito alarde, como se fosse muito fácil, a realidade não é assim.

Penso que todos têm o direito de morar em um lugar digno e humano, com um mínimo de conforto, organização, espaço e beleza. Mas a exclusão social começa quando o crédito só fica “acessível” a pessoas com renda menor em empreendimentos que não são casas, nem apartamentos, nem mesmo apertamentos: são lugares para dormir com um banheiro. Só.

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Não é exagero. É a realidade. E o mais triste é abrir o jornal e ver que a imprensa, em vez de criticar, compactua com isso chamando de “tendência”. Pior: “preferência”. Me diz, respondam com sinceridade: quem gosta de viver em uma caixa de fósforo?

Para ilustrar e também explicar o motivo do meu desabafo, vou contar o que está acontecendo comigo. 

No início deste ano comecei a sondar alguns amigos que compraram apartamentos recentemente para entender como tinha se dado o processo e estabelecer uma meta de poupança para conseguir dar entrada no meu imóvel. Um amigo me disse R$ 10 mil, outro R$ 8 mil e outra, que comprou na planta, chegou a pagar somente R$ 2 mil. Me animei e estabeleci que juntaria, até escolher a morada, R$ 10 mil. Achava um preço justo para entrada.
Assim, bolei uma estratégia para guardar dinheiro sem comprometer minhas finanças, dívidas e a minha vida. Fui negociar umas coisas pendentes e claro que nenhum banco ajuda no processo, né? Com o Bradesco, por exemplo, passei bons bocados e só fui atendido quando ameacei recorrer ao Banco Central. O Santander pode ser o motivo de outra dor de cabeça, que só vou descobrir no futuro, mas isso são outras histórias.

Vida financeira organizada, era hora de pesquisar construtoras, imobiliárias, projetos, zoneamento, etc. Fui listando algumas coisas, vendo o que eu podia e o que não podia, sonhando, olhando até que o fim do ano se aproximando e, com ele, o fim do prazo para juntar o meu dinheiro. Então já comecei a buscar contatos mais próximos, conversando com corretores e me mostrando interessado em alguns empreendimentos.

Hoje, quarta-feira, 21 de agosto de 2013, foi o dia que, mais que todos os outros (tive muitos outros dias de desânimo), caí em no mais profundo deles com essa minha jornada: esse meu empenho, esse esforço diário de economizar. Além de todos os desânimos com projetos e sonhos profissionais furados que já disse aqui, caí na real de que ter uma casa não é privilégio de quem ganha pouco.
Nessa hora lembrei-me da minha vida de funcionário do cinema, com um salário mínimo mensal. Nem pra se manter de aluguel esse salário daria, e eu também já disse isso aqui

Descobri que com a minha renda atual a entrada deveria ser, no mínimo, de R$ 50 mil. Isso mesmo. Mais de 50% do valor do imóvel. E eu ainda moro com meus pais e tenho condições de juntar mais dinheiro (situação discutível, mas não vou entrar em detalhes aqui). Imaginem quem mora de aluguel? Como vai conseguir juntar dinheiro para comprar uma casa? Quantos anos serão necessários? Quando vai conseguir? Do jeito que os preços aumentam (tanto das construções, quanto do aluguel), como conseguir morar em um lugar digno, da própria pessoa?
Felizmente esse é o menor problema que atravesso hoje na minha vida. Sim, é um problema. Ser impedido de adquirir algo, ter o que é seu, realizar uma conquista é um problema. Mas problema maior são as pessoas que não têm formação, vivem com um salário de miséria, já têm família e pagam aluguel.

Vivemos em um mundo muito desumano. Nenhum grande empresário ou bancário pensa nisso quando vê seu lucro reduzir 1% por causa da alta do dólar. Acham que é o fim do mundo. Daí demitem e aumentam os preços repassando ao proletariado o custo da sua ganância.
Não, minha gente. O capitalismo não é bom nem mesmo para quem trabalha, se rala, se esforça para conseguir algo. As historinhas de superação que você lê no jornal são somente anestésicos para lhe fazer acreditar que o mundo é justo.

Sinto lhes informar: não é. Não há justiça no mundo. E para quem é rico é muito fácil dizer que um sonho pode ser realizado com o mínimo de esforço. Você precisa se prostituir muito nessa vida se quiser conseguir algum conforto a mais. E enquanto os que têm o poder político e econômico não viverem a experiência de ver seus sonhos tolhidos, eles não vão fazer nada para mudar a realidade de quem trabalha de sol a sol para continuar a sonhar.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Eu, o Silvio Santos de mim mesmo

Eu e minhas companhias fiéis ao longo dessa minha
humilde vida: Wanessa, Tolkien e Celine Dion
Neste ano, a minha emissora está fazendo 20 anos. Eu me lembro da primeira vez que brinquei que tinha uma emissora. Foi em meados de maio de 1993. Num terreno de barro nos fundos de casa, peguei um graveto, fiz um círculo no chão – imaginando ser o palco – e escrevi no centro: XOU DO JULIANO. Eu não sabia que show se escrevia com sh, porque a minha referência era a Maria das Graças Meneghel com seu “Xou da Xuxa”.
Brincar de “emissora” era uma das minhas atividades favoritas. Como eu sempre fui muito sozinho, quieto, não tinha amigos e meu pai não me deixava me juntar às turminhas da rua, ficava sozinho, empunhando um frasco de desodorante (o meu predileto era um vermelho, de vidro, da Avon, que eu morria de medo de quebrar), fingindo ser apresentador de um programa de auditório.

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Aos poucos a emissora foi ganhando forma. Logo que aprendi a escrever, assistia o Jornal Hoje, anotava as notícias num caderninho e depois ia para trás do sofá, o usando como bancada, para noticiar os fatos que eu, maioria, nem entendia, no “Jornal do Juliano”.
Não demorou a surgir as novelas. Mas como eu fazia todos os personagens, precisava fechar todas as cortinas da casa para impedir que os vizinhos me vissem falando sozinho e produzindo os sons da trilha incidental com a boca.
Precisei, então, organizar a minha emissora em uma grade de programação, com horários e tudo certinho. Daí me divertia muito: passava a tarde toda interpretando na novela que começava depois do programa infantil vespertino e, em seguida, tinha que fazer o filme que encerrava a programação da tarde.
Produzi os slogans, logomarcas. Ligava para as rádios pedindo músicas para, depois, gravá-las em uma fita e usar nos meus programas de auditório: daí colocava a música para rodar e fingia ser o Zezé di Camargo (e o Luciano) e a Daniela Mercury, como atrações no “Juliano de Alegria”.
As minhas novelas viraram livros. Era a forma que eu tinha para torná-los conhecidos. Livros que estão engavetados, empilhados. Livros que são, na verdade, cadernos repletos de erros de concordância e de grafia, diante da pouca idade que tinha ao criar tudo aquilo: comecei a fazer minhas “adaptações” aos 12 anos. Até saí no jornal, em matéria escrita pelo Rubens Herbst – que viria ser meu colega de trabalho anos mais tarde em A Notícia – depois de muita insistência. Lembro que chorava tanto que meus olhos, cheios de água, não me deixavam ler a matéria que me enchera de tanta emoção.
Quase no final do ginásio, minha emissora já era um conglomerado de comunicação: tinha revista, jornal, emissora aberta e fechada, rádio e portal de internet. E eu era um Silvio Santos disso tudo: apresentava e administrava.
Minha paixão por TV cresceu comigo e a emissora nunca deixou de existir. Quis tornar meu sonho realidade e resolvi cursar jornalismo para ficar um pouco mais próximo dessa realidade. Nesse meio tempo, trabalhei por alguns meses na área de exibição da RBS TV (afiliada da Globo em Santa Catarina) e tomei conhecimento dos preços de anúncios e pacotes de patrocínio. Aos fins de semana, sozinho lá na TV, copiava em rascunhos os preços dos programas globais para ter uma noção de valores e compor a tabela de preços de anúncios da minha emissora. Eu guardo isso. Fiz tabela e tudo no Excel.
Ainda hoje tenho a programação da minha emissora embora, obviamente, não brinque mais de nada: não interpreto, não apresento mais programa nenhum e não sou âncora de nenhum jornal. Nem de verdade, embora já o tenha feito por quase dois anos.
Minha vida, hoje, não é nem um pouco parecida com o que aquele garotinho de 1993 sonhava. Nada saiu conforme eu esperava. Perdoem-me, mas hoje eu me sinto no direito de abrir meu coração: meu sonho de infância, ser ator, não chegou nem perto de se concretizar, não levei adiante. Não consigo falar com o meu pai e não nutro mais nenhum respeito por ele. Minha família está em frangalhos, a situação lá em casa está um inferno, tenho sonhos que não sei se vou realizar e, claro, não vou ser nenhum apresentador infantil, nem vou gravar CDs, muito menos ter uma emissora.
Sou jornalista, mas estou longe da TV. Trabalho com pessoas que guardo num lugar especial do meu coração, porque fizeram parte da minha vida acadêmica. E, talvez pela minha emissora ainda existir (tem até terreno aqui em Joinville e a fachada do prédio desenhada num caderno lá em casa!), guardo um pouco de criança em mim. Essa criança me faz acreditar que cada Natal e, principalmente por causa do dia de hoje, cada aniversário é especial, é um dia meu, único, especial, mágico, divertido, exclusivo, gostoso, cheio de presentes e bolo de morango. Mas aos poucos tudo isso, como tudo na minha vida, está se esvaindo. Talvez porque minha vida esteja tão desestruturada e tudo tenha saído tão diferente do esperado no meu destino que os natais e aniversários estejam deixando de ser tudo aquilo que falei há pouco e tornando-se, ano após ano, cada vez mais comuns e triviais.
Soube que vão construir uma escola particular no terreno que eu imaginava minha emissora. Os cadernos com meus “livros” (nenhum publicado) estão se desfazendo por causa do mofo e da umidade na gaveta. Alguns nem existem mais (eram 13 ao total). Os programas infantis estão em escassez na TV, dizem que o jornalismo está acabando e está dando espaço às mídias “alternativas” e eu nem sei onde vou morar no mês que vem.
Mas neste ano, ainda, continuo achando meu aniversário uma data especial. O terreno da minha emissora não tem indícios de construção e meus “livros”, os que ainda existem, estão legíveis. Vamos ver por quanto tempo esses sonhos vão perdurar.
Obrigado pela leitura. Desculpem minha esquisitice e, com licença, vou ali apagar minhas velinhas.

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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O último post de 2012


Faltam algumas horas para terminar o ano e vou compartilhar com vocês (não sei por qual motivo, mas quero fazê-lo) a minha visão sobre o que foi 2012 na minha vida.

Péssimo. Apenas isso.

Não posso deixar de registrar, porém, que, ainda que o ano tenha sido ruim, vivi momentos bons: fiz novos amigos (especialmente no GNC Cinemas, empresa onde trabalhei por alguns meses), me formei e reencontrei pessoas que participaram da minha trajetória acadêmica na vida profissional e fui no show da Lady Gaga. O Hobbit estreou.

Apesar disso, os motivos para lamúrias foram exponencialmente maiores que em qualquer outro ano da minha vida.

Após o baque que tive com a inesperada interrupção do Coopermovimento, precisei me reestabelecer profissionalmente. Isso demorou. Fiquei quase três meses desempregado, sem esperanças de que pudesse trabalhar em qualquer um dos lugares onde já tinha passado ou que, embora ainda não tivesse trabalhado, mas que colegas e amigos estavam.
Mas, por fim, como nada tinha dado certo, precisei trabalhar no cinema, que foi muito bom em diversos aspectos, mas que não ajudava na minha vida financeira em colapso e que comprometeu outros setores da minha vida, como os casamentos que eu cantava e as atividades na igreja.
A saúde, por muitas vezes, ficou em frangalhos. Nada extremamente grave, porém, graças a Deus. Mas não foi um ano tranquilo para meu querido corpo. Sinusite e amigdalite, como sempre, ocuparam grande espaço na agenda dos meus dias. Assim como na minha família as coisas não estiveram tão bem no que diz respeito à saúde durante o ano.
Em casa, a situação não era das melhores. E ainda não é.
Mal viajei. Não fui ao Beto Carrero. Não consegui alcançar diversos objetivos e planos. Não consegui renovar a carteira de motorista.

A passagem de ônibus de Joinville foi confirmada em R$ 3 (antecipada) e o projeto político dos próximos anos não condiz com o que eu acredito, com meus princípios.

Enfim, etecétera, etecétera.

Claro que não posso considerar um ano inválido. Wanessa já diz em uma de suas músicas: "Não me impeça de errar, nem de me machucar: eu me fortaleço". Mas, amigos, confesso: não foi fácil. Desde passar a virada jogando paciência por causa da chuva torrencial que caía em Florianópolis na noite de 31 de dezembro de 2011 até a incerteza de tempo bom neste 31 de dezembro de 2012.

Pra 2013 a regra que fica é a seguinte: faça as coisas que você gosta. Faça as coisas que o seu coração mandar. Sua vida, sua felicidade e sua saúde são mais importantes que qualquer outra coisa, mesmo que existam pessoas que não gostem ou não concordem com a sua decisão. Mas atenção para a única condição: não prejudicar ninguém, pois se você não estiver prejudicando ninguém com a atitude, não há problemas.

Daí que está a questão: você já parou para pensar o quanto suas decisões podem estragar com os planos de uma (ou umas) pessoa(s), ou levar-lhe uma felicidade incomum? São nas pequenas coisas que a gente torna o mundo melhor.
Por isso, não hesite em sorrir, cantar e ser solidário. Saiba que a sua vida é muito importante e ela será melhor ainda se as pessoas que convivem com você estiverem bem. 

Já diz a música: "Olhe do seu lado, tanta gente teve tudo e acabou na solidão. Cuida da semente, você vai colher aquilo que plantou e trata bem da gente, pois você vai ser tratado da maneira que ensinou."

Espero um 2013 melhor. Assim como em 2012, não vou baixar minha cabeça para as dificuldades. Mas espero que a vida seja mais generosa comigo neste ano que há de vir. De minha parte, vou me esforçar muito.

E óbvio. Nunca vou perder a fé em Deus. Nada, também, foi tão grave que o dia seguinte não resolvesse. Nada tão perturbador que um sorriso não acalmasse. Nada tão cruel que olhar para as pessoas queridas não amenizasse. Mas todo mundo sempre deseja um ano cheio de conquistas, não é verdade?

Tive algumas em 2012. Mas espero, sinceramente, que 2013 me reserve muitas coisas melhores.

A mim, à minha família, e a todos que estão comigo, diariamente, aqui no blog. De modo muito especial aos amigos de verdade. Nada melhor que a felicidade para nos dar motivos reais para sorrir.

Boas energias e um universo de bênçãos para todos, de modo que 2013 seja inesquecivelmente bom!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Um novo Andarilho para você

Bem-vindos a 2012 e a um novo Andarilho, meus caros companheiros de caminhada! O ano passado foi bastante intenso aqui neste espaço, e tudo isso eu devo a vocês, meus fiéis leitores; poucos, mas especiais.
Aos que me visitam esporadicamente também fica o meu registro de gratidão. Afinal, foi por conta dos visitantes esporádicos que eu consegui, na metade de 2011, superar a marca de 1.000 visualizações do Andarilho em uma semana, naquele que foi o maior post da história do Andarilho, que discutiu a homossexualidade na sociedade brasileira.

Percebi ainda impressionantes e expressivas visualizações em agosto, quando a Rede Globo lançou mais uma edição do Criança Esperança. Um post antigo, que falava sobre a polêmica em relação ao projeto disparou nos números de visitas e o Andarilho foi um dos espaços na rede mais consultados para tirar dúvidas sobre este assunto.
Tivemos ainda a "Série Wanessa", que fez um apanhado da carreira da maior cantora pop brasileira, o quadro "Você Precisa", que acabou se saindo menos religioso - no sentido da frequência de postagens - do que eu imaginava, e as postagens que tratavam sobre "A Joinville que eu queria", discutindo os problemas da minha cidade.

Enfim, 2011 foi um ano muito bom para este blog - apesar da monografia e do pouco tempo que eu tive para o Andarilho - e que se mostrou com uma qualidade muito superior a todos os outros anos de existência deste espaço.

Para 2012, em breve formado (espero), vou dar mais atenção a este querido blog. Vamos continuar aprofundando as discussões rasas das redes sociais, fazendo a cobrança necessária para um país e uma cidade (Joinville) mais justa, falando de cultura, um pouco de mim e do Set Sétima, que acabou ficando em um canto esquecido do baú da minha vida em rede.

Diante disso tudo, nada melhor do que começar o ano novo com um blog novo. Os novos recursos que eu apresento a vocês são mínimos: os visitantes podem seguir o Andarilho por e-mail (cadastre seu e-mail na barra lateral), assistir a alguns vídeos no YouTube que também são sugeridos aqui na barra lateral, além de navegar pelos blogs recomendados por este autor que vos fala.

Afora isso é só a roupa nova mesmo, sempre tentando ser o mais atrativo possível para tornar a sua visita ao Andarilho cada vez mais construtiva. Me acompanhe nesta caminhada em 2012! Sem dúvida teremos um ano incrível pela frente!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Você PRECISA estar no Andarilho!


Estreia a partir da semana que vem, aqui no Andarilho, o "quadro" (se é assim que posso chamar) Você Precisa. Dependendo do assunto, o Você Precisa vai apresentar dicas de coisas para você ter, ver, ouvir, ler, conhecer, visitar e tantas outras coisas que sejam possíveis você precisar.

O objetivo é compartilhar coisas que eu conheço, vejo, leio, escuto, enfim... experiências minhas, que eu acho interessante compartilhar e que você, fiel leitor invisível do Andarilho, de repente, venha a se interessar.

Serão dicas de filmes, livros e músicas (como costumamente já publico aqui, num espacinho ali na barra lateral), além de coisas interessantes para comprar, lugares interessantes para conhecer e destinos para onde viajar.



Toda sexta-feira (sempre que possível, é preciso ressaltar), pretendo publicar o Você Precisa. E você também pode dar a sua sugestão. Eu confiro (se puder) e publico aqui.


ÓBVIO: no Set Sétima, por exemplo, eu sempre estou falando de filmes. Mas aqui eu vou indicar, quando falar de filmes, somente aqueles que valham o ingresso.
Para hoje, eu já teria até o que indicar. Mas vou deixar pra semana que vem. Lá, eu inauguro o Você Precisa. Divulguem! E sejam sempre bem-vindos a caminhar com este andarilho.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Negro novembro

Chove em Joinville (pleonasmo). Há mais de dois meses não se sabe o que é passar uma semana sem chuva. Não dá de planejar nada: a chuva vai estragar os planos. Os tênis não terminam de secar, as roupas nunca estão limpas. Aquela calça que eu tenho branca no guarda-roupa não pode ser usada. Se usá-la, será só por um dia pelas próximas duas semanas, porque ela terá de ser lavada e demorará outro tanto de tempo para secar.
Sinto cheiro de fungo no ar. As ruas estão encharcadas e o solo não suporta mais a umidade. Está como uma esponja pesada. A cidade está cinza. As pessoas saem de casa desconfiadas. É claustrofóbico. Joinville parece um elevador gigante. O clima é inconstante. Não há sorriso. Não há cores.

A chuva provoca doenças: as janelas estão fechadas, os guardas-chuvas não protegem os pés das poças de água das calçadas destruídas e mal acabadas. Nem dos carros que, violentos, passam em alta velocidade sob a faixa de pedestre. Os motoristas protegidos em seus veículos bem vedados, som ligado e ar-condicionado não se dão conta que há pessoas fazendo contorcionismo para tentar fugir da chuva desagradável debaixo de um ineficiente guarda-chuva.

E que dizer dos mal-educados que não respeitam quem se descuidou e deixou o companheiro básico do joinvilense em casa? Pedestres protegidos que usam a marquise deixando os desprevenidos à mercê da chuva constante.

Nem o concreto é mais impermeável. Minha casa já tem goteiras. Está alangando, móveis estragando e a agonia de ter o chão molhado e as roupas penduradas dentro de casa aumentam a sensação de mau humor. É como se a chuva fosse administrada por uma instituição que não soubesse mais regulá-la direito, e tivesse perdido o jeito de fazer as coisas.

E com tudo isso surge o resfriado.

Os resfriados tranformam-se em gripes.

E as gripes atingem os mais azarados com sinusites, pneumonias e, no meu caso, amigdalite.

E tudo isso dá febre.

No negro novembro tive duas amigdalites seguidas. Passei dias sem dormir, sem engolir. Estava praticamente sem viver. E foi neste mesmo negro novembro que, depois de curado das amigdalites, me surgiram duas ínguas na nuca, do lado direito. Logo elas se multiplicaram, e já são 7 ínguas espalhadas pelo meu pescoço e nuca.

Ir no médico? Como? Se não têm mais horários disponíveis para clínico geral na rede de saúde pública básica de Joinville para este ano?

Ir no PA (Pronto Atendimento 24 horas)? Lá, com o Protocolo de Manchester, que usa as pulseirinhas para identificar a gravidade do problema, o meu será tido como sem nenhuma gravidade, e vou ficar infinitas horas esperando pra me consultar, conseguir um exame, mas sem retorno previsto. Ou seja, ficarei sem saber o que tenho até janeiro.

Bom... minha mãe tinha consulta hoje e aproveitou para explicar à médica o que eu tinha. Ela se limitou a dizer que "ínguas são causadas por infecções graves, e é preciso fazer um exame de sangue detalhado para saber do que se trata exatamente". Ajudou muito.

E para o novembro ficar ainda mais negro, meus dias estão curtos demais para minhas necessidades. E, apesar de a carência e o desânimo, às vezes - mesmo que eu procure afugentá-los - existirem, não posso dizer de maneira nenhuma, sendo joinvilense, que estou na seca.


Foto: Laercio Beckhauser

domingo, 17 de janeiro de 2010

O Andarilho: 2 anos

Há exatos dois anos eu escrevi o seguinte post aqui neste blog:

E eu aqui, em novo endereço... mais um?
Pois é... resolvi priorizar o meu outro blog e focar ele somente para o meu trabalho literário. Minhas indignações, experiências e afins deixarei aqui. Aqui tem link pro outro também e ficarei tão feliz que vocês comentem nesse, quanto naquele. Ambos são importantes para mim.
Em muitos momentos, os assuntos dos dois vão convergir, afinal, meu trabalho (hobbie ou perca de tempo como quiserem) faz mais parte da minha vida que qualquer outra coisa e sinto-me feliz por isso. Tanto é que o título desse blog se refere à TL - Tedawer Lorcb, lugar onde se passa a principal e central das minhas histórias. Se é mitologia, besteira, plágio (isso não, eu juro!), vocês que vão dizer. Moro aqui na Terra, mas sou um inegável andarilho de Tedawer Lorcb. Espero que você também... enquanto estiver na Terra, me faça companhia por aqui, mas não deixe de ir lá em TL pra ser um andarilho também...

O primeiro aniversário do Andarilho eu nem dei muita importância, mas é inegável que qualquer um dos meus três blogs guardam muita coisa de mim. A função do Andarilho é fazer tudo aquilo que eu não conseguiria fazer em algum veículo de comunicação que porventura eu venha a trabalhar. Seja por não vontade do editor, seja por falta de espaço, ou seja pelas limitações publicitárias ou de políticas da empresa que não nos permitem falar algumas coisas. Por mais que eu não tenha noção se alguém lê isso aqui, ou quantas pessoas leem, o Andarilho é muito importante pra mim. Mesmo que eu passe meses sem postar. Eu adoro escrever, adoro que as pessoas leiam o que eu escrevo, e aqui ninguém está me enchendo, dizendo o que eu posso ou não dizer.

Claro que já houve situações que tive de tirar o post, excluí-lo, pois me chamaram de machista, pedófilo, entre outros absurdos. Com isso já perdi alguns leitores, aqueles que certa vez, aqui mesmo, eu chamei de pseudo intelectuais (vide este post).
E fico feliz que aqui no Andarilho, em 53 posts (esse é o 54º), eu tenha tratado de coisas que me inquietam no dia a dia, sendo, de fato, um retrato fiel das minhas andanças em qualquer lugar que eu passe. É como se fosse mesmo a visão de um andarilho, alguém que por fora observa a hipocrisia e gênio das pessoas que fazem o nosso mundo.

Se vocês estiverem com paciência, sugiro a leitura daqueles que são meus posts prediletos. E quando eu for rico, prometo: vou fazer daquelas promoçõezinhas clichê de "o aniversário é nosso, mas quem ganha é você", haha.
Obrigado pela companhia galera, fiquem com Deus e até o próximo post!

Segue o link dos meus posts prediletos:
O maior tesouro... a água
Carta de um ateu
Deus com qualidade, variedade e preço baixo

sábado, 19 de dezembro de 2009

Sinopse de "Em Busca do Reinado"

Então galera! Saudades de todos vocês. Foram quase seis meses de ausência, mas as coisas andaram corridas mesmo.
Pra compensar, prroduzi um vídeo bem bacana contando a sinopse da história na qual estou trabalhando agora e que dá o nome a este blog.
Pra quem quiser entender um pouco de onde surgiu o nome maluco que eu dei para este espaço e conhecer um pouco das minhas invencionices, não deixem de curtir o vídeo.
E se não for pedir demais, comentem e divulguem!

Obrigado, galera! Forte abraço!




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domingo, 21 de junho de 2009

O dia em que o Brasil parou: jornalistas por formação, já!

Essa semana o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu por encerrar a discussão a respeito da formação jornalística. Ou seja, para o STF, jornalista não precisa ter diploma de curso superior.
Abro outro parágrafo, pois não me cabe fazer aqui uma defesa do diploma jornalístico. Até mesmo porque eu sou suspeito em falar. Estou no quarto ano da faculdade e desde que entrei tenho trabalhado duro para, sozinho, custear meus estudos ralando de sol a sol, muitas vezes sujeitando-me a empregos que não gostava para lutar por um sonho. Sim, quase maioria dos estudantes no mundo faz isso, é verdade. Mas eles sabem que depois de formados, só eles poderão exercer a profissão que escolheram. Cada profissão tem a sua peculiaridade que só a academia pode esclarecer as dúvidas e ensinar as técnicas, práticas e teorias para o exercício da profissão.
Mas essa semana descobri que todo esse meu esforço foi em vão. Incrível como pessoas que deveriam ser inteligentes, como o Ministro Gilmar Mendes, até pelo cargo que ocupa, tem uma visão tão imatura de uma atividade tão importante para a sociedade, capaz tanto de reparar os maiores conflitos, quanto de cometer os mais fatais erros para uma nação.
Como sou suspeito em defender o diploma, vou discorrer apenas sobre fatos previsíveis em decorrência dessa infeliz decisão do STF. É claro, vou acabar, consequentemente, defendendo o diploma.
Eu sempre escrevi bem (é o que dizem). Nunca tive grandiosas dificuldades com as letras. Desde o primário, as professoras elogiavam minha capacidade de formular e organizar minhas ideias. Ganhei vários prêmios por redações feitas na escola do ensino fundamental. Comecei a escrever contos, crônicas, poesias e romances na quarta série, com 10 anos. Minha pontuação em todos os vestibulares que eu fiz foi excelente, salva, principalmente, pelas redações (inclusive na Federal, só não passei pela alta concorrência, mas minha colocação foi satisfatória para quem nem cursinho havia feito). No entanto, na minha primeira nota em Redação Jornalística I, no segundo semestre de curso, foi ridícula, desesperadora, estupidamente preocupante. Pensei: "será que por toda a vida escrevi tão mal assim?".

Entrar em uma redação de jornal sem ter as mínimas noções de lead e pirâmide invertida, o be-a-bá, o verbo to be jornalismo é um crime à nossa sociedade. E foi justamente por eu não saber nada disso que minha primeira nota foi tão ínfima. Aos poucos, fui aprendendo e cada vez mais aprimorando meu texto. Sim, é escrevendo que se aprende, não há outro jeito. Mas o almejante a médico não entra num hospital e mata um monte de gente até aprender a operar. A comparação é grave demais? Então porque maioria dos meus leitores detesta a Rede Globo? Se informação é algo sem importância, mídia nenhuma nos incomodaria de nenhuma forma.
Escrever bem não é sinônimo de ser um bom jornalista. O texto do advogado é diferente do texto de um técnico que escreve manuais, que é diferente do texto do médico. Que é diferente do texto jornalístico. Cada um aprende sua forma de escrever. O curso que tenho e minhas escritas ao longo da vida não seriam suficientes para me fazer redigir um bom contrato, ou escrever um manual de instruções. Tudo isso deve ser aliado à teoria, a um conhecimento científico e específico daquela profissão. Daí alguns justificam: "ah!, mas jornalista não entende de tudo!". Realmente, não entende. Mas o ofício do jornalista não é ser multidisciplinar. É saber perguntar, saber escolher a fonte e tirar dela as informações que precisa. E quem não é formado pode até ser um curioso nato, capaz que arrancar as informações mais confidenciais de quem quer que seja, mas muito provavelmente não terá nenhuma noção de ética profissional e, pior ainda, não saberá traduzir às pessoas aquilo que apurou; num texto construído, como já disse, não para um jornal e sim para qualquer outra coisa.
E jornalismo não é só escrever. É a base de tudo, é verdade. Mas não se resume a isso. Cérebro de camarão quem pensa que é só isso.
E para deixar a vida da sociedade ainda mais complicada, tem as novas tecnologias, tal como a internet. Se nem entre jornalistas profissionais e empresas de longa data no exercício jornalístico, multimídias e nem as academias encontraram a forma exclusiva da linguagem da internet PARA O JORNALISMO, porque um açougueiro saberia? Ou um historiador? Ou um advogado? Ou um economista? Desde meados de 2002 a internet já tem um alcance considerável. Já faz mais de sete anos e não se encontrou a solução, e agora abrimos oportunidade para, mais uma vez, um pequeno grupo de empresários interessados somente no lucro descobrir essa nova linguagem. Já não bastou a televisão, o rádio... passaremos pela mesma mazela justo na "era da informação"?
Em nota, eu já soube do pronunciamento da Rede Globo e do Grupo RBS (Rede Brasil Sul, afiliada da Globo e terceiro maior grupo de comunicação do país, com atividade em SC e no RS). Ambas defenderam a decisão do Supremo, confortaram escolas e alunos, dizendo que o curso não perderá o seu valor e que continuarão contratando aqueles que tenham formação. Mas dizem ser importante que o diploma não seja uma exigência para que faça parte das redações, também, especialistas "para uma informação de maior qualidade".
É necessário que tenhamos em mente que não passar por um banco acadêmico torna qualquer pessoa mais manipulável, pois não há discussão, análise, estudo social, econômico, político, antropológico e histórico do nosso planeta para que a pessoa desenvolva o nível de senso crítico necessário para entrar na mídia. Tudo isso há na faculdade. Quem não senta nessas cadeiras, é catequizado na bíblia dos grupos midiáticos, toma aquilo como regra e repassa no seu exercício, então, pseudojornalístico, formando uma sociedade cada vez menos crítica. Exemplo disso? O próprio recurso contra o diploma jornalístico que só se tornou conhecido publicamente depois que foi julgado. Para as empresas não era interessante que a sociedade participasse dessa discussão. Assim como não é interessante pagar um salário justo para o profissional da imprensa (que já não é justo), nem mesmo ter no seu quadro de funcionários pessoas questionadoras, mais preocupadas com o exercício social da profissão, do que com os interesses econômicos dos seletos grandes conglomerados de comunicação do nosso país. Eu sei que é num desses que vou trabalhar, talvez. Mas a academia me torna forte suficiente para me dar noção de onde estou e não me deixar corromper.
Meu último texto aqui no Andarilho foi sobre Assis Chateubriant. O cara que envenenou as veias do bom jornalismo que nosso país poderia ter. A TV tornou-se fantoche dos grandes empresários, e os jornais, salvo as exceções, venderam-se à publicidade, graças a Chatô. Se alguém quiser saber o "jornalista" que ele era, procure algum artigo que ele tenha escrito. Você vai ter uma aula de como não fazer jornalismo. Chateubriant era advogado. Nada contra os advogados, mas ninguém ainda conseguiu plantar uma árvore no meio do mar. Como dizia o antigo ditado: cada macaco no seu galho.

domingo, 4 de janeiro de 2009

O poder do fim do dia

Sinceramente. Eu preciso escrever. Só não sei o quê. Poderia falar do maravilhoso filme que vi hoje no cinema, ou do fato de que minha família, que às vezes quer ir à falência, tenha se reunido para vê-lo, ou que hoje eu acordei feliz e agora tô com a sensação de que passou um trator por cima de mim.
Não faltaria assunto. A verdade é que eu estou numa angústia tão grande que não sei escolher. Talvez fosse interessante dizer do DVD da Celine Dion "A New Day Life in Las Vegas" que ganhei, amei e estou com as músicas na cabeça - coisa boa. Ou da minha chefe que me liga em pleno domingo pra me dar puxão de orelha, embora eu mereça - coisa ruim. Ou mesmo da minha vizinha que chuta o cachorro, minha mãe quer cuidar pra evitar, mas a mulher não que dar: não gosta da cadelinha, mas quer vendê-la a R$ 80, no mínimo. Enfim, o poder que a vida tem de fazer um dia ser bom em sua quase totalidade e arrasá-lo, destruí-lo ao final...
Poderia eu falar disso tudo (que aconteceu hoje), ou de outras coisas de ontem que foram legais e pertinentes para um assunto no blog. Mas eu não consigo escrever. Eu não estou bem. Meu dia não foi legal. Ou pelo menos, o fim dele não foi. E quando o fim não é legal, a gente se esquece de como começou.
Desculpem, então, ficar falando essas coisas aqui, mas eu precisava desabafar em algum lugar. Eu precisava escrever...

domingo, 26 de outubro de 2008

A mulher perfeita

Não vou entrar aqui no esteriótipo criado pelas fêmeas de que homem é tudo igual. Também poderia dizer que as mulheres são todas iguais, são difíceis de entender e etc., mas não é o que eu acredito; ou não quero acreditar. Eu tenho profunda esperança de que o meu pensamento esteja correto porque assim como sei que homem não é tudo igual, não creio que com as mulheres seria diferente.
Mas por qual motivo resolvi falar disso hoje?
Pois respondo:
Estava eu no meu rotineiro ônibus essa semana indo para o trabalho e eis que minha leitura é interrompida por um garoto que, acabado de entrar no ônibus, fica em pé bem em frente ao meu banco, do lado de uma garota que já estava ali. Começaram a conversa e eu não consegui mais continuar minha leitura, pois aquilo me chamava muito a atenção. A referida fêmea contava de suas últimas noitadas, quantas vezes foi levada pra casa por estar bêbada e falava em bebida, bebida e mais bebida. Quando o rapaz se encheu daquilo (aparentemente, ao menos; o garoto colaborava com o teor de álcool da conversa, mas em menor intensidade) ela diminuiu o tom alcóolico e começou a dizer das baladas e assim foi. Bem que o rapaz tentou falar do vestibular e do bimestre que se finda com as provas e tal, mas a garota visitou a conversa na escola só pra falar de bagunça.
Do jeito que eu falo até parece que o garoto era santo, mas vou esclarecer: não era. Só que, ou a garota exagerou muito, ou o tom dela era, no mínimo, demasiadamente maior que o dele.
Achei que fosse caso raro, mas na sexta e no sábado (dia principal de baladas) comecei a reparar (nos terminais de ônibus, claro; eu trabalho e estudo muito) o comportamento feminino, e eis que vejo que o caso da menina do ônibus não é exceção. Chuva e frio e cambada de mulher de top e mini-saia. Quando não, um vestidinho fino e curto. É bom ver, não nego, mas muito mais bonito seria algo menos ridículo. Claro que tem aqueles rapazes cabeça-oca também que vestem aquelas regatas "mamãe eu sou forte" nessa mesma condição climática, mas não estou analisando os machos de plantão. E eis que no ponto de ônibus escuto mais duas ou três conversas de garotas com as palavras "litrão", "bebida", "caninha", "bira" e por aí vai...

Ou eu estou ficando velho demais, ou os cérebros estão cada vez menores. Eu pretendo encontrar uma garota ainda que goste de festa, de se divertir, sim. De beber socialmente e que a bebida seja uma companhia e não um assunto de conversa. Mas mais que festa (queria que isso não fosse primordial, mas complementar), gostasse de um bom cinema, de ver filme agarradinho debaixo das cobertas com muita pipoca e chocolate em casa, gostasse de ir ao teatro e tivesse visão de futuro. Que se gabasse por ter lido 3 livros em um mês e não de ter sido carregada bêbada até em casa. Que tivesse um papo agradável, mas não falasse só de intelectualidade, claro, mas que tivesse um assunto inteligente.
Que seja romântica, eu adoro esse discurso das mulheres (sim, só discurso; cara romântico não tem vez), mas ao mesmo tempo gostasse de pegada, mas com muito respeito e sem vulgaridade.
Sei que ainda não encontrei essa mulher e talvez nunca encontre. E como a vida vai passando, resta-me lamentar ouvindo discursos hipócritas de que homem é tudo igual até que alguém não hipócrita prefira alguém como eu do que um malhadão pega-geral.

Obs. 1: Sim, estou num momento de carência, não reparem;
Obs. 2: Não estou generalizando, mas como disse, é o comportamento que eu enxergo nas mulheres ultimamente. Isso é verdade;
Obs. 3: Nerd tansão só tem chance em filme... é, eu sei...

domingo, 11 de maio de 2008

Divagações

Primeiramente queria registrar aqui o porquê de eu ter mudado o template: acho que um bom visual nas coisas mudam tudo. Estamos em constante evolução para chamar mais atenção e até para aguçar o ego é bom que demos uma renovada. Enfim, mudei e eu particularmente gostei da mudança. No abre do blog eu explico o porquê de "TL", indispensável para que as pessoas não me achem maluco (embora eu não esteja longe disso), vou postar semanalmente dicas de filmes, livros e músicas no lado direito da página, além é claro de tudo o que já tinha: o link para meu outro blog que fala das minhas criações, os links para os blogs que eu leio (e gosto, só linco os que valem a pena, claro que na minha opinião) e lá em baixo, no fim dos posts ainda trago a imagem de um dragão: ser mitológico que também faz parte de uma das minhas histórias.

Enfim, cheio de coisas novas pra vocês ficarem horas vagando como andarilhos aqui comigo.

Bem, eu tinha planejado outra coisa para escrever no blog. Eu gosto quando ele serve pra alguma coisa e traz informações ou ao menos reflexões interessantes, mas hoje, depois das mudanças que - fora dos planos, resolvi fazer e explicar para vosmecês, vou apenas relatar algo da minha vida que, quase dificilmente o faço:

Ontem a noite fui a uma festa fantasia. O tema era cinema. Cada um foi fantasiado de algum personagem marcante.
Bem, eu fui atrás de algo mais fácil, não queria gastar muito dinheiro com fantasia só pra uma festa das turmas de Comunicação Social lá da faculdade. Resolvi ir de Neo, do Matrix. Mas eu passei o dia inteiro procurando um bendito sobretudo preto e nada de achar um! Ninguém tem um sobretudo! (Pelo menos que service em mim, não). Enfim, desacorsoado, faltando apenas duas horas para o início da festa e sem fantasia, lembrei de um amigo meu que faz teatro com a gente e tem uma roupa meio tenebrosa muito interessante. Fui à casa dele, emprestei e me vesti de Espectro do Anel, os Cavalheiros Negros servos de Sauron em O Senhor dos Anéis. Só não fiz muito sucesso com a fantasia, não. Não que ela estivesse feia, mas é que ninguém me reconheceu! Uns acharam que eu era a morte, outros que eu era um Demetador (dos filmes do Harry Potter). Enfim, pelo menos ainda teve um lado bom: a fantasia era boa. Galera dizendo que estava com medo de mim... Ainda bem que o medo era porque eu estava fantasiado...

A foto é de mim, sim... o Dementador, morte ou Espectro do Anel... como vocês acharem melhor. E não tem Photoshop.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Falta de educação?

Antes de mais nada, meus sinceros pedidos de desculpas pelo atraso na minha postagem semanal.

Semana passada aconteceu uma coisa comigo que eu fiquei pensando seriamente com meus botões nos valores da nossa sociedade. Tinha um senhor em pé no ônibus lotado e ele estava segurando-se à minha frente. E eu estava sentado. Mas eu não dei lugar pra ele. Falta de educação? Foi aí que eu pensei: justamente eu, o cara que mais preza pelos valores humanos, pela inteligência, pelo respeito entre tantas outras coisas não envolvidas no caso... o quê me deu? O que aconteceu para que eu não desse lugar ao velhinho? Estava eu com febre? Não, eu lhes asseguro. Aconteceu que um monte de coisas passaram por minha cabeça. Um tanto egoístas, é verdade, mas verdadeiras.
Eu acordei às quatro horas da madrugada depois de ter dormido só quatro horinhas na noite anterior (é que eu chego em casa 23h da faculdade. Até pegar no sono, visto que eu ainda janto quando chego em casa, dá meia-noite), trabalhei a madrugada, a manhã e o comecinho da tarde ralado, cheguei em casa tinha mais tarefas da faculdade, dos meus compromissos externos e então embraquei no ônibus, no meu único momento de descanço onde posso fazer minha leitura com tranqüilidade, no pequeníssimo espaço de tempo que acho no meio da minha rotina. Além de ter pago um valor absurdo na passagem de ônibus o que me dá o direito de, ao menos, sentar-me.
Daí vocês podem pensar: mas que egoísta você, Juliano! Sim, chamem do que quiser. Eu mesmo me achei sem razão, mas não me arrependo, pois creio que aquele senhor estava, se não o dia inteiro, mas a maior parte do dia em casa descançando e acordou a hora que sanou todo seu sono. Ele iria também dormir, com certeza, no momento que o cançasso se abatesse sobre ele novamente, enquanto eu ainda teria que esperar a minha aula - que eu pago caro - terminar para então ir pra casa e brincar de dormir. Se isso tudo não bastasse tinha um monte de gente nova sentada também ali por perto. Porque só eu tinha que ceder o lugar? Será que todos pensaram como eu? Então isso é um mal da sociedade e não da minha personalidade. E se todos ficarem tocando as responsabilidades um para o outro alguém vai sair prejudicado; nesse caso, o velhinho.

Mas há uma boa razão para eu ter continuado no meu banco (além de todas as razões egoístas que mencionei). Certa vez eu fui dar lugar a uma senhora e ela me disse, letra por letra, a seguinte frase: "Desculpe, meu filho. Eu não sento em banco quente". Além de outra que colocou jornal no banco temendo que eu tivesse alguma doença infectosa nas minhas partes. Outras várias que me xingaram dizendo que eu tinha chamado elas de velhas... Enfim, é bem verdade que todas essas eram velhas e não velhos. E isso faz uma grande diferença. E é verdade também que há excessões: nem todas e todos que eu cedi lugar foram mau educados. Mas o fato é que no meu estado de cançasso daquele dia eu lembrei só dos grosseiros.

De tudo isso não faço idéia que conclusão tirar. Mas eu tenho certeza que se fosse uma grávida, uma mãe com criança no colo, alguém obeso ou deficiente, eu certamente me sentiria mais motivado ao gesto de educação. Talvez também em outro dia, com menos cançasso ou a passeio eu também me levantasse, mas se ocorrer de novo o mesmo fato eu, por mais que ache errado, vou pensar algumas vezes antes de levantar-me...

domingo, 30 de março de 2008

O Amanhecer

Essa semana estava eu em mais um dia de trabalho - aquele que eu madrugo para ir cumprir minhas obrigações profissionais - e tive a honra de presenciar uma aurora espetacular. Cheguei a comentar com um colega meu que existem poucas coisas tão lindas na vida quanto um amanhecer. E por vezes nem nos damos conta que, se tirarmos um dia de nossa vida para presenciar um amanhecer vamos nos deparar com um dos espetáculos mais incríveis da natureza. Eu iria descrever para vocês, mas naquele momento, algo gritou mais forte dentro de mim, e saiu algo mais ou menos assim:

A noite ainda não foi embora
Mas lá fora
Tem luz já clareando o céu
Como flechas gigantes atiradas
No azul-escuro do firmamento
E as estrelas perfeitamente ordenadas
Começam a se apagar na luz do seu alento
O espaço livre numa briga de cores
Desde o preto até o branco no horizonte
E faixas de luz emanam cortando tudo isso
Numa reta sem fim até não se sabe onde


Não há vento, mas os pássaros já cantam
E comemoram o dia que vem vindo
As nuvens não existem, nem atrapalham
E abrem espaços nessa tela de magia
Onde misturas, formas e cores dão luz
A um novo dia
E transformam a brusca madrugada
Numa manhã, aos poucos, ensolarada
E em mais um dia que a vida se renova

Juliano Reinert

domingo, 2 de março de 2008

Vida corrida

Bem galera, tanto nesse quanto no outro blog resolvi falar de coisas pessoais. Claro que com abordagens diferentes. Lá eu falo das minhas histórias e a relação que elas têm com a minha vida. Aqui eu falo da minha vida e não que elas não estejam ligadas. Muito pelo contrário. Uma coisa depende da outra.

Por exemplo: estou a quase duas semanas sem escrever! E isso me dá um remorso muito grande! Nossa, eu me sinto até mal. Como eu já disse lá nO Novo Reinado, meu objetivo é concluir as revisões esse ano e passar todas as idéias, segredos e as histórias como um todo o quanto antes pra vocês. Porém, é difícil.
Essa semana foi bem corrida. Estou nos preparativos do Teatro da Paixão de Jesus que eu escrevi o roteiro, estou dirigindo e ainda vou ser Jesus! Meu, tá uma loucura atrás de som, organização da divugação e tudo o mais. Quase nem sobra tempo para as outras coisas.

Outras coisas essas não menos importantes: a faculdade, por exemplo. Esse ano eu não consegui ler nenhum texto relativo às aulas e estou viajando em muitas delas. Em algumas horas sou obrigado a parar alguma coisa para fazer uma tarefa, escrever uma matéria para a aula de Redação Jornalística ou fazer uma foto para a aula de Fotojornalismo. Estou conseguindo conciliar, mas não tá fácil.

Hoje pensei, até mesmo em não postar em nenhum dos blogs. Pensei: "tem pouca gente que vê, eu estou sem idéia, sem tempo e tenho minhas revisões para adiantar". Mas em respeito a esses poucos leitores bloguei sim, e não acho ruim. É bom compartilhar as coisas com vocês, me faz sentir melhor. Mas dói saber que o tempo que passei redigindo esse texto toma o tempo das minhas revisões; e nesses dias, o meu tempo está com um valor incauculável. Uma conhecida minha disse pra mim essa semana que tá mais fácil falar com o Presidente Lula do que comigo.
E não duvido! Minha mãe vive me dando recado de pessoas que me ligam e não consigo atender. Isso por causa do teatro, dos trabalhos da faculdade e do Ano da Juventude (celebrado esse ano na Diocese de Joinville), onde tem muitos eventos e formações e eu, como coordenador de grupo de jovens, estou sendo convocado para todos, mas ainda não fui em nenhum! Meu, não dá tempo mesmo!

A única coisa que eu queria e que não consigo reduzir o tempo é o meu trabalho (o registrado em carteira). Esse eu continuo tendo que cumprir as 9 horas para compensar o sábado não trabalhado, mas ele acaba sendo afetado pelo pouco tempo que eu tenho de outra coisa bem preciosa: o meu sono.
Se eu já tivesse na minha área (jornalismo), nossa! Eu nem dormiria (pelo menos nos primeiros dias) de tanta felicidade. Embora essa semana eu tenha ouvido algumas faíscas de um fogo que pode arder e me trazer meu emprego na área, nada foi confirmado. Mas eu torço para que não demore muito.

Enfim, espero que vocês pelo menos comentem sei lá o quê. Juro que eu arranjo um tempo e leio o que vocês escreveram. Fui!