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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Os protestos em São Paulo e os tipos de pessoas

Foto: Bruno Passos, do blog Papo de Homem, que
participou de um dos dias do protesto. Pacificamente.

Tenho acompanhado os protestos em São Paulo contra o aumento da tarifa do transporte coletivo e venho sentindo uma inveja (das boas) da galera de lá. Meu sonho é que a população joinvilense fosse politizada e mobilizada dessa forma.
Porém, a grande imprensa tem divulgado notícias sobre as manifestações com aquele jeitinho joinvilense de pensar: todos baderneiros, jovens sem causa, arruaceiros, vândalos. Como eu disse esse dias, estão fazendo um recorte bem tendecioso de tudo o que está acontecendo na capital paulista.
Eu torço de verdade para que o movimento consiga alcançar o objetivo que almeja, que a tarifa seja revogada e que São Paulo seja referência de mobilização para o restante do país. Mas também torço para que, um dia, essa imprensa suja e escrota que existe e mina a cabeça de pessoas menos críticas mude sua forma de pensar, ou sucumba de vez, dando espaço a um jornalismo independente e comprometido com a prestação de serviço.
Enquanto meus sonhos não são realizados, pipocam na rede textos que retratam o avesso daquilo que a grande imprensa mostra. Mas o mais completo, profundo e reflexivo que eu li nestes últimos dias é este que apresento para vocês aqui. Ele é de autoria do Rafael Fontenelle e eu tomei conhecimento desse texto primoroso a partir de um compartilhamento de um dos meus contatos no Facebook. Eu não conheço o Rafael, mas ele me autorizou, com bastante gentileza, que eu transcrevesse as palavras dele aqui no Andarilho.
Espero que vocês gostem e que essa discussão fique ainda mais calorosa. Nós precisamos disso para, aos poucos, mudarmos o Brasil. É meu sonho!

Fico aqui vendo as fotos e os comentários sobre o protesto sobre o preço do transporte público em São Paulo, e pensando que o Brasil dá errado porque a maioria das pessoas não sabe ser.
Primeiro você tem as pessoas que são ignorantes. Não num sentido pejorativo, digo das pessoas que receberam nenhuma ou pouca educação ou tiveram nenhum ou pouco acesso à nossa chamada cultura, ou aos trâmites internos da sociedade. Essas pessoas representam uma grande maioria, e infelizmente ficam facilmente sugestionadas à malícia de outras, mais esclarecidas de como o "sistema" funciona, que usam isso em favor delas.

Daí você tem as pessoas burras. A pessoa burra é aquela que vai numa manifestação sobre o preço do transporte público em São Paulo, ou numa manifestação contra o policiamento na USP, porque acha que manifestação significa baderna. E vai com o único intuito de quebrar tudo. Ou então tem algum ideal vazio, e aproveita dele para ir lá e: quebrar tudo. Ele não quer saber pra que é aquilo, se tem uma causa política, se tem um contexto, ou se vai machucar alguém, tanto do movimento, quanto da polícia. A pessoa burra quer quebrar tudo. Essa pessoa, além de burra, é perigosa, porque descredita qualquer possibilidade de bom uso das causas, e dá armas pra determinados veículos de imprensa fazerem uma série de generalizações. A pessoa burra dá tiro no pé. Ela depreda o bem que ela pagou pra ser feito, que vai pagar pra consertar. Ela queima o ônibus onde ela mesma anda e reclama da lotação.

Daí vem as pessoas muito burras. A pessoa muito burra é aquela pessoa que é esclarecida o suficiente, e
Foto: Agência Brasil.
ainda assim assiste a televisão ou vê na internet sobre o caos e a baderna na Paulista, ou na USP, e acredita piamente que aquelas pessoas TODAS realmente saíram de suas casas apenas para ir lá e quebrar tudo. Apenas para isso. A pessoa muito burra acha MESMO que dezenas, centenas, ou milhares de pessoas são baderneiros, ou maconheiros, e que ainda bem que existe a santa polícia pra salvar o dia, e acha que bala e gás lacrimogênio é pouco. Acham 20 centavos uma mixaria, e o protesto um absurdo, pois aumentos são naturais. Não passa pela cabeça delas as pessoas que dependem desses 20 centavos diários, ou a péssima qualidade do transporte, ou quantos meios de transporte a pessoa é obrigada a pegar por dia, ou sequer se esse aumento simplesmente é ou não justo frente às concessões e ilegalidades que faz parte do governo deste país, desde sempre, independente de partido. E a pessoa muito burra, apesar de esclarecida, parece que não sabe que o voto, os direitos trabalhistas, as férias, dentre tantas coisas, foram conquistadas por meio de "badernas".

Daí tem outras duas classes de pessoas, menos perigosas, cada uma para o seu lado. Os alienados, que veem tudo e optam por achar que o mundo é assim mesmo e é uma bosta e deixam pra lá, e os internéticos, que veem tudo na internet, assinam petições, e ficam putos, cada um pro seu lado, mas se movem o máximo que a tela do computador permite (eu certamente, infelizmente, me enquadro nesse último).
Mas o problema maior do país são duas classes muitíssimo infelizes e perigosas de pessoas, que são o tomador de conta e o oposicionista.

O tomador de conta não liga muito pra em que época ou século ele está, nem pro que está acontecendo no mundo. Ele liga pra vida dos outros. O tomador de conta quer decidir por si mesmo quem tem direito a que, quem deve ir aonde, quem deve casar, quem deve sair na rua, quem deve ser preso, e quem deve morrer. Ele se sente desrespeitado pela mera existência de uma pessoa que não pensa igual ele. Mesmo que nunca a tenha visto na vida. Ele toma conta da vida dos outros, porque a dele é completamente vazia. E, nessa vida vazia e sem contexto, ele quer impor o seu pensamento ao pensamento dos outros. Nos tomadores de conta está a temível subcategoria dos xiitas, que não apenas tomam conta e apontam dedos, mas usam de suas armas para fazer sua vontade. Mas não fazem sua vontade na própria vida, nem fazem dela melhor. Toda a energia vai é pra vida do outro. Já que a dele tá mesmo uma grande bosta.

O oposicionista é o cara cuja única função no mundo é: opor. Ele não tem nenhuma ideia plausível de como mudar o país, ou a política, ou talvez nem o próprio armário. Se tiver, a ideia é de alguém que não é do partido que ele gosta, mas do partido contrário àquele que ele odeia. O que ele faz é: culpar uma coisa, em detrimento de outra. O oposicionista é aquele cara que ficou preso lá atrás, na época em que direita e esquerda faziam sentido, e que o PT e o PSDB representavam antípodas políticas no Brasil. Se mantendo nesse viés, tudo que o oposicionista faz é pegar todo e qualquer tipo de situação e culpar no governo de [insira aqui um partido ou um político conhecido]. O oposicionista da esquerda acha que é tudo culpa da direita, deste governo maléfico e aproveitador, que engole tudo e todos. Reaças. Tudo que TODOS os tucanos querem é denegrir a sociedade em proveito próprio e só isso. O oposicionista da direita, na contra mão, acha que é tudo culpa da esquerda, claro; este governo assistencialista ignorante, com suas falsas políticas de valorização de massas. Tudo culpa deles. Petralhas. Esse acha que a ditadura dos pobres está sendo maleficamente arquitetada a cada minuto. E tudo, TUDO, é culpa do Lula.

Daí, no fim de tudo, todo mundo se pergunta: é esse o país que vai sediar a Copa? Sendo que na verdade esse “país” que vai sediar a Copa tão precariamente (tanto pros que acham que vai faltar verba quanto pros que acham que isso nem deveria existir aqui, por não ser prioridade) só é essa belíssima bosta por nossa culpa. O cara que tá lá na Paulista protestando contra o aumento da passagem tá pelo menos exercendo o direito DELE, de protestar contra o governo que o representa. Em voz alta, em plena visibilidade, sem apontar dedo pra ninguém além dele mesmo. Tudo que ele quer é o direito dele, ou pelo menos ser convencido do porque esse direito foi mais limitado. Daqui até a Copa, qual tipo de brasileiro a gente vai ser?


*Este texto é de autoria de Rafael Fontenelle e foi publicado originalmente no perfil dele no Facebook.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Motorista se recusa a ajudar passageira em Joinville


Este texto vai inaugurar um manifesto mais que necessário por Joinville. Um manifesto em favor da melhoria da qualidade dos serviços de transporte coletivo da cidade. Chega de abuso, desrespeito e rumos para o transporte por ônibus decididos por pessoas que não o usam e, assim, ferram com a vida de quem é obrigado a usar este serviço diariamente.

Nesta quinta-feira, 18 de outubro de 2012, tive mais uma prova da falta de preparo e cortesia que acomete a maioria dos motoristas da cidade.
Uma mulher que visivelmente não costumava usar o ônibus para o seu deslocamento, embarcou na linha Benjamin Constant, da Transtusa, com saída do Terminal Central às 18h24 no ponto em frente ao Hospital Unimed com a filha pequena. Antes de passar na roleta, a mulher perguntou educadamente para o motorista se ela poderia descer pela porta da frente, pois o ônibus estava cheio e sua filha pequena poderia ter dificuldades em equilibrar-se até chegar na porta traseira. Secamente ele negou. Sem pestanejar, a mulher passou o cartão na máquina para liberar a passagem da menina e acabou rolando a catraca antes da menina passar.
Confusa, perguntou ao motorista o que ela poderia fazer: “Moço, eu nunca peguei ônibus”, avisou. “O que eu posso fazer? Perdi a passagem?”. O motorista respondeu, dizendo que não poderia fazer nada, que ela não poderia desembarcar pela porta dianteira e que ela tinha que se virar. Nervosa, ela alterou a voz, sem saber o que fazer, porque o motorista não demonstrou nem cortesia, nem vontade de ajudar. Foi por iniciativa dos outros passageiros que a menina foi pega no colo e passada por cima da roleta para o outro lado.

Em seguida a mãe da menina pagou a passagem embarcada, R$ 3,10, para que, enfim, também pudesse passar. No momento em que iria passar, novamente se atrapalhou, do mesmo modo que aconteceu com a filha, e girou a catraca sem ter passado.
Nervosa e já chorando, ela repetia diversas vezes que estava confusa porque nunca tinha pegado ônibus. O motorista alterou a voz dizendo que nada podia fazer. Os passageiros, revoltados, clamavam para que o motorista, pelo menos, deixasse que ela descesse pela porta da frente, pois ela já tinha pagado a passagem. Ele apenas dizia que não poderia fazer nada, pois não iria tirar dinheiro do bolso dele para pagar a passagem para ela.

Desorientada, a mulher já ia sacando a carteira para pagar mais uma passagem quando cerca de cinco pessoas se prontificaram a pagar a passagem dela sob protestos. Uma das passageiras berrou dizendo: “Você trata ela assim porque não é com sua mãe nem com sua esposa, né, seu grosso?”. Outros protestos e xingamentos de “grosso” e “estúpido” se seguiram.
Por fim, o que restou foram as conversas em dupla dos passageiros indignados com a situação e com a falta de preparo do motorista para lidar com tal situação.

Ora, analisemos o caso: é fato que a mulher tinha um tanto de falta de senso de lógica ao rodar a catraca sem passar por ela. Ainda assim, em qualquer lugar que trabalhe com o público, a mais básica das orientações é não contar com a capacidade lógica das pessoas. Se for necessário orientar para que a pessoa possa executar ações básicas, assim deve ser feito. Da mesma forma, se a pessoa fizer perguntas óbvias, elas devem ser respondidas. Sem sarcasmo.

Assim, da mesma maneira que é visível a falta de lógica das ações da passageira protagonista desta história, também é visível a falta de preparo do motorista para lidar com o público. Talvez porque a função dele não seja ajudar as pessoas. E essa afirmação está correta. Em qualquer cidade que se preze, existe um cobrador para informar, orientar, auxiliar e óbvio, cobrar dos passageiros. Em Joinville esse profissional não existe. Com isso, os motoristas têm funções acumuladas e acabam protagonizando situações como estas.

Tá faltando respeito, preparo e cordialidade entre os motoristas de ônibus em Joinville. E esse caso não é único. Virão outros por aqui. E se não falta orientações para que os motoristas atendam bem ao público, é preciso, então, que os cobradores voltem a existir.
Chega de pagar quase R$ 3 para levar de brinde mau humor!

Se você também tem alguma denúncia de mau atendimento ou má qualidade dos serviços de transporte coletivo em Joinville, nos contate! Este espaço será aberto para denunciarmos e divulgarmos a falta de respeito da prefeitura, da Gidion, Transtusa e Passebus com a população joinvilense.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

"O Andarilho" é abertamente CONTRA a candidatura de Tebaldi

Ainda falta falar de mais três candidatos ao cargo de prefeito de Joinville, mas antes que chegue a vez dele, é preciso deixar claro que este blog fará de tudo para contribuir com A NÃO ELEIÇÃO DO DEPUTADO MARCO TEBALDI.

Além dessa imagem referente ao Código Florestal, que ele votou a favor, tem os processos judiciais movidos contra ele, e o candidato insiste em dizer que isso é normal. Não sei de onde.
Além disso, enquanto prefeito, Joinville esteve constantemente envolvida em escândalos, seja por conta da corrupção ou por compra de vaga do time de Joinville em campeonato de futebol.
Tebaldi fez asfalto casca de ovo, começou e esqueceu a obra no São José (e agora diz que vai terminar), ergueu o prédio do PA do Aventureiro, não equipou e diz que o pronto atendimento é realização dele (sendo que sem médicos e equipamentos, de nada valem as paredes).

Tebaldi construiu a Arena, uma jogada (com perdão do trocadilho) extremamente eleitoreira. A obra está cheia de sérios problemas estruturais, cuja reforma completa custaria o o que foi gasto até o momento com a construção.
E as escolas que começaram a ser interditadas no início de 2009? Como seria culpa do governo atual com poucos meses de casa? Claro que foi Tebaldi que permitiu que as coisas atingissem tais níveis alarmantes. Além das enchentes, que ele nunca sequer tentou resolver.

Tebaldi foi um dos prefeitos que mais aumentou a passagem de ônibus e o serviço prestado nunca melhorou. Tebaldi deixou uma dívida milionária para a prefeitura e amargava índices de rejeição na eleição de 2008 por conta de sua péssima atuação.


O ANDARILHO NÃO QUER TEBALDI NOVAMENTE! PELO BEM DE JOINVILLE, VAMOS TIRAR TEBALDI DO SEGUNDO TURNO!

domingo, 30 de setembro de 2012

Udo: a menina dos olhos de Luiz Henrique


Está tudo lá: um gesto marcante (antes as mãos juntas “por toda Santa Catarina”, agora, a batidinha na palma da mão “com mãos limpas”), a cartilha do Plano 15 e a ideia de passar a imagem de um político “gente como a gente”. Tudo bem, isso pode ser somente coincidências de marketing. Mas é inegável que Udo Döhler é um bonequinho de Luiz Henrique que, estando no senado, precisa de um discípulo fiel aqui na maior cidade de Santa Catarina para garantir seu reduto eleitoral.

Ao contrário do que aparece na propaganda eleitoral, Udo não é um cara que sai andando pela sua indústria ou por seu hospital cumprimentando e conversando com todo mundo. Sequer é visto com frequência. E eu conheço mais gente que trabalha/trabalhava nessas duas empresas do que a quantidade que já foi mostrada na propaganda do candidato.

Não concordo com a estratégia dos adversários de ficar apelando para suposições, tal como o possível racismo de Udo, ou do fato de o Dona Helena não atender pobres. Mais: apesar de ser fato o episódio das funcionárias da Döhler amarradas, não penso que isso contribua com o debate político, até porque tenho certeza que, se eleito, Udo não vai ficar amarrando ninguém em nenhum lugar.

Mas o que põe em discussão a qualidade da administração de Udo é o jeito Luiz Henrique de governar. LHS fez grandes obras para Joinville. E apenas grandes, porque úteis nem todas eram. Basta ver o Centreventos, cuja adaptação para shows, por exemplo, pode custar até R$ 25 mil. O Juarez Machado é mais um auditório de luxo do que teatro. Pra piorar, o prédio foi erguido em cima do que era pra ser o Teatro Municipal. E até hoje não temos o Teatro Municipal.
Luiz Henrique jogou a cavalaria da Polícia Militar junto com máquinas retroescavadeiras em cima dos comerciantes de rua do calçadão da Rua do Príncipe, para abrir uma rua que complicou ainda mais o trânsito do Centro. E sobre o álibi de estar melhorando o sistema de transporte coletivo da cidade, autorizou – anticonstitucionalmente, sem licitação – a exploração do serviço por 14 anos para a Transtusa e Gidion, que até hoje praticam preços abusivos, garantidos pelo acordo entre as empresas e a prefeitura, além de exercer um atendimento à população aquém do necessário, de péssima qualidade.
O asfalto, feito a torto e a direita, foi realizado sem drenagem e sem saneamento básico. Com os anos, os bairros começaram a sofrer com os alagamentos e os rios ficavam ainda piores com o esgoto não tratado despejado neles.
Enquanto isso, LHS continuava com suas obras megalomaníacas, que o fez ser a maior personalidade política da cidade, imbatível por aqui.
Hoje, ele está lá em Brasília defendendo o novo Código Florestal que beneficia os ruralistas, legaliza a destruição do que resta da Mata Atlântica e aprova o desmatamento da floresta Amazônica.
Não tenho dúvida que Udo vai governar sob a sombra de LHS. Até porque a atitude de se candidatar não partiu de Udo, mas de um “namoro” longo que o ex-prefeito manteve com o empresário para que o PMDB retomasse a administração municipal.

Diante disso tudo nos resta saber: como ficará o transporte coletivo na cidade? Será que Udo fará alguma coisa para destituir do poder os seus amiguinhos da Transtusa e da Gidion? Será que Udo vai continuar a atender a cidade com uma nova rede de tratamento de esgoto? Será que Udo vai fazer alguma coisa para despoluir o Rio Cachoeira que sua empresa tanto ajudou a poluir com as toxinas despejadas nele? Será que Udo vai realmente pensar nas pessoas diante do seu histórico à frente da Acij e da defesa dos interesses do empresariado da cidade? Quem terá mais peso nas decisões de Udo? Seus amigos da Acij afoitos pela especulação imobiliária, pelo enchimento da cidade com veículos por parte das concessionárias, ou o povo com a necessidade de moradia e de transporte coletivo de qualidade?

Deixemos as possibilidades de racismo, mulheres amarradas, xenofobia e toxinas no Cachoeira de lado: será que Udo quer governar Joinville por vontade própria? Será que ele vai ser prefeito para os joinvilenses ou para os empresários da cidade? Será que ele quer defender os interesses da população ou do Luiz Henrique? Udo seria o melhor prefeito para Joinville?

domingo, 2 de setembro de 2012

Kennedy: aquele que diz só o que o povo quer ouvir


O primeiro problema do senhor Kennedy Nunes para prefeito é o fato de ele ser evangélico. E não é apenas um achismo meu. Na própria Bíblia, livro-referência de qualquer cristão, Jesus é claro ao dizer “daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Se você é um missionário cristão e tem compromissos eclesiásticos, você não deve estar a serviço de César. Mais do que dar dinheiro, é trabalhar para ele. E aqui entendamos César como todo o contexto político atual, que envolve jogo de interesses e alianças multipartidárias que atendam aos interesses dos partidos em todas as esferas geográficas: locais, regionais, estaduais e federais.

O segundo problema, que está além do religioso, é as questões políticas e culturais. Não sejamos hipócritas. É óbvio que estaremos sujeitos aos princípios do prefeito para qualquer manifestação que a população queira fazer: grandes eventos que não sejam evangélicos (missas campais, eventos espíritas, passeastas feministas, passeatas levantando discussões como a legalização de certos tipos de drogas e lutas por direitos LGBT).
Aqui não falo concordando ou não com essas causas porque não vem ao caso. Também não estou me posicionando diretamente ao que eu creio que seja o pensamento do candidato Kennedy. A questão é: uma cidade não pode ser governada pelo pensamento de uma pessoa. A população de um município deve ter a liberdade de expressar suas diferentes formas de pensar e de crer. E um candidato evangélico põe em sérios riscos este direito conquistado desde o fim da ditadura militar: o direito à democracia, ao respeito multicultural e à expressão de ideias e opiniões diversas. Enfim, o respeito à diversidade.

Para além dessas questões ideológicas, temos o próprio histórico do Kennedy. Como parlamentar na Assembléia Legislativa de Santa Catarina, sua principal missão era se projetar como prefeito e não atuar como deputado. Fez poucas coisas que trouxessem melhorias significativas para Joinville. Pelo contrário, mesmo sendo do mesmo partido do governador, jamais cobrou melhorias na educação estadual e vemos diversos colégios administrados pelo estado freqüentemente sendo interditados pela vigilância sanitária e com falta de professores e infraestrutura, além de não fazer nada para impedir que fossem fechados dez leitos no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, afogando ainda mais o São José, que mesmo sendo municipal precisa atender a demanda da região.
Uma prova simples do que eu falo: em algum programa da candidatura do Kennedy é mencionado algo relevante que ele fez em sua carreira como deputado estadual?
Fica a reflexão.

Por último, vem as propostas. Para o transporte coletivo, a única proposta é a redução do valor da passagem em R$ 0,35. Logo a passagem volta ao preço que está e a qualidade do serviço não vai ser melhorada, afinal, isso o Kennedy parece ignorar. É a prova que ele pouco conhece das verdadeiras melhorias que precisamos no transporte coletivo de Joinville.
E o maior e grande discurso do Kennedy é o alargamento de ruas e a chuva de elevados que ele quer trazer à cidade. Eu gosto e concordo com a ideia de elevados, mas em alguns pontos altamente críticos e perigosos da cidade, criteriosamente selecionados e que, pelo que me ocorre, não mais que dois (aquele cruzamento da Marquês de Olinda com a Ottokar Doerffel e na Santos Dumont com a Tuiuti, pra agilizar o acesso ao Jardim Paraíso e melhorar o tráfego para o aeroporto).
Ainda assim, elevados não são soluções inteligentes para a mobilidade urbana. É preciso investir mais em transporte coletivo (e não só reduzir R$ 0,35 a passagem), melhorar as ciclovias e ciclofaixas da cidade e as calçadas, dando alternativas para além do transporte individual aos joinvilenses. Isso é um convenção no mundo todo: as soluções para a mobilidade urbana estão em substituir o transporte individual pelo coletivo. E o Kennedy ainda não compreendeu isso.

Além disso, muitas das propostas que ele vem citando são projetos que já estão contemplados com um dinheiro trazido do BNDES pelo governo do estado e estão em fase de licitação (como as melhorias na Santos Dumont).
Precisamos ter cuidado com pessoas de boa lábia e comunicabilidade. Estas sabem se fazer passar por solucionadores de problemas. Mas basta pensarmos um pouco mais pra identificarmos que as soluções não são exatamente aquelas. Pode até ser o que o povo quer ouvir e ver. Mas não é o que ele precisa.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A não compreendida importância da política



Em épocas de eleição é que costumamos observar a maior quantidade de máximas, que pipocam por todo o canto: "odeio política", "nada muda", "vamos anular o voto", "é tudo igual!", "todo mundo rouba na política", "vamos votar branco", "não quero nem saber disso aí", e por aí vai.
Pode até ser que as coisas não estejam boas, que os serviços públicos estejam morosos e ineficientes, que a educação e a saúde estejam precarizadas, que a infraestrutura esteja sucateada e que tudo está muito caro. Mas sinto lhe dizer, querido leitor, que nada disso vai mudar se você não aceitar que só a política é capaz de fazer as coisas mudarem!

O quê? Você acha que com a política não é possível mudar? Bom... está lhe faltando, então, um pouco de lembranças das aulas de história. E aí está outro problema: nossos queridos aluninhos brasileiros, em todas as esferas da educação, não gostam de estudar. E, não raro, quando estudam, é por nota ou pra conseguir a profissão almejada. Jamais por puro, simples e rico conhecimento.

Mas voltemos: foi através de uma movimentação política que o Brasil conseguiu sair de décadas de ditadura para viver, enfim, o regime democrático.
Para quem não tem noção do que era a ditadura (ou esqueceu, ou perdeu a noção de gravidade), aí vai um refresco dolorido: a ditadura proibia o acesso à informação que eles não julgavam interessante. Certamente, portanto, você não veria as queridas cantoras pop da atualidade com a frequência que vê, porque, pela indumentária delas, era uma afronta à família. Seriados americanos? Jamais! O nacionalismo impedia que se tivesse acesso, no Brasil, a uma quantidade muito grande de produções estrangeiras.
Se você fosse um pouco mais politizado, era perseguido, preso e torturado. E mesmo que você não fosse muito politizado, mas fosse pego reclamando do governo com a vizinha, também era preso.

Passado o tempo da ditadura, tivemos o governo Collor, que foi um completo fiasco e não resolveu nada os problemas históricos do Brasil de décadas de atraso. E por um movimento político Collor foi deposto da Presidência da República.

Fora do Brasil, temos o bom exemplo de Nelson Mandela que, com força política, conseguiu trazer um pouco mais de igualdade para a África do Sul.

Da mesma forma, existem aquelas forças políticas que fazem o mal: Hitler (que dispensa explicações) e George Bush só para citar exemplos. Além daqueles casos locais de autoridades municipais que autorizam de forma inconstitucional a exploração de um serviço público (o transporte coletivo) para duas empresas somente por 14 anos. Por mil Lápis, Helicópteros e Sapos! Não preciso lhes dizer quem é, né?

Ou seja, o povo tem sim poder na política. É só ver a história! E a política tem histórico de ser suja e excludente mesmo. Basta ver na Grécia Antiga, quando criaram o conceito de democracia: a democracia deles excluía mulheres e escravos. Só homens tinham voz para tomar as decisões.
Ainda assim, exemplos de políticas feitas com diálogo, respeito, maturidade existem! Basta ver a situação de movimentos sociais, estudantis, sindicatos, entre outras organizações que lutam por dignidade com democracia e inteligência.

Mas é preciso ampliar essa consciência. Infelizmente existem três grupos de pessoas no nosso Brasil.

O primeiro grupo é composto por pessoas não-instruídas que são ludibriadas com discursos que dizem apenas o que elas querem ouvir. Russomano, candidato a prefeito para a cidade de São Paulo, disse hoje, 22 de agosto, que queria que houvesse uma igreja em cada quarteirão. Serra, que também saiu candidato pela capital paulista, também anda fazendo comício em diversas igrejas e estreitando laços com pastores.
Ou seja, uma população que já é enganada e prejudicada por pastores charlatões estão sendo usadas para arrecadação de votos de sujeitos que se preocupam em fazer mais um discurso vazio e ludibriante, do que instigante e construtivo.
É preciso que se diga que grande parte das lutas importantes e necessárias para o desenvolvimento social do nosso país estão prejudicadas por conta das igrejas.

O segundo grupo é composto pelas pessoas que proferem aquelas máximas que listei no início do texto. São pessoas que não são instruídas e que espalham aquelas ideias de votos brancos e nulos como se fossem solução. Não! Não são solução, é preciso dizer, porque esse tipo de “protesto” não dá em nada porque estes votos não são contabilizados e alguém vai ser eleito de qualquer modo. Então porque perder o voto se existe a possibilidade de investir em alguma proposta interessante?
Mas para estas pessoas não existe proposta interessante. E depois reclamam que a saúde vai mal, que o trânsito tá um inferno, que as compras estão ficando muito caras, que não tá sobrando dinheiro pro lazer, que a escola foi interditada, que não tem parques pra criançada brincar e que tem esgoto a céu aberto e buraco na rua.
Mas depois da oportunidade (de voto) perdida, de que adianta reclamar, né?

O terceiro grupo faz parte das pessoas engajadas. Seja pelas boas causas, em prol da sociedade e das minorias, seja pela causa de quem detém o dinheiro, os privilégios e o poder.
O problema é que, deste grupo, os primeiros citados são os mais fracos, pois condenam o preconceito e promovem a igualdade e a justiça para trabalhadores e movimentos sociais, o que nem sempre vai de encontro com as ideias de uma maioria preconceituosa, machista e cristã-conservadora.

Enfim, a lógica é diferente do que a maioria pensa. O impossível de mudar não é a política, mas as pessoas. Se as pessoas mudassem, a política seria diferente. Afinal, foram as pessoas que colocaram Collor, Hitler e Bush no poder. Eles não chegaram lá igual uma vilã de novela conquista a riqueza dando o golpe da barriga!

Por isso, fica aqui o apelo. Vamos lutar pela conscientização! Hoje pode ser que o rumo da política na sua cidade, no Brasil e no mundo não te interesse. Mas no dia que você for prejudicado diretamente, você vai se lembrar deste longo texto aqui.

Daí pode ser tarde demais.


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Tarifa aumenta e qualidade cai: a realidade do transporte público de Joinville

Mais uma vez, na calada do fim do ano (que é mais desabitado que a madrugada em Joinville), a tarifa de ônibus da maior cidade de Santa Catarina vai sofrer reajuste.

Eu poderia, aqui, falar de um monte de coisas que são lugar-comum nos discursos sobre o aumento da tarifa: do direito ao passe livre, que é a consumação do nosso direito de ir e vir; do aumento de gastos que estudantes e trabalhadores terão com mais esse reajuste; que as empresas estão faturando alto e não abrem mão do lucro que têm, mas querem aumentá-lo cada vez mais às custas de uma prestação de serviço que deveria ser público.


Claro que inevitavelmente eu vou entrar nestas questões. Mas os motivos que me levam a este texto, a à minha crítica contra o aumento do preço da passagem de ônibus em Joinville vão muito além disso.

Neste ano eu tive a oportunidade de conhecer o transporte coletivo de algumas cidades brasileiras. E pude constatar realidades diferentes. Estive no Rio de Janeiro, Taubaté e São Paulo. Já conheço os modelos de Salvador, Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis. Nas diferentes situações vi preços e qualidade na pretação do serviço distintas. E Joinville se destaca, principalmente, pela qualidade dos ônibus: eles, em geral (não todos) são bem conservados e pertencem à frotas recentes. O modelo de transporte integrado, em que se pode andar por toda a cidade com apenas uma passagem também é uma vantagem de Joinville. Mas para por aí.
Nós temos corredores de ônibus mal projetados e os motoristas não trafegam neles. Dirigem, na verdade, no meio da faixa que delimita o corredor. Isso por causa dos buracos existentes nas vias.

Os motoristas, aliás, merecem um parágrafo à parte. São o exemplo do mau-humor, da anti-cordialidade e da falta de atenção no volante. Os diretores das empresas de ônibus podem até dizer que eles passam por constantes treinamentos, e eu não duvido. E também não culpo estes profissionais pelo constante mau-humor. São as condições de trabalho que afetam tanto na cordialidade deles: é complicado t
er que dirigir, cumprir horários, ficar responsável por mais de uma linha, cuidar dos equipamentos de bilhetagem que hora ou outra estragam - e eles precisam dar um jeito no problema para poderem seguir viagem -, vender passagens no ônibus, acomodar passageiros cadeirantes e ainda ter paciência de aturar o trânsito caótico e cada vez mais mal planejado de Joinville.
Ou seja, os motoristas fazem o papel de cobrador, de manutenção, de relações públicas, de motorista e de administrador do seu carro. É muita pressão!
Como consequência - e não adianta dizer que não porque quem anda de ônibus somos nós, não o senhor Moacir Bogo, presidente da Gidion - constantemente vemos situações de impaciência com ciclistas que trafegam na margem da pista (só falta o motorista passar por cima deles), desrespeito à sinalização de trânsito (não param na faixa de pedestres e furam o sinal vermelho) e desrespeito com os passageiros (a falta de cordialidade ao esperar pessoas que estão chegando de uma linha e querem acessar outra).
Diante disso, a solução seria a volta dos cobradores. Mas a passagem aumenta e nem ouvimos falar da possibilidade de retorno desta função nos coletivos de Joinville.

É verdade que o problema das lotações é comum no mundo inteiro. Aqui não se reclama da lotação por reclamar. O problema é que se o preço aumenta, o serviço tem que melhorar! Se estamos pagando mais caro, é porque, teoricamente, a quantidade de linhas e a frequência de horários de ônibus iria aumentar. Mas isso não acontece. Pelo contrário: vemos, com frequência, a extinção de algumas linhas, a fusão de outras, a redução nos horários. Além dos atrasos e da falta de sincronia entre uma linha ou outra.


Por exemplo: aqui na região do Costa e Silva onde eu moro passam três linhas de ônibus. As três passam com uma diferença de tempo inferior a três minutos cada um. Isso não dá nem o tempo que eu levo para caminhar de um ponto ao outro, no caso de eu ter perdido o ônibus. Numa visão otimista, a minha próxima oportunidade viria 30 minutos depois. Isso se não houver atrasos.

E as câmeras instaladas nos ônibus?

Alguém disse que elas servem para garantir a segurança dos passageiros. Mentira! Pude perceber que elas estão estrategicamente posicionadas para zelar pelos interesses das empresas de transporte coletivo: uma à frente do volante do motorista, focando a rua. Em caso de acidentes, pode ser usada como prova a favor da empresa ou para ferrar com o motorista. Outra é posicionada em direção à catraca, para fiscalizar se o motorista está atento às pessoas que passam em dois na roleta, às crianças grandes que passam por baixo, ou a qualquer tipo de sujeito que tente dar uma de esperto e passar sem pagar. Obviamente que Transtusa e Gidion não podem fazer nada contra o passageiro. Mas contra o motorista podem!
Daí tem mais duas. E adivinha para onde elas estão direcionadas? Sim, para as portas de saída. A intenção, novamente, é apenas zelar pelos interesses das empresas, e evitar que pessoas entrem pela porta traseira, sem pagar.

Aí alguém vai dizer. "Ah! Mas isso ajuda também na segurança. A inibir os ladrões e bandidos!". Se fosse assim, não haveria assalto à banco. E tem mais: se fosse pra garantir a segurança de alguém - que não a das empresas - as câmeras estariam dispostas de outra forma.
Ou seja. O nosso dinheiro da passagem não está sendo investido para nossa segurança. Mas para alimentar a ambição dos empresários. E a qualidade no serviço que se dane!

Teria muitas outras coisas a falar. Milhões de razões pelas quais a tarifa não deveria aumentar. Mas encerro listando a mais grave de todas: as empresas de transporte coletivo de Joinville não estão preparadas para enfrentar situações fora da rotina.

Passei por isso há poucos dias, na última grande chuva que ocorreu na cidade. Com o alagamento das ruas que dão acesso ao Centro, os terminais ficaram fechados e as linhas de ônibus permaneceram paradas. Observei os fiscais trabalhando para conseguir, o quanto antes, liberar os ônibus para cumprirem suas rotas. Mas não havia ninguém para dar informação. Se fôssemos perguntar, tínhamos respostas óbvias: "o terminal do Centro está alagado!". Isso eu já sabia! Eu queria saber como vou pra casa!
Daí aconteceu que eu fiquei exatamente duas horas parado no terminal Sul. E eu moro na zona Norte. Ninguém pensou em uma linha alternativa, que pudesse passar por ruas não alagadas e levar as pessoas para suas casas. Nestas horas, por mais anti-social e anti-ecológico que seja, o nosso pensamento é de que seria muito melhor se eu estivesse sozinho no meu carro. Eu pegaria um atalho tentando desviar da cheia e chegaria em casa. Um tanto mais tarde do que o comum, mas, pelo menos, não ficaria parado sem informação.

Então não adianta a prefeitura fazer planos para que as pessoas substituam o seu meio de transporte se o ônibus não funciona e a tarifa é cara.

Também não adianta dizer que está preparando uma licitação e tudo vai melhorar em 2013 ou 2014. Ou o serviço melhora, ou a passagem não aumenta.
É muito fácil para as empresas simplesmente pedirem aumento. Em qualquer outro segmento, para não perder o cliente, as coisas teriam de ser resolvidas com criatividade.

Porque eu tô relacionando criatividade com Transtusa e Gidion? Diante do exposto, ficou claro que isso é uma coisa que eles não têm.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ainda o imbróglio da Busscar

O Andarilho já andou falando neste assunto há muito tempo. Faz mais de um ano que este post apareceu por aqui, e ainda figura entre os mais lidos deste canal. Por mais que seja um problema exclusivamente joinvilense, o fato de o assunto ser bem acessado por aqui prova que há interesse.

Diante disso, me senti na obrigação de falar novamente, já que, de lá pra cá, muitas reviravoltas aconteceram.

A situação da Busscar, atualmente, é delicada. Pouco menos de mil funcionários estão trabalhando na fábrica que antes comportava mais de seis mil empregos. Ainda assim, quem trabalha lá está recebendo por demanda. Ou seja, vão trabalhar e recebem seus salários quando tem serviço, afinal, a fabricação de carrocerias de ônibus segue a passos de formiga. A empresa continua devendo para muitos bancos e fornecedores e, por isso, não tem mais crédito. Quem saiu da empresa ainda não recebeu salários, nem o Fundo de Garantia dos meses que não foram depositados; e outros tiveram que colocar o caso na justiça para receber a remuneração referente ao desligamento.

Em suma: há produção, quem está trabalhando está sendo pago e quem está fornecendo, também. Claudio Nielson, presidente da empresa, sem nenhuma sombra de dúvidas, sabe que por mais que ele tenha recursos para continuar se mantendo por um certo tempo, o dinheiro acaba, e ele, tão facilmente, não terá outra fonte de renda igual ao grupo Busscar. Obviamente que, neste momento, essa fonte de renda não está gerando muitos lucros. Até porque as contas bancárias dos administradores da empresa e da própria empresa continuam bloqueadas.

Mas ele está ganhando algo, sim. E pretende ganhar mais, quando a fábrica voltar a funcionar a pleno vapor. Sem dúvida alguma isso seria muito bom para os joinvilenses, porque proporcionaria geração de empregos e ajudaria até com o preço das tarifas do transporte coletivo, já que o ônibus fabricado aqui continuaria circulando aqui.
Porém, antes que a fábrica chegue a este ponto, milhares de funcionários e ex-funcionários continuam sem receber muitos direitos: salários atrasados, meses de FGTS não depositados, 13º salários que não foram pagos, além dos valores referentes à saída de muitos destes. Além dos funcionários, tem os bancos e fornecedores. Estes últimos, na maioria microempresas, também passaram por duras penas por conta da falta de pagamento da gigante de carrocerias.
Um terreno em Florianópolis, que servia de garagem para os ônibus fabricados pela Busscar, já foi leiloado, mas não chegou nenhum dinheiro aos ex-funcionários. Provavelmente serviu para pagar antigos credores. Outro leilão, marcado para breve, que serviria para vender todos os bens do grupo e pagar os passivos trabalhistas, foi anulado na tarde de terça-feira (01/11), e a empresa vai voltar a funcionar em regime de recuperação fiscal.
Segundo o colunista Luiz Veríssimo, do jornal Notícias do Dia, de Joinville, se o leilão fosse efetivado para saldar os dividendos trabalhistas, restaria pouco para os demais credores, e eles não teriam mais de quem cobrar a dívida.
Resta-nos, neste momento, torcer para que os funcionários e ex-funcionários não sejam, mais uma vez, prejudicados com a decisão. Por mais que seja bom para quem continua trabalhando lá e para a sociedade joinvilense, as decisões tomadas até agora pela justiça vêm beneficiando unicamente os empresários da Busscar, que pouco ou nada fizeram até agora para cumprir com suas obrigações enquanto empregadores. Milhares de famílias penaram para sobreviver por meses pelo fato de a empresa não agir com responsabilidade. E, até agora, os responsáveis por essa situação de desespero e descaso financeiro com tanta gente que sofreu ao ver suas contas vencendo e sua casa sem comida, ainda não foram punidos. Continuam sem saber o que é passar dificuldade.

quinta-feira, 24 de março de 2011

A Joinville que eu queria: Turismo

Voltando à série "A Joinville que eu queria", hoje vamos falar do potencial turístico que a cidade tem, mas não é explorado. E aqui entra uma das questões mais emblemáticas desse município. Porque o turismo não é explorado? A desculpa é porque trata-se de uma cidade industrial, única e principal fonte de renda joinvilense, além de concentrar a maioria dos empregos da cidade.
Ou seja: em Joinville as pessoas só devem trabalhar. Ninguém pode se divertir.

O turismo realizado aqui é o recém-criado (e ridículo, diga-se de passagem) "turismo de negócios". Simplificando: empresários vêm a Joinville buscar mais dinheiro, aumentar o lucro e engordar os cofres dos barões da cidade. Se não engorda os cofres destes, não é interessante, não precisa de turismo.



Enfim... deixando as críticas de lado, vamos observar como Joinville tem vocação turística de sobra. Só falta VONTADE DE FAZER.

ESPAÇOS TURÍSTICOS
Joinville não é uma cidade feia. Ela é mal conservada, apenas. Basta pousar no aeroporto Lauro Carneiro de Loyola pra se ter a dimensão da beleza de uma cidade existente entre a serra e o mar. A volta que o avião faz sob as águas das praias de São Francisco do Sul nos colocam, ao horizonte, a cadeia de montanhas que forma a serra que cerca Joinville.
Essas belezas naturais precisam ser melhor aproveitadas!

O passeio do Barco Príncipe é uma grande iniciativa, mas é preciso fazer um cais digno. Com restaurantes, bancas com venda de lembrancinhas e cartões postais, áreas de socialização e um acesso facilitado. É preciso haver boa sinalização, ruas adequadas e linhas de ônibus - até especiais, se for o caso - que levem até o local. É preciso divulgação. Uma parceria com São Francisco do Sul é mais que inteligente, visto que lá estão muitas belezas seculares de uma das cidades mais antigas do País. Joinville deveria aproveitar melhor essa proximidade.

Os parques de Joinville precisam ser concluídos. Cinco estão projetados. Três estão em construção, mas a morosidade das obras incomoda. É preciso concluir todos os parques e não esquecer de facilitar o acesso a eles. Além, é claro, e mais uma vez eu coloco, a necessidade de sinalização adequada para que as pessoas tenham facilidade de acesso.
E conservação. É primordial. Não é o que vemos, por exemplo, nas praças de Joinville.

No Parque do Morro do Boa Vista, que está em construção, já existem ideias fantásticas que vão torná-lo um dos parques mais interessantes da cidade. Mas aquela ideia antiga de um teleférico ligando o Zoobotânico ao Mirante deveria ser colocada em prática.

A Rota dos Museus deveria ser bem esquematizada, sinalizando os museus com padronização e colocando placas turísticas nas ruas que interligam um museu ao outro; pra realmente termos a impressão de que existe uma "rota de museus". Do jeito que está, parece tudo muito perdido.

A Via Gastronômica está se tornando, cada vez mais, uma bela opção turística na cidade. Fiquei sabendo hoje que está sendo encaminhado o edital de licitação para o projeto paisagístico da Via. Bela iniciativa! Tomara que não seja mais uma proposta que vai levar anos para a concretização.

Um ônibus turístico deveria existir em Joinville. Ele deveria passar pelos museus (Museu de Arte; da Imigração, que fica na Rua das Palmeiras; Sambaqui; Fritz Alt), nos Parques (os que estão sendo construídos, especialmente o do Morro do Boa Vista, com ida ao Mirante e ao Zoobotânico), Barco Príncipe, Pórtico e Moinho, Centreventos e o Turismo Rural, cujo acesso é horrível pra quem não está de carro. E pra quem está de carro a sinalização é péssima.

O fim da viagem deveria ser no Mirante da Serra Dona Francisca. Lá deveria ser construído um monumento que simbolizasse Joinville.

Os rios de Joinville (Piraí e Quiriri), onde as pessoas costumam se banhar no verão, deveriam ter acessos melhorados, e a Prefeitura deveria investir em uma estrutura para que as pessoas possam se banhar num local com boas opções de estadia e alimentação; além da segurança (não existem salva-vidas) e o acesso. Também deveriam entrar na rota do ônibus turístico pela beleza dos locais.

A Rua das Palmeiras precisa ser revitalizada como ponto turístico. A rua do Príncipe deveria ter sua fiação elétrica aterrada e as calçadas aumentadas para facilitar a caminhada de pedestres que vão visitar esse cartão postal joinvilense. O projeto de revitalização da Rua das Palmeiras já existe. Mas é preciso fazer ainda mais coisas.

Creio que seja necessário fazer um Parque na Expoville. Aquele local é grande, bonito, mas abandonado. Ele deveria ser integrado ao pórtico, pois quem vai lá tirar foto, precisa se arriscar numa travessia pela movimentada XV de Novembro. Isso põe em risco a segurança das pessoas. O Moinho deveria voltar a funcionar, com um café no local. Projetos para isso já existem.

INFRAESTRUTURA TURÍSTICA
Tudo o que já falei a respeito da infraestrutura da cidade volta a ser colocado aqui. Não é possível receber turistas se nosso transporte coletivo não funciona, se não comporta receber uma grande quantidade de pessoas ou se as vias são ruins e mal sinalizadas. Se o trânsito não deixa as coisas fluir. Enfim. É preciso melhorias, também, na infraestrutura.

Mas faltou falar do aeroporto e da rodoviária.

O Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola tem recebido bastante atenção. Já foi assinado um termo entre a Prefeitura e a Infraero para as ampliações. O ILS, equipamento que vai facilitar pousos e decolagens em condições adversas de clima, também está encaminhado. A pista será ampliada e os rios nas cabeceiras das pistas terão seu curso alterado. As vias de acesso ao aeroporto, neste projeto já existente, serão melhoradas. Mas a avenida Santos Dumont precisa ser duplicada. É uma porta de entrada para a cidade que hoje nos envergonha.
Mas se tudo isso já está projetado, o que falta?

Bom... em Joinville é INDISPENSÁVEL aquele "tubo" (que não sei o nome) para dar acesso do terminal de embarque à aeronave. Simplesmente porque aqui chove demais. E é extremamente desconfortável desembarcar na pista com chuva. Aqui em Joinville é questão de necessidade. Prefeitura e Infraero deveriam pensar melhor nisso.

E a rodoviária?
Ela já recebeu reformas recentes mas continua, em alguns lugares, com cara de "improviso".
Os portões principais de embarque de passageiros são legais. Mas aqueles que ficam em frente às bilheterias das companhias de ônibus são horríveis! Não existe plataforma, não há aquela cerca divisória e não há cobertura para os ônibus que chegam.
O terminal de taxistas é horrível. Improvisado. Precisaria ser melhor organizado.
E as vias ao entorno do terminal rodoviário precisam ser asfaltadas.

O ponto de embarque de ônibus municipal deveria ser melhor construído, de modo que os carros não parassem ali para desembarcar as pessoas. Deveria ser feito um canteiro separando a rua do ponto de ônibus.

TURISMO DE EVENTOS
Aqui está o forte de Joinville. Temos o Festival de Dança, que melhora a cada ano e já foi citado no post sobre cultura, a Festa das Flores, que é linda pra quem interessa e os eventos de "turismo de negócio". Eu não gosto de turismo de negócio na medida que só esse tipo de evento é feito. Mas quando ele é mais um entre os outros, é válido, até pela vocação industrial de Joinville.

Até aqui tá tudo bem, tudo organizado, bem feito.

Mas eu acredito que seja possível resgatar nossa Fenachopp. A "Oktoberfest Joinvilense". Isso é bom para a cidade e atrai pessoas para cá, visto que Joinville tem um bonito histórico na arte da cerveja.
Diz a lenda que a melhor cerveja Antarctica dos anos 80/90 era feita em Joinville, além de ter existido aqui a primeira cervejaria do País. A Bohemia divulga como sendo a mais antiga pois é a mais antiga existente, e a cervejaria joinvilense já não é mais realidade.
Por fatores culturais e históricos, a Fenachopp deveria ressurgir. Há interesse por parte de algumas pessoas nisso. Mas seria necessário mais esforço para que a festa realmente pudesse voltar a acontecer.
FALTOU DIZER
Aquela proposta do Metrô e a ligação de Joinville pelo Rio Cachoeira a São Francisco do Sul facilitaria o acesso dos turistas às praias da região. Assim, os turistas não precisariam estar em São Francisco pra ir às praias. Ficam aqui, com todas essas opções turísticas.
Além, é claro, do investimento na cultura, do incentivo para a realização de eventos a nível nacional (como shows) e espaços privados para esses tipos de evento (como o Citibank Hall, em São Paulo).

Joinville tem poder. É só querer.


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segunda-feira, 14 de março de 2011

A Joinville que eu queria: infraestrutura

AS VIAS JOINVILENSES

Joinville tem a maior frota de veículos automotores per capita do Brasil. Ainda assim, a única via na cidade condizente com essa expressiva quantidade de veículos e com o tamanho da cidade é a BR-101 que, é bom lembrar, não está lá a serviço do município, e sim, do Brasil, como ligação entre as cidades do litoral.
Dentro da cidade o trânsito é sofrível. As ruas são escoras: tem lugar pra encostar o carro em todo canto em ruas que já são estreitas por natureza. Pra piorar, a solução mais inteligente para organizar o trânsito que é encontrada pelos órgãos municipais continua sendo o semáforo. Colocado em cada esquina, ele torna o trânsito joinvilense ainda mais trancado e impossível.

Não é difícil, no entanto, encontrar soluções para estes problemas. Precisa somente de vontade política e dinheiro. Além do apoio do empresariado forte da cidade, que deveria trabalhar mais em prol da sociedade e menos em vista dos seus umbigos.
Algumas dessas soluções já estão sendo encaminhadas: a abertura da Almirante Jaceguay, entre o Costa e Silva e o Vila Nova, sendo uma rota alternativa à congestionada XV de Novembro. Esta, aliás, precisa ser duplicada, mas há um projeto de binário que está sendo encaminhado. Também é válido. Assim, o acesso ao Vila Nova vai ficar bem mais digno, rápido e seguro.
É preciso eliminar o estacionamento rotativo de vias que recebem grande fluxo de veículos, como a avenida Getúlio Vargas, a Rua do Príncipe, a Abdon Batista e a Princesa Isabel. Isso daria pelo menos mais duas pistas de rolagem e desafogaria o trânsito, além de evitar aquelas paradas para gente que tenta estacionar por ali. É preciso, no entando, a construção de pelo menos dois estacionamentos municipais, administrados pelo Cartão Joinville - mesma empresa que cuida do estacionamento rotativo - para suprir a necessidade de vagas.
E, claro, os elevados. Já passou da hora de Joinville contar com viadutos. É preciso com urgência um na rua Florianópolis, no Itaum, naquele cruzamento do Terminal do Itaum com o PA 24 horas Sul, um na Beira-Rio próximo à ponte azul da prefeitura e um no cruzamento da Marquês de Olinda com a XV de Novembro, no Glória. A João Colin precisa de uma solução urgente, mas, infelizmente, não cabe um elevado ali.

O TRANSPORTE COLETIVO

Joinville tem um transporte coletivo caro, ineficiente e sem alternativas. É preciso reconhecer que o modelo de integração, onde é possível rodar a cidade com apenas uma passagem, é bom; e que a nossa frota de ônibus tem boa qualidade. Mas isso não basta.
Não dá de ficarmos reféns de péssimos horários de ônibus, e programar a nossa vida em função deles. Não dá de ir trabalhar com tranquilidade, não dá de planejar um horário para chegar em casa e muito menos ir ao cinema com tranquilidade. É preciso mais horários, mais linhas e um valor menor.
Se tem gente que trabalha, término de sessão de cinema e bares que fecham depois da meia-noite, por quê o último ônibus é 0h15 do Centro? Isso tá errado! É preciso ampliar os horários com maiores frequências de viagens.
Estudantes e trabalhadores a caminho do serviço (pra pensar de modo realista) têm o direito de pagar meia passagem. É preciso ter cobradores nos ônibus. E aquela ideia da passagem a R$ 1 aos domingos e feriados é ótima!

Além do ônibus é preciso já pensar numa possibilidade de metrô de superfície. Mas aqui é preciso a união dos municípios vizinhos e recursos estaduais e federais.
Por que metrô?
1 - A quantidade de joinvilenses que trabalham em São Francisco do Sul e Araquari, e vice-versa.
2 - A UFSC e a fábrica da GM que estão a caminho no extremo Sul da cidade.
3 - É preciso pensar que Joinville está crescendo, e vai crescer mais, e continuar só com ônibus não dá. Não terá como suportar.
A ideia é que o metrô saia do aeroporto, passando pela Univille, margeie a Dona Francisca para atender as fábricas da região, passe pelo Terminal Norte até o Centro. Depois vá para a Rodoviária, passando pela Via Gastronômica, e de lá siga o trajeto contornando a BR-101 até a UFSC e a GM. Seguindo em frente, é interessante passar por Araquari e terminar a linha na praia da Enseada em São Francisco do Sul. Com isso, o metrô atenderia os estudantes de quase todas as grandes faculdades e universidades da cidade, passaria pelas proximidades dos terminais de ônibus para fazer a integração, atenderia os trabalhadores das indústrias das zonas norte e sul e serviria de atrativo turístico para quem viaja às praias de São Chico nas férias (evitando o trânsito da BR-280), ou vai dar uma passada na Via Gastronômica com os amigos.
Além, é claro, de ser um serviço pra quem usa o deslocado aeroporto (que sofre com os horários da linha de ônibus que o atende) e a rodoviária.

A ligação pelo Rio Cachoeira com São Francisco do Sul precisa de uma solução urgente! É uma ótima alternativa para diminuir o trânsito na BR-280 e serve como potencial turístico, inclusive. É preciso investimento para que as pessoas troquem a rodoviária pelo transporte aquático.
Mas é preciso desassorear o Rio Cachoeira, melhorar o cais perto do Mercado Municipal e dar condições para navegação. Isso é básico.

ENCHENTES

As soluções para as enchentes em Joinville estão longe de ser definitivas porque isso é natural de uma cidade que é parcialmente aterrada, é mangue e está no nível do mar. Mas não dá de usar isso como desculpa para não fazer nada.
Os piscinões para escoamento de água - existentes em São Paulo, por exemplo - são uma ótima alternativa. E, ao que parece, os recursos já foram liberados para a construção.
A modernização na rede pluvial e de esgoto também estão sendo feitas, e são importantes. Além da limpeza das bocas de lobo. Constantes. Não como são feitas hoje, somente no pós-enchente.



É preciso desassorear os córregos e retirar, aos poucos, as famílias que moram às margens dessas vias aquáticas.
Mas uma solução que, não sei por qual motivo, não ganha importância na cidade são as LIXEIRAS. A desculpa da Ambiental, antiga Engepasa, que cuida da coleta de lixo da cidade, é que não tem ninguém para "cuidar" dessas lixeiras das ruas. A prefeitura também não quer se responsabilizar. Mas que diabo!
É preciso lixeiras. Aos montes! A cada cinco metros. Muitas lixeiras. Lixo na rua é porquice e sinônimo de enchentes. E acima das lixeiras, cinzeiros. Os fumantes vão respeitar? Talvez - quase com certeza - que NÃO. São quase todos uma cambada de porcos. Mas aos educados haverá onde depositar sua chepa de cigarro.

As melhorias para a rodoviária e o aeroporto vou deixar para o post de turismo. Este já ficou grande demais. Até o próximo!



CRÉDITO DAS FOTOS:
Trânsito na João Colin: Fabrizio Motta - jornal A Notícia
Terminal de ônibus: Salmo Duarte - jornal A Notícia
Enchente em Joinville: Orides Tomkiel Zmovirzynski - blog Falando Dormindo

sexta-feira, 11 de março de 2011

A Joinville que eu queria


Joinville fez aniversário esta semana e, como bom joinvilense, preciso escrever sobre. Sei que muitos (muitos não, né?, porque quase ninguém lê isso aqui), mas... bem... continuando: alguns dos que me leem não são de Joinville; mas eu gosto e preciso falar daqui, afinal, é o lugar onde moro e onde vou morar até um futuro próximo (e breve, espero). Até quarta-feira que vem (espero), que é quando se completa uma semana do aniversário da cidade, postarei melhorias simples, mas que deixariam Joinville mais bonita, humana, agradável, próspera e feliz.
As propostas são:

* Infraestrutura: transporte aquático para São Francisco pelo Cachoeira, metrô de superfície, readequação do modelo de transporte coletivo, elevados e alargamento de ruas, melhorias no aeroporto e na rodoviária e projetos de prevenção às enchentes.

* Saúde: Conclusão do Hospital São José, efetivação das policlínicas, valorização dos médicos, mais Pronto Atendimentos 24horas, melhorias nos postos de saúde, saúde preventiva e hospital na zona Sul.

* Cultura: melhorias no Complexo Cultural Antarctica e na Estação Ferroviária, o Teatro Municipal, estruturação da rota dos museus, adequação do Centreventos para seu verdadeiro fim e da Biblioteca Pública.

* Turismo e lazer: efetivação dos parques de Joinville, fortalecimento do Barco Príncipe, aproveitamento da proximidade com São Francisco do Sul.


Nos próximos posts eu vou esmiuçar o que penso sobre cada um desses tópicos, que são os pontos que mais me incomodam em Joinville. Não, não estou me candidatando a prefeito de Joinville. São apenas coisas que sempre penso e pensei, mas nunca expus. Essa é a chance de mostrar que, apesar de querer sair daqui por N motivos, tenho carinho por esta cidade e quero lhe ver bem.