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quarta-feira, 7 de março de 2012

"A Dama de Ferro" no Set

Nem sempre maus filmes são de todo ruins. Este aqui, por exemplo, tem coisas excelentemente boas: a atuação de Meryl Streep (como sempre) é impecável e a maquiagem foi eficientemente realizada com sucesso. Pena que este filme, que tinha tudo para ser um marcante projeto do cinema atual, tenha se estabelecido como um embaraçoso longa que não consegue se manter nem como biografia, nem como ficção, apesar dos dois - merecidos - Oscar. A crítica completa, lá no Set. Espero você!


sábado, 3 de março de 2012

"A Mulher de Preto" no Set

Daniel Radcliffe atua em seu primeiro filme após o fim da saga "Harry Potter". Apesar de esforçado, o roteiro não colabora para desvencilhar o ator do personagem que o tornou conhecido mundialmente. Acompanhe a crítica completa lá no Set Sétima.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

E o Oscar foi para...

Ontem foi a cerimônia do Oscar e, como eu previa, eu sou melhor torcedor do que palpiteiro. Se eu tivesse seguido meu coração, teria acertado mais, como vocês verão.
No final das contas, creio que foi uma premiação bem justa e a que mais se aproximou daquilo que eu considerava coerente.
A seguir, a lista dos ganhadores (somente das categorias que eu tinha palpitado) e, por fim, meu comentário sobre a esdúxula cobertura da Globo para a cerimônia.

Melhor figurino: "O Artista". Este eu acertei e não tinha nenhum como meu favorito declarado. Além de recriar uma indumentária de época, se não fosse bem feito, ele não ganharia nenhum destaque numa película preto-e-branco. Da mesma forma, um trabalho mal feito estragaria totalmente o filme, destoando a ideia de "época" se, porventura, as roupas estivessem mal desenhadas.

Melhor fotografia: "A Invenção de Hugo Cabret". Este eu errei. Apostei em "Cavalo de Guerra" por achar que Spielberg não sairia dessa sem um Oscar para algum dos seus dois filmes concorrentes. Além disso, Spielberg é hábil em dirigir filmes de guerra e coordenar uma bela fotografia para contar a sua história. Fico feliz que "Hugo" tenha ganhado, porém. Minha torcida estava concentrada no filme de Scorsese.

Melhor direção de arte: "A Invenção de Hugo Cabret". Aqui também errei e, mais uma vez, se tivesse palpitado de acordo com o que eu estava torcendo, teria acertado. A direção de arte em "Hugo" é impecável. Porém, apostei em "O Artista" pelos mesmos motivos que me fizeram apostar no filme francês na categoria "figurino".

Maquiagem: "A Dama de Ferro". Acertei duas vezes. Tanto no palpite, quanto na torcida. Apesar de fraco, é inegável que a maquiagem feita em Meryl Streep para transformá-la na Margareth Tatcher mais velha foi incrível. Oscar merecido!

Canção Original: "Man or Muppet", de "Os Muppets". Errei. Mas a própria Academia, aparentemente, não estava muito contente com as opções para melhor canção este ano. Dos dois indicados, na minha opinião, "Real in Rio", do filme "Rio", era superior. Não levou. Ainda assim, mesmo que o Brasil faturasse essa, não seria motivo de dar pulos de alegria. Se pudesse, creio que a Academia teria cancelado essa categoria, pois foi visível a má vontade de escolher os indicados. 

Trilha sonora: Ludovic Bource, por "O Artista". Essa eu errei duas vezes. Sem pensar, palpitei em John Williams, por "As Aventuras de Tintim". No coração, a torcida por Howard Shore pela composição bela de "Hugo". Mas "O Artista" mereceu. Em um filme mudo, um dos protagonistas, certamente, é a música. E, bem feita, encanta.

Roteiro original: "Meia-noite em Paris", de Woody Allen. Merecido e era o filme pelo qual minha torcida estava concentrada. Mas apostei em "O Artista" por considerá-lo ousado. Mesmo não tendo levado o prêmio pelo roteiro, o filme francês teve um reconhecimento justo e ainda maior pela ousadia. Allen, claro, não estava na premiação. Mas tem todos os méritos pelo seu mais recente filme, divertido e apaixonado.

Roteiro adaptado: "Os Descendentes". Este filme não deveria ter levado nenhum. Mas eu pensei que seria meio impossível Alexandre Payne sair de mãos abanando quando seu filme tinha recebido tanto reconhecimento mundo afora. Por isso apostei neste. Mas a torcida estava em "Hugo".

Efeitos visuais: "A Invenção de Hugo Cabret". Efeitos lindíssimos e um 3D de primeira são duas das coisas que mais chamam a atenção no mais recente filme de Scorsese. Ainda assim, imaginei que a Weta, responsável pelos premiadíssimos e elogiadíssimos "Avatar", "Distrito 9", "O Senhor dos Anéis", seria a favorita por conta do trabalho realizado em "Planeta dos Macacos - A Origem". Isso é um sinal de que o Oscar para efeitos especiais em "O Hobbit" pode não estar tão garantido assim. Aqui minha torcida não era tão forte, mas, no fundo, queria que "Hugo" faturasse esta.

Mixagem de som: "A Invenção de Hugo Cabret". Nesta altura, meus palpites, erroneamente (isso deveria ter acontecimento enquanto eu palpitava sobre as primeiras categorias), começaram a se confundir com a minha torcida. Achando que eu estava errado em torcer para Scorsese, joguei as cartas em "Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres". Não deu outra: errei de novo.

Edição de som: "A Invenção de Hugo Cabret". Apesar das considerações anteriores, eu não poderia acreditar que a Academia não valorizasse a singeleza e o brilhantismo da edição de som em "Hugo". Apostei no que torcia e acertei. Deveria ter feito isso mais vezes.

Edição: "Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres". De fato, um trabalho muito bem feito e essencial para que este longo filme de David Fincher pudesse ter a fluência que teve, apesar de longo e complexo. Aqui, torci e palpitei em "A Invenção de Hugo Cabret". Errei de novo.

Melhor animação: "Rango". Acertei e concentrei aqui as minhas torcidas. Merecido. Vamos ver se a Pixar, sempre tão excelente, acorda.

Atriz Coadjuvante: Octavia Spencer, por "Histórias Cruzadas". Torci e palpitei para Spencer. Merecia. O filme tinha que levar um estatueta e ela era a pessoa mais adequada para representar o merecimento de "Histórias Cruzadas". Das cinco indicações, porém, o filme era digno de levar, no máximo, duas. Faturou uma. Está bom.
Ator Coadjuvante: Christopher Plummer, por "Toda Forma de Amor". Favorito, levou e foi aplaudido de pé. Eu chutei longe em Jonah Hill, por "O Homem Que Mudou o Jogo". Errei feio.

Melhor atriz: Meryl Streep, por "A Dama de Ferro". Este foi o Oscar que eu mais fiquei feliz quando foi entregue ao premiado, neste caso, premiada. A veterana Streep merecia: recordista em indicações, há anos não levava o prêmio para casa e somente a sua atuação é reponsável por "A Dama de Ferro" ser um filme assistível. Impecável como sempre, Streep brilhou no palco na hora do discurso e continua encantando na tela grande com sua esplendorosa atuação no longa sobre a ex-primeira-ministra britânica. Apostei em Michelle Williams, por "Sete Dias com Merilyn", por acreditar que Streep não levaria por ser frequente demais, como já tinha dito no último post.

Melhor ator: Jean Dujardin por "O Artista". Apostei em George Clooney, por "Os Descendentes" pelo mesmo motivo que palpitei neste filme para roteiro adaptado. Fiquei contente por, desta vez, o medíocre filme de Alexandre Payne não ter levado a estatueta.

Melhor diretor: Michel Hazanavicius por "O Artista". A noite era do filme francês. E neste momento, ficou claro que ele levaria, também, o prêmio máximo. Mas eu acreditei que Martin Scorsese, por "A Invenção de Hugo Cabret", levaria este, e, por consequência, o prêmio de melhor filme por conta do "bairrismo" da Academia. Mas, no fundo, eu sabia que a noite seria preto-e-branca. Este conflito interno me deixou sem favorito. Fechei os olhos e apostei. Errado.

Melhor filme: "O Artista". Bom... Eu já disse tudo o que precisava ao escrever sobre o prêmio de diretor. Os palpites foram, em ambas as categorias, pelo mesmo motivo. Quando disse que pensei em "O Artista" para o prêmio de roteiro original por ser ousado, fiz uma referência a ele ganhar esse reconhecimento de um modo ainda mais significativo. Está aqui. "O Artista" é o Melhor Filme de 2011. Mereceu. Pra mim, porém, "A Invenção de Hugo Cabret" é candidato forte para o Prêmio Set Sétima 2012.

Demais premiações:

Curta-Metragem: "The Shore".

Animação em Curta-Metragem: "The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore".

Documentário: "Undefeated".

Documentário em Curta-Metragem: "Saving Face"

Melhor filme estrangeiro: "A Separação" - Irã

Quanto à transmissão da Globo, não preciso nem me estender. Wilker quer dar uma de sociólogo cinematográfico e a querida apresentadora ao lado dele não entende nada de cinema.
Globo, ninguém quer ouvir comentários durante a transmissão. Queremos ver a cerimônia.

No dia que a emissora carioca entender isso, eles deixam a cerimônia voltar a ser transmitida pelo SBT. Pois eles já perderam a mão há tempo tentando exibir o Oscar decentemente. Ainda não conseguiram.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

E o Oscar vai para...

Domingo acontece a cerimônia do Oscar. Eu poderia escrever um longo texto xingando a mãe do falecido Roberto Marinho por conta da Rede Globo preferir atrasar a transmissão da cerimônia pra passar o Big Brother Brasil e ainda pôr o José Wilker como comentarista. Mas vou poupar meus nervos. Não quero, tão cedo, ganhar cabelos brancos (embora vocês tenham que saber que eu tenho um ódio e um horror especial e quase incontrolável por a Globo tratar o Oscar como tapa-buraco da programação e tema-do-Mais Você-do-dia-seguinte-por-conta-dos-looks-das-celebridades).

Devidamente desabafado, explico o motivo de eu estar aqui: vou palpitar. Não, eu não vi todos os filmes e sou melhor torcedor para meus filmes prediletos (que quase nunca ganham) do que "palpiteiro". Mas me muni de informações sobre os concorrentes, li bastante, assisti ao que pude e vou listar aqui pra vocês.
Quem quiser entrar na brincadeira, pode usar os comentários.

Premiada e recordista em indicações, Meryl
Streep, acho, não ganha por ser frequente demais

Segunda-feira eu volto aqui pra comentar a premiação, os meus erros e acertos, a transmissão da Globo (eu não tenho TNT). e os looks.

Bom... lá vamos nós.

Melhor figurino: "O Artista"
Melhor fotografia: "Cavalo de Guerra"
Melhor direção de arte: "O Artista"
Maquiagem: "A Dama de Ferro"
Canção Original: "Real in Rio", do filme "Rio"
Trilha sonora: John Williams, por "As Aventuras de Tintim"
Roteiro original: "O Artista"
Roteiro adaptado: "Os Descendentes"
Efeitos visuais: "Planeta dos Macacos - A Origem"
Mixagem de som: "Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres"
Edição de som: "A Invenção de Hugo Cabret"
Edição: "A Invenção de Hugo Cabret"
Melhor animação: "Rango"
Atriz Coadjuvante: Octavia Spencer, por "Histórias Cruzadas
Ator Coadjuvante: Jonah Hill, por "O Homem Que Mudou o Jogo"
Melhor atriz: Michelle Williams, por "Sete Dias com Merilyn"
"A Invenção de Hugo Cabret"
Melhor ator: George Clooney, por "Os Descendentes"
Melhor diretor: Martin Scorsese, por "A Invenção de Hugo Cabret"


Melhor filme: "A Invenção de Hugo Cabret"

As demais categorias (como curta, documentário, filme estrangeiro, etc.) não comentei por não ter a mínima noção.
Reforço: não são estes filmes para os quais estou torcendo. Falo dos meus prediletinhos na segunda-feira.

Vamos ver como me saio nessa.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

"Histórias Cruzadas" no Set

Diferentemente do que escrevi no texto sobre este filme lá no Set Sétima, se você É racista, assista "Histórias Cruzadas".

Explico: é que um certo crítico de cinema afirmou que somente pessoas brancas não compreenderiam o racismo velado do filme. Ou seja, que o filme, na verdade, é cínico e não ajuda em nada na conscientização acerca do preconceito racial.

Aqui fica o esclarecimento: se você é racista, precisa ver este filme para levar um chacoalhão. Se você não é racista, certamente vai ficar impressionado com a beleza deste longa.
Vale a pena ver e, claro, ler a crítica lá no Set!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

"Os Descendentes" no Set

No ritmo de se atualizar - cinematograficamente - antes da cerimônia do Oscar, este andarilho que vos fala rumou à sala escura conferir a nova produção de Alexandre Payne, com George Clooney: "Os Descendentes". A crítica deste quintuplamente indicado ao prêmio da Academia de Hollywood você confere no Set Sétima. Não deixe de dar uma passadinha por lá!


domingo, 29 de janeiro de 2012

O Cinema de Mazzaropi


Amanhã tem a defesa da minha monografia para que eu, enfim, consiga minha formação como jornalista. O meu tema é: "O Papel de Mazzaropi na História do Cinema Nacional".
Diante disso, e da comemoração do centenário do nascimento do cineasta lembrado neste ano, nada mais propício do que lançar o "quadro" "Ano do Jeca".
Durante este ano, vou fazer postagens sobre um dos maiores e mais bem-sucedidos cineastas da história do país. Dentro de pouco, vou falar especificamente dele, para quem não o conhece. Mas dada à minha apresentação que ocorrerá amanhã, posto aqui um trecho (editado) da minha análise.

Boa leitura! E espero vocês por aqui com frequência, para conhecerem um pouco mais deste grande artista nacional!

Em certa cena de “Jeca e a Égua Milagrosa” (1980), alguns homens de pensamentos políticos e religiosos distintos começam a brigar. Os socos e chutes têm a pretensão de soarem violentos. Os personagens jogam um ao outro por cima das mesas e cadeiras. A desordem é grande. Os brigões se atiram ao chão, rolando em meio aos golpes.

Mas eles não se machucam. Não é compreensível quem está apanhando de quem. Não há nenhuma ferida, sequer algum hematoma e muito menos alguma gota de sangue, embora a briga tivesse sido pesada e dois dos personagens tenham ficado desacordados.

No meio da confusão, alguém dispara um tiro. Como a briga já havia terminado, Raimundo, o personagem de Mazzaropi, sai de trás de uma moita, do outro lado da rua, com a calça nas mãos e reclama: “Vâmo pará de tiroteio aí que quase me acertaram um tiro!”. E a esquete cômica está finalizada.

A falta de lógica na direção pode ser percebida na cena subsequente. Nos momentos finais da briga, o dono do bar percebe a aproximação do delegado com o padre e um policial. Exatamente neste momento é disparado o tiro que desperta a ira do personagem de Mazzaropi atrás da moita. Os brigões, a mando do dono do bar, acomodam os homens desacordados sentados, com a cabeça apoiada na mesa, como se estivessem dormindo sob os braços. O delegado, no momento em que passa em frente ao bar, pergunta: “Tudo certo por aí?”. O proprietário responde: “Por aqui tudo certo. É só alegria! Tudo na paz!”.

Será que o delegado não percebera nada estranho? A resposta forçada do dono do bar não teria chamado a atenção da autoridade policial? Não seria incomum dois homens dormindo em uma mesa de bar, à tarde, no meio de uma roda de conversa?

Sim. É ilógico. Mas as ilogicidades não param por aí. Logo depois que o delegado sai de cena, os dois desacordados levantam e vão embora raivosos e jurando vingança. A vitalidade dos dois não era de alguém que havia acabado de levar uma surra e ficar desacordado.

Fica claro, portanto, que o cinema de Mazzaropi não é dotado de inovações estéticas nem refinamento no que diz respeito à continuidade e direção. Não há criatividade na elaboração dos cenários. Fassoni (1977), numa crítica a “Jecão, Um Fofoqueiro no Céu” (1977), chega a dizer que “[Pio] Zamuner e Mazzaropi chegaram ao ridículo, desta feita, ao conceberem, com a imaginação de um recém-nascido, a cenografia para o seu céu-inferno”. Isso não quer dizer que ele não se resolva tecnicamente. De acordo com Matos (2010), os equipamentos pertencentes à PAM Filmes eram de última geração. Mesmo antes de ter uma produtora própria, Mazzaropi já contava com equipamentos de alta tecnologia na Companhia Vera Cruz. E o próprio Fassoni (1977), numa de suas duras críticas ao cineasta, reconheceu que os filmes de Mazzaropi vinha evoluindo, e “haviam adquirido uma qualidade técnica mais apurada, seus temas mais recentes tinham um recheio mais plausível” (FASSONI, 1977).

Ainda assim, no que diz respeito à direção, tudo é muito comum e pouco ousado. Integrante da chanchada paulista (DIAS, 2010) – filmes populares, geralmente cômicos, que se utilizavam de participações musicais cantando marchinhas carnavalescas – as produções de Mazzaropi eram acusadas de contar com atores inexpressivos e direção precária (LOYOLA, 1965). Para os críticos, isso se devia aos baixos salários que a PAM Filmes pagava aos seus funcionários e atores.

Mas nem por isso todos os filmes tinham pouca qualidade artística. Participaram das produções de Mazzaropi atores que viriam ganhar reconhecimento nacional, como Tarcísio Meira. Apesar de grande esmero em diversos aspectos, o mesmo cuidado não era levado em consideração na montagem e edição dos materiais. Mazzaropi sacrificava o roteiro na busca de uma boa piada. Ou seja, o filme só era bom quando as piadas também eram. A justificativa do artista era que os improvisos e erros garantiam espontaneidade à fita.

Se isso pode ser encarado por alguns como um modo positivo, autoral e particular de conduzir um filme, logo este pensamento já pode ser descartado na medida em que conhecemos, muito além da forma de conduzir um filme, a maneira como Mazzaropi conduzia as gravações. Na maioria das vezes não havia cuidado com a continuidade e com a própria direção de arte e figurino: usavam-se roupas, no filme, inadequadas à época em que ele se passava.

Ainda que tudo acontecesse em prol das piadas, Mazzaropi não precisava de uma história engraçada e um roteiro totalmente cômico para ficar satisfeito com o trabalho. Em diversas ocasiões percebemos piadas deslocadas, fora do contexto da história que está sendo contada, como já exemplificado aqui. Ou seja: para Mazzaropi, qualquer momento no roteiro era propício para se fazer uma piada, por mais deslocada que ela pudesse parecer. Não era necessário que a estrutura do roteiro corroborasse isso. Sendo assim, os demais temas que o ator julgava digno de estar presente nos argumentos, se faziam presentes, mesmo que não fossem engraçados. E entre os assuntos mais trabalhados pelo cineasta estavam a política e a religião.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Prêmio Set Sétima 2011

O Set Sétima está atualizado, minha gente! Depois de meses abandonado, fui lá, passei uma vassourada nas teias de aranha e, como bom cinéfilo que sou (ou nem tanto), resolvi fazer uma lista (como todo ano faço) dos melhores e piores filmes que eu assisti na tela grande no ano passado.
Quer conferir e opinar? Então corre lá! Não deixe de comentar também!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Uma Jornada que há muito esperava*

Na madrugada do dia 21 de dezembro de 2011, eu voltei exatos dez anos no passado. Repeti em meu íntimo uma longa jornada que fiz àquela época; uma jornada que mudou para sempre a minha vida. Uma aventura de letras e palavras, que mais tarde se tornaram sons e imagens, e que me fizeram descobrir um mundo totalmente novo.

E tudo isso voltou de repente, para uma nova – e ao mesmo tempo antiga – aventura. Uma jornada que eu há muito esperava. “Ah, as Montanhas Gandalf! Preciso ver as montanhas novamente!” E cá estou eu, cinto afivelado, mochila às costas e um cajado na mão, pronto para enfrentar trolls e orcs, aranhas e um magnífico dragão. “A Estrada em frente vai seguindo/Deixando a porta onde começa./Agora longe já vai indo,/Devo seguir, nada me impeça[...]”.

Sim, Bilbo, eu o seguirei. Serei o 15º membro de sua companhia, assim como fui o 10º membro da velha Comitiva, através de muitas sendas, mesmo sem saber o que vem pela frente!

Para os alienados do assunto, que ignoram tudo o que estou dizendo, eu explico: Peter Jackson e toda a New Line Cinema compartilharam hoje pela internet, a 1h da manhã, o primeiro teaser de O Hobbit – Uma Jornada Inesperada, a primeira parte do filme que adaptará o primeiro livro de J. R. R. Tolkien, muito anterior à Trilogia de O Senhor dos Anéis.

E todo este drama por causa de um filme? Ah, para aqueles que isso se perguntam, deixo apenas a minha mais sincera pena. Pena por não sentirem o mais incondicional amor pela mais singela das aventuras; pena por não saberem o que é viajar para um mundo à parte, mas descobrir que este é nosso próprio mundo. Pena por não conhecerem Bilbo e Gandalf, Thorin e Beorn, Gwaihir e o magnífico Smaug. Que me chamem de alienado aqueles que se intitulam sábios. Que me chamem de sonhadores aqueles que vivem nesta realidade insossa… Não me importo, pois o único chamado que ouço agora, é o do velho mago Cinzento convocando-me para mais uma – ou seria a primeira? – aventura!

E vendo e revendo o trailer, não há defeito a se colocar, não há reclamações a serem feitas. Está tudo aí: Bolsão e Valfenda, as Montanhas e tudo o mais. A mesma atmosfera dos filmes anteriores, a mesma Terra-média de sempre, com velhos e novos amigos, prontos para uma velha nova aventura. Rumo, meus caros, à Montanha Solitária!




* Este texto foi escrito por João Victor, autor do blog Covil do Orc. João é formado em Comunicação Social – Rádio e TV, ex-bolsista pesquisador do CNPq, na área de História da Comunicação e Exibidor da "Rede TV Mais" no Grande ABC Paulista. Além disso, é fã da obra de J.R.R Tolkien há mais de uma década.

APOIE A CAMPANHA NO CATARSE PARA PUBLICAÇÃO DE EM BUSCA DO REINADO!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"Os Smurfs" no Set

E eis que a famosa série dos anos 80 vira filme. E este Andarilho que vos fala, apesar de não lembrar bulufas da animação que divertia as manhãs no programa da Xuxa, se divertiu horrores no último domingo, na sala escura, assistindo as criaturas azuis, cujo tamanho é de "três maçãs de altura". Dá uma passada lá no Set e leia a crítica. Tá smurfertido!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Você precisa VER: dicas de cinema

Semana passada lancei a ideia do Você Precisa, e hoje, como prometido, volto para fazer a indicação da semana.



Infelizmente (ou felizmente, talvez), o que tenho pra indicar é o que estava em minha mente na semana passada, portanto, nada muito novo. Até já falei exaustivamente sobre. Mas, fica aqui meu conselho de blogueiro apaixonado por cinema. VEJA HARRY POTTER!

A dica, talvez, seja interessante porque pode ser que você nunca tenha visto nenhum filme da série. Portanto, assista. Corra para uma locadora, assista todos os filmes e não perca de assistir, pelo menos essa última parte, no cinema. Porque depois que sair em DVD (ou Blu-Ray, para os mais ligados em teconologia e adiantadinhos) você vai se arrepender de não ter visto esse grandioso filme na tela grande da sala escura.

Sem dúvida, o melhor da série. Mas, para assistir o desfecho e para que você tenha surpresas e uma torcida considerável pelos personagens importantes, VOCÊ PRECISA assistir todos os outros longas da saga.

Ademais, deixo outra dica, sem conhecimento de causa, no entanto: estreia hoje em todo o Brasil o filme "Assalto ao Banco Central". O longa é uma superprodução nacional que narra o ousado assalto ao Banco Central de Fortaleza em 2005. O trailer é muito bom. Indico porque vale a pena conferir o cinema nacional, ainda mais diante de tantas assombrosas estreias hollywoodianas, típicas do período de férias; e o filme parece ser bom, além de ter um elenco de peso. Confira aqui!


Até a próxima semana com mais um Você Precisa!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Harry Potter - o fim

Bom, meus caros. Na madrugada de quinta para sexta-feira, mais precisamente à meia-noite e quinze, as luzes do GNC Cinemas do Joinville Garten Shopping estarão se apagando para eu acompanhar, pela última vez, uma nova história do bruxo mais famoso da atualidade: Harry Potter.
Eu poderia, aqui, falar um monte da grandiosidade desse projeto, da ideia incrível de J.K. Rowlling, do que Harry Potter representa para o cinema e para literatura e o quanto de milhões de novos leitores adquiriram esse hábido (da leitura) com a saga.
Mas nada representa tão bem a profundidade e o impacto dessa década (no cinema, porque, pelos livros, são 14 anos que a história já é conhecida no mundo) quanto o testemunho de alguém que mudou seu eu - de forma positiva, devo ressaltar - por causa da grandiosa e complexa história da escritora britânica.

Segue, portanto, o incrível, tocante e inspirado texto de um grande amigo meu, André Almeida, fã de Harry Potter, cinéfilo, e que conta de forma emocionante sua relação com a saga do bruxo-órfão. Segue:
Está chegando a hora.

Está acabando a espera pelo final. Poderia dizer que este será o “segundo final”. Após se despedir do mercado literário, Harry Potter vai se despedir dos cinemas, e, assim, os fãs se despedirão da habitual espera por grandes novidades envolvendo a saga que fez e continua fazendo parte da vida de milhões de pessoas ao redor de todo o mundo. No dia 15 de julho, Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 finalmente chegará aos cinemas, causando um misto de emoções em quem, como eu, acompanha a jornada de Harry há anos.

Como agir quando você não pode fazer nada para impedir o término daquilo que teve uma gigantesca influência na sua vida? O que pensar quando você sabe que estes são os últimos dias para aproveitar a história que você mais ama? E como se preparar para quando chegar o dia e você se der conta de que dentro de algumas horas você presenciará o fim?

É inegável a importância que Harry Potter teve em minha vida. Conheci a série aos 9 anos, graças a uma visita que fiz à minha prima, e confesso que não me apaixonei à primeira vista. Harry Potter e a Pedra Filosofal estava em cima da cama dela, e lembro-me bem que ela me disse que estava gostando muito da leitura. Estava impaciente pra brincar de alguma coisa, e, enquanto esperava meus primos fazerem não-lembro-o-quê, decidi abrir o livro. Uma página cheia de letras pequenas, sem espaço para figuras, apareceu para mim. Aos 9 anos, ingênuo, li o primeiro parágrafo e não consegui entender muito bem do que se tratava o livro, a não ser que falava de um casal normal, “muito bem, obrigado” (essa frase nunca saiu da minha cabeça, especialmente pela demora que levei para entender o seu sentido). Abandonei o livro no lugar em que estava e fui brincar.

Meses depois, estava no shopping com meu pai e meu irmão. Passamos na frente do cinema e lá estava um cartaz que me chamou a atenção: Harry Potter e a Pedra Filosofal. Algo naquela imagem me chamou muito a atenção, e pedi para assistir o filme – pedido que foi, lamentavelmente, negado, fazendo com que este fosse o único filme da série que nunca vi no cinema.

Mais alguns meses se passaram e eu estava chegando na casa dos meus primos quando eles estavam assistindo a um VHS com uma imagem extremamente ruim. A fita estava muito suja, mas não o bastante para me impedir de assistir, pela primeira vez, a uma partida de quadribol. Me fascinei em poucos segundos, e, assim que o jogo terminou, pedi para que voltassem o filme desde o início, onde a imagem estava pior ainda (na época eu podia jurar que Dumbledore e Minerva estavam caminhando no interior de uma caverna). Cheguei em casa e narrei terrivelmente (como sempre) o filme para minha mãe e irmã. Dali em diante eu não conseguia esquecer o filme, e não demorou muito para minha avó comprar Câmara Secreta para eu ler (optei pelo segundo livro por já ter assistido ao primeiro filme – um grande erro que cometi aos 10 anos). E foi assim que começou.

Ao assistir Pedra Filosofal eu não tinha a menor idéia do que Harry Potter viria a significar para mim. Devido à espera por novos livros da série, passei a ter amor pela leitura. Por ter assistido repetidamente os filmes, comecei a reparar nos acertos e defeitos. Foi por ter ganho da minha mãe um CD da trilha sonora de Pedra Filosofal que eu me tornei um fã de música clássica. Por causa de Harry Potter conheci muita gente que não conheceria de outra forma. Hoje, aos 19 anos, tenho mais livros em casa do que achei que um dia teria, trabalho numa livraria e no Potterish, tenho cinema como uma das minhas maiores paixões e objetivo de vida, comecei a ter aulas de piano, e conheci pessoas – especialmente virtuais – que realmente posso chamar de amigos.

Talvez isso não seja o suficiente para alguns entenderem a angústia que me causa saber o que 15 de julho significará para mim. Alguns podem dizer que não há motivo para eu me sentir assim, uma vez que os livros já chegaram ao fim e eu conheço como a história termina. Mas os filmes sempre foram uma oportunidade de ver, no telão, tudo aquilo que eu havia imaginado lendo os livros. Não me senti tão mal ao terminar a leitura do sétimo livro por saber que ainda havia algo grande, envolvendo Harry Potter, pelo que eu poderia esperar. Mas e agora? Pelo que devo esperar depois que os créditos finais do oitavo e último sumirem da tela pela última vez?

Aconteça o que acontecer, eu sinceramente não me arrependo de ter gasto um segundo sequer com Harry Potter, que me fez ser quem eu sou hoje. Seria muita insensatez dizer que Harry Potter não faz parte de mim. Cresci, ri e chorei com Harry, e continuarei crescendo, rindo e chorando com ele. O que ficará é a saudade inconsolável desse tempo que passou e está passando: quando tínhamos um novo livro e filme para esperar, um novo enigma para decifrar, um novo trailer pelo qual vibrar, uma nova teoria para discutir, uma novo foto para comparar… e algumas páginas de livros e horas no cinema de novas aventuras e descobertas com Harry, Rony e Hermione.

Já sinto saudades.


Texto extraído deste blog, pessoal do André.


Leia a crítica de "Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1", que eu publiquei no Set Sétima antes de tomar conhecimento do último capítulo da série.

Leia a crítica de "Harry Potter e o Enigma do Príncipe", também no Set Sétima.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Dois filmes de O Hobbit já têm títulos e datas para estreia

Depois de anos de pendengas judiciais, financeiras, trocas de diretor e problemas relacionadas à saúde do idealizador, enfim O Hobbit começou a ser gravado. Mas isso já não é notícia nova, até porque a equipe já está se encaminhando para o segundo bloco de gravações, que inclui as batalhas da história.

A grande notícia do momento é a definição do título das suas partes da história. O primeiro deve se chamar "The Hobbit: An Unexpected Journey" (algo como "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada") e o segundo "The Hobbit: There and Back Again" ("O Hobbit: Lá e De Volta Outra Vez").

Os títulos são muito bem escolhidos. O primeiro faz alusão à própria natureza da história: nada do que aconteceu com Bilbo era esperado ou premeditado por qualquer um dos envolvidos.

Já o título do segundo longa faz uma referência ao nome que Bilbo deu ao seu livro - mostrado em O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel e O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei - contendo os relatos das aventuras que serão protagonizados nesta pré-sequência.

E mais: as datas de lançamento também já foram divulgadas! O primeiro filme deve ser lançado nos Estados Unidos no dia 13 de dezembro de 2012, e o segundo, dia 14 de dezembro de 2013.

O Hobbit se passa 60 anos antes dos eventos de O Senhor dos Anéis. Ele conta como Bilbo Bolseiro achou o Um Anel na caverna de Gollum, ainda sem saber que se tratava do lendário Anel de Sauron. O filme será baseado no livro homônimo de J.R.R. Tolkien, contendo alguns acréscimos necessários tirados de O Silmarillion, Contos Inacabados e dos apêndices de O Senhor dos Anéis, para explicar o que não está dito em O Hobbit.

O roteiro foi escrito a oito mãos por Peter Jackson, Fran Walsh, Philippa Boyens e Guillermo del Toro. A direção é de Peter Jackson, mesmo diretor da Trilogia do Anel. Junto com ele, devem voltar outros atores presentes na trilogia: Ian McKellen (Gandalf), Orlando Bloom (Legolas), Christopher Lee (Saruman), Hugo Weaving (Elrond), Andy Serkis (Gollum) e Cate Blanchet (Galadriel). Howard Shore deve voltar a comandar a trilha sonora e a Weta, mesma responsável pelos efeitos especiais de O Senhor dos Anéis, Distrito 9 e Avatar, estará assumindo um dos postos mais importantes para o sucesso dos dois longas.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

"A Garota da Capa Vermelha" no Set

O espaço para falar dos filmes que estão em cartaz no cinema é lá no Set Sétima, que voltou a funcionar a todo vapor! Dessa vez, falei sobre o filme "A Garota da Capa Vermelha". Dá uma passada lá e comente!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

"Rio" no Set

Depois de longos meses, o Set Sétima está atualizadíssimo! Não deixem de conferir a crítica que este blogueiro que vos fala fez à animação "Rio", do brasileiro Carlos Saldanha. Confira e comente!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O Hobbit depois de Avatar

Pra todo canto que a gente vá, e que lemos coisas sobre Avatar, inevitavelmente aparece em algum trecho do texto alguma citação a O Senhor dos Anéis, de Peter Jackson. Isso por vários motivos: a tecnologia que desenvolveu os Na'vi é um aprimoramento da ultilizada na criatura Gollum, porque a empresa que trabalhou com os efeitos do filme de Cameron foi a Weta, a mesma da Trilogia do Anel, porque o terceiro filme da trilogia de Jackson era a segunda maior bilheteria da história do cinema, mas já perdeu o posto, enfim... tantos outros motivos.
Aos que ainda não sabem, Peter Jackson está produzindo O Hobbit, mais uma adaptação da obra do escritor J.R.R. Tolkien que será lançado em dois filmes nos anos de 2011 e 2012. O diretor será o mexicano Guilermo Del Toro (de O Labirinto do Fauno).

Mas o mais interessante disso tudo é que a Weta - que é uma empresa de Jackson - vai trabalhar em O Hobbit, e isso é motivo mais que de sobra pra esperarmos outra mega produção do cinema, que promete, da mesma forma que Titanic, O Senhor dos Anéis e agora Avatar, marcar a história da sétima arte.

Isso porque Gollum deve voltar. E quem vai viver ele deve ser, mais uma vez, Andy Serkys. Certamente toda a parefernália que criou os Na'vi vão ser usadas em Sméagol. A Terra-média deverá mais uma vez ganhar as locações da Nova Zelândia, mas assim como Mordor era uma terra inexistente naquele país, outros lugares imaginados, como a Floresta das Trevas, onde acontece cenas importantes do longa, devem usar alguns recursos que Cameron usou nas florestas de Pandora. Além, é claro, das crituras: as águias gigantes, as horrendas aranhas, os três trolls que vão lutar com Bilbo e - o mais impressionante, fantástico e aguardado - o dragão Smaug deve ser tudo aquilo que ainda não vimos na face da Terra.

Eu não duvido que estamos prestes a vivenciar outro grande fenômeno da história do cinema mundial, e vendo Avatar, os maiores medos que eu tinha com os novos filmes baseados em Tolkien se escafederam.

Sob a bênção de Peter Jackson e a Weta, O Hobbit tem potencial para fazer acontecer mais uma vez nas telonas do planeta todo. E não será dessa vez que as pessoas vão deixar de ir no cinema. Graças a Deus e seus fiéis servos da sétima arte aqui na Terra.


Obs. 1: Não deixe de ler sobre Avatar no Set Sétima.
Obs. 2: Leia minhas desventuras em série nos dias que passei em Curitiba, em busca de Avatar em IMAX.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Uma visita ao set


Então galera. O Andarilho não tá atualizado, mas tem post novo no outro blog: Set Sétima.

Tem "Harry Potter e o Enigma do Príncipe" e "A Era do Gelo 3" pra dar uma conferida! Boa visita!

domingo, 28 de setembro de 2008

Réquiem para um sonho


Sem dúvida, um dos filmes mais perturbadores que eu já vi. Segundo Jared Leto que vive o garoto Harry, um dos protagonistas do filme, "Réquiem é uma viagem ao inferno; é um filme arrepiante, dá medo. É uma descida às profundidades, ao mais escuro de sua alma e é aterrorizante". Não é um filme, no entanto, que trata de monstros, fantasmas, almas penadas, assassinos de outro mundo, espíritos ou afins. O assustador nele é totalmente o inverso de tudo isso, pois fala da realidade. Realidade que não é difícil de vivenciarmos na nossa própria vida, basta termos cabeça fraca para os nossos vícios, desde os mais banais até os mais graves.

O primeiro contato que eu tive com esse filme, mesmo sem saber do que se tratava, foi quando vi o trailer de "O Senhor dos Anéis: As Duas Torres", onde a trilha sonora de "Réquiem" foi usada para dar mais tensão às cenas da batalha no Abismo de Helm, da trilogia. Como eu sou ficcionado pela trilogia do anel, comecei a baixar a trilha sonora dos filmes e entre elas estava lá: Requiem for a dream. "Mas essa música não tem nada a ver com a história do anel!", pensei eu. Enfim, depois de anos de curiosidade, eis que hoje conheço o detentor original daquela orquestra gótica.

A fotografia é excelente, impecável. A iluminação muito bem utilizada. Os cortes de cena dão o ritmo ideal que o filme pretende intensificar. E a dramaticidade que ele nos leva é incrível. Não é nojento, mas é trágico. Não é caricato; muito pelo contrário: traz uma realidade amedrontadora.

Réquiem gira em torno de quatro pessoas com conflitos pessoais, agravados pela personalidade de cada um e ainda mais pelos seus vícios, porém, cada um com seus sonhos e objetivos de vida. Esse conjunto de fatores negativos transportam cada personagem para uma realidade de descontrole total das próprias vontades, delírios e decepções.

O mais chocante de tudo é que apesar de trágico e incrivelmente cruel, o longa deixa uma marca impressionante de qualidade e admiração pelo trabalho do diretor Darren Aronofsky, que até então eu não conhecia.

Realmente vale a pena conferir. Réquiem é a prova cabal de que a sétima arte não precisa se valer só de temas "cuti cuti" para mostrar qualidade e criatividade. Fica a dica, então.
Trailer do filme no Youtube: http://br.youtube.com/watch?v=KQ7490lD9xI
E para escutar a música tema do filme: http://br.youtube.com/watch?v=e2Ma4BvMUwU

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Viagem ao Centro da Terra


Quando eu vi a divulgação do filme "Viagem ao Centro da Terra" (Journey to the Center of the Earth, EUA, 2008) me decepcionei. O longa que prometia uma adaptação ao célebre livro de Julio Verne estava completamente modificado! Ao invés do guia brutamontes, uma bela mulher. E no lugar do professor velho, porém sábio Lidenbrock, um galã ao estilo "como sempre em Holywood". Foi com pesar que comecei a responder a todos que me perguntavam se eu iria ver o filme, o que eu estava achando... minhas expectativas diminuíram muito, mas eu não tinha lido nenhum crítico, até aquele momento, falar mal do filme. Todos elogiavam os fantásticos e inéditos efeitos especiais mas muitos nem lembravam a facada que o diretor novato Eric Brevic havia dado na história original. Será que só eu tinha lido o livro? Será que só eu me indignava com uma falta de fidelidade tão gritante?


Eu não havia me dado conta, porém, que o filme não estava relatando o que Verne havia escrito há 144 anos atrás, mas sim, a uma nova aventura ocorrida no nosso século, às entranhas do nosso planeta. E isso fica claro no filme com a presença de aparelhos celulares, carros e computadores, básicos para sobrevivência de qualquer um nos dias de hoje.

No longa, Brevic dirige a aventura do professor Trevor Anderson (Brendan Fraser. "A Múmia") que encontra um livro do falecido irmão e cientista Max: Viagem ao Centro da Terra. No livro, Trevor se intriga com anotações feitas pelo irmão no ano de seu sumiço e passa a investigar.

Seu sobrinho Sean (Josh Hutcherson. "O Expresso Polar") estava passando alguns dias em sua casa. Sean é filho de Max. Os dois então empreendem uma viagem ao vulcão onde Verner conta em seu romance que o professor Lidenbrock havia encontrado um caminho para o centro da Terra. Para ajudar na caminhada, a guia de montanhas Hannah (Anita Briem) é o braço direito. Acabam soterrados numa caverna do vulcão e encontram sem querer o caminho relatado por Verner em sua história fantástica.


A todo instante, os personagens do filme tomam como referência o que o autor francês conta sobre a empreitada do professor Lidenbrock. Os perigos tendem a ser os mesmos do romance. Assim como os lugares e aventuras, mas vividos por outros personagens, com objetivo diferente e em outra época.


Esse filme era exatamente o que eu estava precisando para suprir minha sede de boa aventura fantástica que a tanto tempo eu estava órfão. Ele é excelente em matéria de fotografia e efeitos visuais. Pra quem tiver a oportunidade de ver o filme em 3D (disponível em algumas salas de cinema no país) é uma pedida melhor ainda e a emoção vai ser ainda mais incrível.

E eu estava errado na minha decepção. Não era a aventura de Axel e seu tio Lidenbrock. Isso me fez dar bons créditos ao filme. Claro que ele não é tudo aquilo que podemos esperar. Ele é previsível, tem um humor por vezes sem graça e é curto demais pro tamanho da aventura. Mas no geral não deixa a desejar. A galera que trabalhou nele teve um trabalho, sem dúvida, muito penoso e eu estou curiosíssimo pra ver o DVD om os extras e saber como eles criaram aqueles ambientes. Segundo o diretor, a idéia era dar um ar de realismo, onde ficasse a impressão que as gravações haviam sido feitas em locações e não com efeitos. Tá certo que ficou tudo muito bom, mas dar a impressão que é locação, pelo menos a mim, não deu.


Mas fica aqui a dica. Pra quem gosta de uma boa aventura, uma história empolgante e muita fantasia, leia o livro de Júlio Verne. Depois, o filme. E aproveite. É inegavelmente recomendáel.
obs.: O Novo Reinado está atualizado. Lá é registro do Andarilho em sua terra verdadeira: Tedawer Lorcb. Quem for lá vai entender um pouco de como é esse mundo paralelo e imaginário. Tem bastante coisa pra ler! Se vocês quiserem passar lá, também vou ficar bem feliz!

domingo, 27 de abril de 2008

Stardust. O Mistério da Estrela


Galera! Antes de falar qualquer coisa, devo desculpas a meus poucos e, até em alguns casos, fiéis leitores que também são proprietários dos blogs que eu leio.
Minha vida anda um pouco agitada. É claro um pouco em razão do feriadão da semana passada e outro pouco pelos compromissos pessoais. A cada semana que passa fica mais difícil manter isso aqui, e mais ainda de ler meus blogs de costume, mas prometo voltar ao normal. Estou me programando e esse é meu objetivo a partir de hoje!
Enfim, muita coisa boa aconteceu e, entre as tantas coisas que eu faço, está, com certeza, a presença de algum filme. E dessa vez dentre os tantos que assisti resolvi falar de Stardust.

Eu peguei esse filme na locadora por ser fantasia e, quem me conhece sabe o apreço que eu tenho sobre esse estilo de história. E... bem, posso dizer que não me arrependi.
O filme é muito bom. Filmes e histórias desse tipo, em geral tendem a serem - em muitos casos - ridículos; e para não cometerem esse pecado a única saída é ser criativo. E isso é algo que eu consegui ver em Stardust.

A história fala de Tristan (Charlie Cox), um jovem que se apaixona pela menina mais bela da redondeza. Certa noite, os dois em um piquenique à luz das estrelas vêem uma estrela cadente e ele promete à amada buscar a estrela como prova do seu amor.
Com isso ele atravessa o muro que cerca a cidade e vai parar em outro mundo; um mundo de magia, encantos e bruxaria.
Juntamente com Tristan, os príncipes de Stormhold e a feiticeira Lamia (Michelle Pfeiffer) também buscam a estrela para fins pessoais. Todos se metem então em uma aventura perigosa e acirrada.

E o que concluir do "todo" do filme? Eu achei um filme típico de Sessão da Tarde. Ainda mais pela mania dos brasileiros de pôr subtítulo nos filmes ("O Mistério da Estrela" não está no nome orginal em inglês). Mas não um filme de Sessão da Tarde chato. É um daqueles raros bons que a Rede Globo decide passar após as suas enjoativas novelas.
Os efeitos especiais são bons, as paisagens muito bem escolhidas, a atuação de todos os atores é razoavelmente boa. Mas aí vale um destaque para Michelle Pfeiffer que encarnou a feiticeira vaidosa muito bem!
Há também momentos de humor que eu achei até que legais, mas, em alguns momentos, esse humor fica deslocado não condizente com o momento da cena.
A história é boa porque é bem contada. É um filme de início-meio e fim. Segue as linhas de roteiro justamente como o padrão hollywoodiano: o mocinho que ama e se aventura provocando um conflito que chega a um auge e depois se recupera. Do "príncipe encantado" com a missão de salvar a donzela. Do romance bem estilo conto de fadas mesmo. Isso pode derramar lágrimas dos mais emotivos e aplausos dos mais empolgados e a gente sai com a sensação de ter visto um filme bom.
Vale dar aqui uma nota: 8,5. Poderia até ser maior, se não fosse os dois erros grotescos de continuidade que eu consegui enxergar no filme. Tá certo que são detalhes se comparados ao imenso trabalho que exige um filme desse tipo, mas se ficaram tão perceptíveis assim, é porque faltou alguma coisa a mais.

Bem, vale conferir. Se já viram comentem. Se não viram, vejam e comentem. Se não viram nem querem ver, comentem mesmo assim...

E mais uma vez minhas desculpas pela demora nas postagens!