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terça-feira, 5 de julho de 2011

Wanessa e a revolução da Pop Music no Brasil


Será lançado neste mês o novo álbum da Wanessa. E o Andarilho vai fazer um apanhado histórico da carreira da cantora até aqui.

Mas, afinal, porque disso?

Simplesmente porque Wanessa está fazendo com a pop music no Brasil o que nenhum outro artista fez. Isso é indiscutível. Mas até onde vão os méritos dela? Há brasilidade neste novo trabalho? Wanessa está pegando a onda das grandes divas internacionais atuais da pop music para fazer sucesso? Há verdade nesse trabalho? Seriedade? Arte?

Existem perguntas que poderemos responder com mais facilidade. Outras, teremos que esperar o CD - entitulado "DNA" - sair para, então, fazermos uma análise com mais propriedade.

Até lá, vamos conhecer um pouco mais de Wanessa e onde esteve essa vertente pop ao longo da carreira dela e que ninguém nunca percebeu. Nem ela.

Pra começar, ficamos com um vídeo divulgado pela Sony Music, que mostra os bastidores da produção de fotos para o encarte do novo CD. Acompanhem e divulguem! Vamos saber o que está se fazendo de música pop NO Brasil e PARA o Brasil.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Lady Gaga: criatividade ou extravagância?

Rotineiramente Lady Gaga é notícia. E não somente em sites, revistas e espaços destinados à música. A cantora já escandalizou o mundo vestindo-se de carne, enfaixando-se com fitas zebradas e usando um telefone na cabeça. Sua bizarrice parece não ter fim. E a criatividade para tantas estranhezas também não. Agora estamos prestes a ver Lady Gaga atacar mais uma vez. Depois do nojento e melequento clipe de "Born This Way", Gaga promete mais auê com "Judas", o próximo single do seu novo álbum. E as polêmicas já começaram antes mesmo do clipe ser lançado. Apesar de "Judas" ter sido lançada hoje (15/04), antes disso já tinha gente criticando os símbolos religiosos anunciados por Gaga que estariam presentes na música. Em entrevista ao tabloide The Sun, Bill Donohue, da Catholic League: For Religious and Civil Rights, disse:
"Existem pessoas que são realmente talentosas, e existe Lady Gaga. Ela é cada vez mais irrelevante, e todo esse uso de símbolos religiosos em seus clipes e suas músicas é uma jogada de marketing para conseguir ficar famosa e causar polêmica. Sério, gente, é óbvio que ela faz de propósito, esse clipe da música Judas vai estrear em uma época sagrada, a da Páscoa. Não é coincidência".
Eu não creio que a Lady Gaga não tenha talento. Como já afirmei no twitter: talento ela tem, o problema é que Gaga não quer usar SÓ dele pra garantir seu espaço. É fato que ela canta bem mais que tantos grandes ícones do pop, como Madonna e Britney Spears. Mas no quesito originalidade, ela peca, e na sua extravagância, ofusca o talento brilhante que existe escondido dentro daquela pele - agora- cheia de "caroços". Com informações do site
Vírgula. Ouça, aqui, Judas.

domingo, 29 de agosto de 2010

Conflito de tribos

Olá povo que resolveu passar/voltar ao Andarilho! Eu estava realmente sumido, mas em nenhum momento pensei em abandonar isso aqui. Pelo contrário: toda semana eu pensava em posts novos, mas acabava adiando e não postava nada. Sempre via a necessidade de escrever.

Daí essa semana eu tava programando outra coisa bem diferente pra postar, mas eis que ontem houve uma sucessão de acontecimentos que me fizeram pensar: eu não posso ficar indiferente a essas coisas.

Só para vocês entenderem: ontem teve show da banda Hori (aquela cujo vocalista é o filho do Fábio Jr.). Paralelamente, tinha uma festinha aqui do lado da minha casa com música eletrônica advinda de carros rebaixados, com neon e aquelas firulas automotivas todas que eu não sei o nome de 20% dos atributos. E, também ontem, vi uma colega minha entrar numa comunidade do Orkut que xingava esses rapers que ficam escutando música no celular sem fone.

Colocando tudo isso num caldeirão o que eu percebo? Há uma intolerância de todos com todos. Não há mais respeito de uma "tribo" com outra. O que faz um metaleiro pensar que ele é mais suportável que um pagodeiro? Acho que o problema não está nas atitudes de certo grupo de pessoas com "ideologias musicais" próprias, se assim eu puder chamar.
Não tô dizendo que eu gosto, mas o que te incomoda em alguém usar calça colorida? Isso vai te atingir, mudar tua vida? É simplesmente uma preferência do sujeito, ou daquele grupo de sujeitos. Da mesma forma como os metaleiros gostam de preto, pagodeiros de boné e sertanejos de calças apertadas.

Quando uma dessas tribos invade o espaço da outra aí há falta de respeito. E quando isso acontece? Quando rapers abrem as portas de seus carros turbinados de sons potentes na frente de um barzinho de pagode, quando sertanejos ficam ouvindo música no ônibus, com o celular, sem fone de ouvido, enfim. Essas coisas.

Eu não gosto do Fiuk, nem da banda dele, nem de Cine, nem de Restart. Mas o fato de eles estarem no Treding Topics no Twitter não me incomoda porque eu não sigo nenhum emo colorido. Da mesma forma, não é essa "adolescentização" do Orkut que me incomoda nesta rede social, mas as mudanças ridículas que de vez em quando o Google faz lá.
E quantas vezes eu vejo as pessoas reclamarem do Twitter ou do Orkut porque esse tipo de gente está presente? Quem te disse que os pagodeiros são obrigados a escutar a sua Lady Gaga? Quem disse que o seu estilo é melhor que o do outro?

Tá certo que existem movimentos musicais questionáveis. Mas, como dizia minha amiga Camila Prochnow, que defendeu nessa semana sua monografia, "a música é muito sensorial". Você sente coisas boas escutando Gilberto Gil que eu não sinto. Por isso, pra mim, a Wanessa, a Celine Dion, diz mais, é mais música. Logo, ninguém tem o direito de exigir extinção de nada. O que seria do verde se todo mundo gostasse do amarelo?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A New Day...

Um novo dia. Não existe nome mais propício para esse show espetacular da maior e melhor voz feminina (e arrisco dizer, até mesmo entre as masculinas): Celine Dion. Mas eu prometo a vocês que não vou falar de Celine no post todo. Vou deixar para o final, para evitar puxa-saquismos.
O show criado e dirigido pelo mesmo diretor do Cirque du Soleil, Franco Dragone, é simplesmente magnífico. O teatro construído em Las Vegas especialmente para este projeto de Celine Dion, recebe o show "A New Day", sempre com novidades, há quatro anos. Mas o que posso falar do show é somente o que vi no DVD, claro.
A direção de arte e a equipe técnica é impecável. A coreografia é magnífica e a imensidão de bailarinos com movimentos milimetricamente estudados dão um ar de excelência que o espetáculo precisa e merece. Sim, porque é muito mais que um simples show: é uma mistura de teatro, ballet, música e até cinema, no caso, musical. Isso porque um telão de alta resolução instalado no fundo do palco casa os movimentos do show, e insere todos no clime da música. Entramos no meio das ruas movimentadas de Nova York, revemos as apresentações de Frank Sinatra cantando ao lado da musa, vamos ao céu com os voos de pombos e o luar, passamos a noite e o amanhecer em ruínas que lembram as construções gregas. O telão faz pegar fogo no palco, faz nascer uma árvore que se consome ao fim da canção e, mais incrível: não no telão, mas no palco mesmo, sobem escadas, árvores, homem-flor e toda espécie de pirotécnica possível para deixar tudo ainda mais encantador.
Os aparatos tecnológicos são incríveis. Os bailarinos ficam suspensos em cabos de aço para simular um andar de bicicleta nos ares, o carregar do piano fora da gravidade, uma noiva flutuante, ou quadros com pinturas humanas vivas. Mulheres se balançam vestidas de anjo e lustres enormes pousam quase sobre o chão em certa música.
A parte musical também é igualmente impecável. A banda, escondida debaixo das escadas, faz aparições esporádicas e só em certa música; fica mais elegante, embora vejamos pouco os responsáveis pelos melhores arranjos ao vivo que já ouvi. É incrível como um teclado e um piano, instrumentos aparentemente iguais, podem se complementar. Mesmo as músicas mais antigas e até batidas de Celine ganham um encanto especial, tamanho é o poder da banda de transformar uma única música num verdadeiro show, um espetáculo emocionante. A iluminação, sem dúvida, é perfeita para ajudar nessa sensação também.
E para finalizar, é claro, não poderia deixar de falar dela, da estrela maior: Celine Dion. É incrível a potência vocal dessa mulher. Eu já apreciava o trabalho dela, mas nem tanto. Passei a admirar incondicionalmente depois de ver esse show que é uma verdadeira obra-prima, impecável. Celine consegue desde segurar uma nota aguda por longos segundos - arrisco dizer minutos - até interpretar canções com notas graves e mais calmas, sem os habituais "berros" da musa. Das mais lentas e românticas, às mais badaladas e animadas, Celine não perde a elegância. Interpeta canções em francês, italiano, canta com um vídeo de Frank Sinatra perfeitamente bem, interaje com os bailarinos e a plateia e tem uma presença de palco que é até dispensável comentar. Não tem o que falar sobre a voz de Celine. Ao primeiro tom, a primeira nota, a primeira palavra proferida pelo seu timbre maravilhoso, ficamos pasmos pelos 90 incansáveis minutos de show.
O DVD tem extras. Nenhum em português. Vemos os bastidores do show, do momento que a cantora sai de casa até a hora que ela volta, depois do show. Encontros com fãs do mundo todo, inclusive com dois brasileiros, e entrevistas sobre a história do show "A New Day".
Vale a pena conferir. Pra quem não gosta de Celine Dion, pelo menos uma música ou outra. Para quem gosta dela, o DVD é um ótimo investimento. O encarte é muito bem trabalhado e as fotos fazem jus a grandiosidade do espetáculo.
Simplesmente magnífico, marcante, inesquecível. Eu ainda vou para Las Vegas...

Lá no Set Sétima tem a crítica de "Foi Apenas um Sonho", filme que reuniu novamente o casal de "Titanic": Kate Winslet e Leonardo di Caprio. Dessa vez, não tem Celine Dion com "My Heart Will Go On", não.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Críticos de música no Brasil

Eu já não gostava do Ed Motta. Aí certo dia um crítico de música de O Globo foi no "Altas Horas", do Serginho Groisman, e o tal cantor falou horrores dos profissionais da imprensa que criticam música. Eu achei aquilo medonho, infantil; uma verdadeira falta de humildade. Um cara se achando o cantor máximo e o todo-poderoso. Nas palavras do Ed Motta: "eu acho repugnante esses críticos porque eles não entendem nada de música e ficam falando de todo mundo!". Ponto. Não que eu fosse defensor da causa dos críticos de música, mas eu achei aquela declaração baixa. E a plateia (agora sem acento) vaiou o Ed Motta, claro. E apaludiu o tal crítico quando este tomou a palavra novamente.
Pois bem. Alguns meses se passaram e eu consegui um estágio num jornal aqui da cidade: o A Notícia. Eu estagio no caderno de "Variedades" que deveria ser de cultura, mas, enfim, isso é outro assunto. O fato é que eu cheguei bem na época de se fazer balanços do que aconteceu pelo ano, e o crítico de música e colunista do caderno no jornal convidou vários críticos e autores de blogs musicais espalhados pelo país (uns dez, acho) para fazerem uma lista, cada um deles, das dez músicas que marcaram 2008. E nesse momento eu lembrei do Ed Motta, e passei a pensar com mais carinho no que ele tinha dito.

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Eu não sou nenhum entendido de música (pois só escuto minha tribo, mas tenho banda e noções de notas, arranjos e vocal), mas percebi que dos dez conjuntos de músicas escolhidas por todos os críticos, só duas não eram rock n' roll: um citou um pop (Madonna) e outro, gospel (Oficina G3, que não deixa de ser rock). Além disso, afora Oficina G3, nenhum era brasileiro.
Até aí tudo bem. Mesmo eu que não escuto rock n' roll do estilo Guns, ACDC, Iron Maiden, U2, sei que os maiores nomes da música internacional se hospedam nessas bandas e em tantas outras mais no rock, justamente por ser um tipo de música que vai exigir um arranjo trabalhado (mas não só o rock), uma distorção inovadora na guitarra e uma considerável potência vocal. Mas o que me chama a atenção é a bitolagem (ou bitolação?) dos críticos de música de TODO o Brasil.
Eu passei a investigar e descobri que a maioria dos críticos de música do nosso país tem raízes roqueiras. Isso é completamente explicável, pois é difícil um cara que gosta de Madonna, ou da banda Calypso se interessar em aprender música: eles só querem escutar, ao contrário de quem gosta de alguma banda de rock. Mas o problema é que muitos acabam achando que não existe outro tipo de música além do rock.
Digo isso pois com frequencia (agora sem trema) escuto: "ah, porque Alexandre Pires é isso, porque Victor e Leo é aquilo, porque O Rappa é pop demais, porque tal cantor é aquilo outro...", enfim. No fim das contas, poderia explodir todos os cantores pop, sertanejo, axé, pagode, samba e sobreviver só o rock que a música, então, seria boa e completa. Isso que me frustra, sabe?
Eu tenho opiniões pontuais sobre música. Não tento seguir esse caminho, pois tenho a consciência de que eu não vou conseguir escutar um disco do Sepultura falando mal de Jesus e entendendo só berro, porque não vou conseguir apreciar a musicalidade daquilo, embora eu saiba que tem! Em algum lugar que meu gosto não deixa ver, mas tem!
Diferente de outros críticos que, como eu falei, acham que a música se reduz ao rock. E cadê o nacional? Poxa! Titãs, Paralamas do Sucesso são monstros nacionais e não são considerados! Alcione, Jorge Aragão são ícones do samba e nunca leio uma crítica deles! E lá fora? Celine Dion é a maior potência vocal que eu conheço e eu nunca li nada, nenhuma crítica, nenhuma nota ou lembrete do trabalho dela por aqui. E até mesmo a música sertaneja que faz parte das raízes do Brasil é desvalorizada. Será que quem canta música sertaneja faz isso por hobby? Será que os caras não entendem nada de música nem estudam, pensam, planejam pra fazer um disco? E a banda Calypso que faz tudo sozinha: coreografias, composições, shows, gravações, distribuição... será que não merecem um pouco mais de atenção?
Não estou dizendo que tudo isso é bom ou ruim. Só digo que há mais coisas a serem analisadas que o próprio gosto. Falar do que eu gosto, eu escrevo aqui. Agora se eu vou ser um "balizador" do que sai na indústria fonográfica, e principalmente, se eu sou jornalista, eu devo ser imparcial ali também. Há muitas outras coisas a serem analisadas. O meu gosto é meu. O meu trabalho é do público. Portanto, aqueles que, por causa do seu gosto, não conseguem ver musicalidade no que não gostam, por favor, não critiquem música! É um erro, um desrespeito e uma desconsideração com o trabalho de muitos artistas mundo afora.

Obs. 1: Sim. Eu sei que tem duplas sertanejas, de pagode e samba que não agem com o profissionalismo desejado. É esse o papel do crítico, então: separar o joio do trigo. Não dizer que é tudo farinha do mesmo saco. O rock também está cheio de trabalhos duvidosos (Nx Zero, Fresno...)
Obs. 2: Não disse que o que eu citei é bom. Ou ruim. Só disse que todos têm que ser olhados e analisados de igual forma. A Joelma da banda Calypso é uma tristeza cantando, eu sei... Mas alguém parou pra analisar a evolução dela?
Obs. 3.: Eu não estou aqui falando do meu colega de trabalho crítico de música. Eu estou falando de alguma maioria de críticos pelo Brasil. E não só de críticos: jornalistas em geral e músicos mesquinhos também que acham que só sua tribo faz boa música. Como diria a propaganda da Coca-Cola: viva a diferença!
Obs. 4: Não sou contra nenhum estilo musical. Respeito todos! Então, por favor, respeitem o meu.


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domingo, 16 de março de 2008

O preconceito musical




Bem galera, não tenho idéia de nada melhor para postar porque minha cabeça está cheia e meu tempo é curto. Mas vou compartilhar algumas reflexões que fiz essa semana e que acho que é sempre interessante discutir essas coisas. A questão do preconceito. Sabemos que seja lá do que for, preconceito não é uma coisa legal. Mas vou falar de um que eu vivo: o preconceito musical.

Eu fico puto com uma coisa: tem tanta porcaria por aí e as pessoas ficam me julgando pelo que eu gosto de escutar! Poxa vida! Eu vou citar um exemplo: o funk. Esse é um estilo musical que eu acho medonho, de mal gosto e porque não dizer uma afronta à capacidade humana de produzir coisas construtivas. Mas eu sei olhar os dois lados e conheço alguns funks que não têm aquelas letras baixas.
É a primeira vez que falo isso. E... tá certo que estou falando na internet, pra todo mundo ler, justamente a primeira vez que falo desse jeito. Mas há uma diferença básica entre o que falo de funk e o que as pessoas falam do que eu escuto. Eu não julgo o funkeiros e funkeiras e para tirar tais conclusões eu me dei ao luxo de ouvir um álbum inteiro. Então não é preconceito e sim um conceito formado. E tem um monte de coisa que não gosto e nem me dou ao trabalho de ouvir. Mas não fico julgando, até mesmo porque não tenho argumentos, afinal, não conheço!
Vamos falar às claras, então: Juliano, qual o preconceito que tu passas? Bem, eu gosto de ouvir Wanessa Camargo. Sei que quem leu isso explodiu em risadas agora e ficou pensando: "puxa vida, não tinha algo melhor para escutar?". Se você pensou isso, parabéns! Você é um preconceituoso! A não ser que você conheça realmente a carreira dela para tirar tal conclusão. Eu não vou defender ela aqui, pois não é o objtivo. Mas para que fique claro, Wanessa não é mais a mesma desde que gravou "O Amor não deixa", seu primeiro hit que, aí nem eu gostava da "filha do Zezé".
Eu digo isso pois existe na nossa sociedade alguns esteriótipos tais como: rock é coisa de jovens e adolescentes, funk e hip hop é coisa de puta e maconheiro, sertenejo é coisa de velho e por aí vai. Aí entra aquelas coisas do tipo: Wanessa Camargo é coisa pra criança, mulher e gays... Bem, até mulheres sofrem de preconceito. Já ouvi relatos de meninas serem chamadas de lésbicas por gostarem da referida cantora.
O que faz as pessoas pensarem isso? O que tem na cabeça das pessoas para dizerem tais coisas? A música é algo muito pessoal. Como o banho. Uns preferem mais quente, outros gostam mais frio. Uns mais demorado, outros desejam ser rápidos. É muito individual. Da mesma forma, a música reflete a nossa personalidade e a gente se identifica por uma série de fatores. Não existe um dia que a gente coloca um monte de CDs na nossa frente e escolhe o que a gente vai gostar e ouvir dali em diante. É por empatia, identificação. Quem fala atrocidades e define esses jargões para ouvintes dos diferentes tipos de música é porque não entende nada dessa arte.
Nenhum crítico musical fala de algo no achismo. Ele ouve para tirar conclusões. As pessoas deveriam começar a fazer esse exercício. Assim, quem sabe, todos se respeitariam mais e ouviríamos músicas de melhor qualidade no nossa dia-a-dia.