domingo, 18 de maio de 2008

O Silmarillion


Que moral que eu tenho para me achar no direito de vir até aqui, publicamente, falar de uma gigantesca obra de gênio? Criticar algo dessa magnitude? Exagero? Não! Definitivamente. O Silmarillion, de J.R.R. Tolkien, autor famoso por O Senhor dos Anéis, se consagra como mentor de uma gigantesca mitologia a partir, principalmente, desse livro.

O Silmarillion não é um romance com uma história corrente com o típico formato de começo, meio e fim. Na verdade, ele faz um relato dos principais fatos ocorridos no mundo criado por Tolkien - Arda, a Terra. No livro, ele relata com uma linguagem que lembra muito a Bíblia (não as histórias, mas sim a gramática usada por ele) os acontecimentos desde a origem do mundo até a parte final denominada Dos Anéis do Poder à Terceira Era, onde faz-se uma ponte para esclarecer como que o desfechos de todos os fatos dos Dias Antigos da Terra-média (continente imaginário também criado por Tolkien) se encaixam nos relatos de O Senhor dos Anéis, seu livro de maior sucesso.

Ele está longe de ser um romance aprisionador, mas não deixa de nos prender página após página. Se não pelo romance, mas pela quantidade e qualidade dos fatos, lugares, povos e línguas relatadas, criadas, contadas e detalhadas. Tolkien cria sozinho - ele e sua imaginação, línguas e povos e dá características próprias à criaturas que já existiam em outras mitologias, mas não como ele as descreve: é o caso dos elfos, orcs e anões.

A magnitude da obra está justamente em seus detalhes. Se para criar a mitologia grega foi necessário dezenas de anos, contos passados de geração a geração para irem se fortalecendo e aprimorando, Tolkien fez tudo isso sozinho; criou a sua mitologia sem ajuda de ninguém e, apesar das várias lacunas que são brechas para discussões dos fãs até hoje, em O Silmarillion conseguimos visualizar bem de perto um pouco da dedicação que o autor teve em toda a sua vida com o seu mundo. Afinal, o livro foi lançado quatro anos após a morte de Tolkien e organizado por seu filho, Cristopher Tolkien, responsável até hoje pela publicação (ou não. Cristopher restringe muito e se recusa a publicar todo o material deixado pelo pai) das obras do professor.


Para quem gosta de uma leitura fácil, não é um livro muito recomendável. Os lugares, seres e personagens das histórias ganham novos nomes a cada povo e tempo em que vivem. Assim, se houver uma leitura sem muita atenção, o leitor pode se perder nos nomes dados na obra. Além disso, é necessário ter uma capacidade de imaginação muito grande para conseguir viajar nos lugares estritamente detalhados por Tolkien e se pôr nas cidades e fortalezas diversas presentes na obra.

Enfim, com boa imaginação e muita atenção, a leitura de O Simarillion pode trazer muito mais lógica aos relatos de O Senhor dos Anéis e fazer com que muita gente se encante com as obras da Terra-média sem fazer muito esforço... o máximo é ler e aproveitar!

6 comentários:

Anônimo disse...

Interessante teu blog! =)

Anônimo disse...

Sim as poesias são todas minhas!Fico feliz por sua visita ao La vie en rose!Obrigada!Gostei bastante do seu blog também! =)

Breno C. disse...

Tenho nem o que dizer. O silma é minha obra favorita...

♥MáH♥ disse...

Blog de roupa novaaa
eeee... rsrsrs

Não conheço o livro =/

Leo disse...

O Silmarillion! Um dos melhores livros que eu já li! Exige muita atenção... Atenção que não dediquei a ele quando li. Pretendo lê-lo novamente quando essa loucura de vestibular passar, e dessa vez prestarei atenção em cada detalhe, cada nome, tudo. Ótimo post. Ótimo livro.

Alessandra Castro disse...

Aff tou super em divida nessa leitura. Há quase um ano que prometo ler as obras de Tolkien e sempre me perco em outras que aparecem antes. Até o fim deste ano eu começo essa fantastica viagem. ;)