segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

O meu balanço de 2017


O mundo todo já está com o primeiro pé em 2018. Li muito por aí que a virada de ano é um período que não significa nada porque o tempo e a marcação de dias, meses e anos é apenas uma convenção humana. Assim, o passar das horas não tem poder de mudar nada o rumo das coisas. Eu não penso dessa maneira.

É verdade que, para muitos, existe uma questão mística envolvendo o início de um novo ano. Algo a ver com ciclos ou coisa do tipo. Mas para além disso eu acredito que novos anos tragam possibilidades simplesmente porque eles são usados para marcar situações importantes na vida. Vou dar exemplos para me fazer ser melhor compreendido.

Um ano novo pode significar o ano do fim de um ciclo de estudos (formatura). Ou mesmo o início de um período letivo. Até mesmo o retorno ou retomada dos estudos. Os anos demarcam a duração de governos, que impactam diretamente na nossa vida (este 2018, aliás, será muito importante para o Brasil). É com o passar dos anos que a poupança acumula juros e que os anos acumulam os prazos para aposentadoria (outro assunto importante neste novo ano). Com o passar dos anos acumulamos experiências profissionais e de vida. Enfim, por mais que não exista uma crença na mística dos novos ciclos, um novo ano impacta diretamente na nossa vida. E se não fosse por tudo isso, pelo menos pela repetição de datas que inevitavelmente passamos: novas eleições, novas datas comemorativas, novas estações do ano.

Disse tudo isso apenas para defender a validade das expectativas que acumulamos frente à entrada de um novo ano e os costumeiros balanços que fazemos do período que passou. Eu, que desde sempre amo fazer esse tipo de trabalho, estou aqui para, de alguma forma, tornar público o meu balanço pessoal de 2017, com vistas às expectativas para 2018.

Se você estiver com paciência, convido para seguir comigo!

Uma ilha de positividade em um ano desafiador

 

Praia central de Balneário Camboriú

O ano começou de forma divertida e improvisada. Passei a virada acampado em um estacionamento de motor-home no Centro de Balneário Camboriú (SC) sem estrutura alguma para camping. Para vocês terem uma ideia, a porta do banheiro não fechava e, para conseguirmos entrar e sair, precisávamos andar de lado, de tão apertado que estava o espaço. A barraca espremia-se entre os motor-home posicionados estrategicamente um ao lado do outro para que coubessem naquele terreno minúsculo. Ironicamente, esta situação viria a ser uma boa ilustração do ano que estava começando.
Isso porque, apesar das condições precárias, a experiência foi divertida. Não precisei me incomodar com o trânsito porque conseguia fazer tudo a pé, o que me permitiu curtir a praia sem preocupação com a trovoada de fim de tarde e sair à noite sem ter problemas na hora de voltar.

Assim foi meu 2017: as coisas ao meu redor estavam ruindo. O país em crise, desemprego e desaceleração econômica impuseram uma série de aflições e retrocessos sociais (como a reforma trabalhista), as notícias de corrupção, por vezes, chegavam a nos fazer desanimar de trabalhar para construir um país melhor e, inevitavelmente, todos esses fatos acabam por refletir no nosso dia a dia. Guerras, violência e notícias tristes mundo afora me causaram repulsa dos noticiários.
Como de quase todo mundo, minhas finanças estiveram em frangalhos, impondo mais um ano de estagnação financeira, poucas conquistas materiais e muitas dificuldades.

Felizmente, alguns outros acontecimentos favoreceram para que todas essas rés ficassem pequenas diante das coisas positivas. E posso assegurar para vocês que a maior e mais importante conquista de 2017, sem dúvida alguma, foi o financiamento do meu livro, Em Busca do Reinado, que consegui via Catarse. Essa conquista permitiu que eu já tivesse assegurado o primeiro fato positivo de 2018: o lançamento desse trabalho.

Em Busca do Reinado representa um sonho de criança, um projeto que eu venho desenvolvendo há
uma década e que ainda estou trabalhando, porque o lançamento será apenas da primeira parte da história, forçosamente dividida em duas por conta dos custos de produção. Além disso, a campanha para financiamento me permitiu conhecer autores independentes, retomar o contato com meus professores e colegas do ensino fundamental, com pessoas distantes da família e, sobretudo, me sentir amado e especial. Nesse caminho, pude verificar quantas pessoas torcem por mim e acreditam no que faço.

Além dessa inesquecível conquista, tive a felicidade de ser aprovado no vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para cursar licenciatura em Letras e reajustar minha carreira para um rumo que eu entendo como necessário: eu quero ser mais útil, efetivamente, para a construção de uma sociedade melhor e creio que a educação seja o caminho mais adequado para isso. Infelizmente, o jornalismo tem ruído diante da realidade da sociedade (assunto para um novo post do blog, inclusive) e não vejo como, nele, vou conseguir contribuir para um país melhor.

Por conta de algumas felicidades inesperadas, pude fazer algumas reformas urgentes no meu apartamento (não era questão de luxo, mas de necessidade). E por falar em apartamento, pude escriturá-lo. Ainda faltam algumas etapas, mas o principal já foi feito!

E minha felicidade foi mais completa porque pessoas próximas a mim tiveram conquistas importantes: minha irmã começou a faculdade, minha mãe conseguiu se aposentar e o meu namorido, enfim, terminou a faculdade de educação física. Aliás, ele teve um ano incrível de experiências profissionais revigorantes que o permitiram ter ainda mais certeza do caminho profissional que ele escolheu, da educação — o que acabou afirmando para mim mesmo que este é o caminho que quero.

Sem nenhuma ocorrência grave na saúde, com todas as pessoas queridas por mim bem, 2017 entra para a minha história como um ano bem especial, por pior que estivesse o país, o pensamento da sociedade e a situação dos nossos direitos. E ainda que não tenha havido estabilidade financeira, qualquer viagem inesquecível ou coisa do tipo, pude acumular conquistas que me fizeram esquecer os fantasmas que me rodeavam, da mesma forma que as atividades em Balneário Camboriú fizeram menor a falta de estrutura do local em que pousei na virada do ano passado.

E você, já fez o seu balanço de 2017? O ano foi mais positivo ou mais negativo para os seus projetos? Conte nos comentários e vamos dividir experiências!

Independentemente de como tenha sido, faço votos de que em 2018 tenhamos conquistas mais positivas e muitas coisas melhores no lado bom da balança. Temos 365 dias de novas oportunidades. Que elas venham e que sejam maravilhosas!

2 comentários:

Aline Lima disse...

Oi, Ju! Que notícia boa começar o ano vendo que você já começou a executar o compromisso que fizemos com nossos blogs! Eu ainda tenho que trabalhar no meu, mas um projeto bem legal para ele está quase finalizado. E ele, inclusive, já pode ser uma das primeiras conquistas deste ano. 2017 foi, para mim, um ano de muita reflexão e análise. Refleti sobre minha vida, comparei com o que esperava dela e, assim, pude ajustar melhor os próximos passos, que devo dar neste ano. Isso me animou bastante. Por isso, acredito sim que a virada dos anos é o início de um novo ciclo. Feliz ano novo para ti e que 2018 venha com muitas realizações. Beijinhos!

Juliano Reinert disse...

Oi, Aline! Obrigado pelo seu comentário.
Olha, para mim também a retomada do blog é um indício de um 2018 cheio de conquistas. Assim como você, também tenho refletido muito e estou muito animado para arregaçar as mangas e fazer acontecer neste ano. Ando com o pensamento de que é possível fazermos dias melhores ao tomarmos nós mesmos as rédeas das situações, de modo a manter um pensamento mais positivo. Quando algo não sai como esperamos, sempre há um caminho diferente para, em outro aspecto, buscar realização e felicidade. É nisso que acredito.
Torço pelo seu sucesso e também do Pergaminho e estou confiante de que conseguiremos levar adiante a meta que traçamos no ano passado para nossos canais. Inclusive por isso (não sei se você viu) linkei o teu blog ali do lado.
Acho que faremos um grande 2018.
Sucesso!