sábado, 19 de dezembro de 2009

Sinopse de "Em Busca do Reinado"

Então galera! Saudades de todos vocês. Foram quase seis meses de ausência, mas as coisas andaram corridas mesmo.
Pra compensar, prroduzi um vídeo bem bacana contando a sinopse da história na qual estou trabalhando agora e que dá o nome a este blog.
Pra quem quiser entender um pouco de onde surgiu o nome maluco que eu dei para este espaço e conhecer um pouco das minhas invencionices, não deixem de curtir o vídeo.
E se não for pedir demais, comentem e divulguem!

Obrigado, galera! Forte abraço!




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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Uma visita ao set


Então galera. O Andarilho não tá atualizado, mas tem post novo no outro blog: Set Sétima.

Tem "Harry Potter e o Enigma do Príncipe" e "A Era do Gelo 3" pra dar uma conferida! Boa visita!

domingo, 21 de junho de 2009

O dia em que o Brasil parou: jornalistas por formação, já!

Essa semana o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu por encerrar a discussão a respeito da formação jornalística. Ou seja, para o STF, jornalista não precisa ter diploma de curso superior.
Abro outro parágrafo, pois não me cabe fazer aqui uma defesa do diploma jornalístico. Até mesmo porque eu sou suspeito em falar. Estou no quarto ano da faculdade e desde que entrei tenho trabalhado duro para, sozinho, custear meus estudos ralando de sol a sol, muitas vezes sujeitando-me a empregos que não gostava para lutar por um sonho. Sim, quase maioria dos estudantes no mundo faz isso, é verdade. Mas eles sabem que depois de formados, só eles poderão exercer a profissão que escolheram. Cada profissão tem a sua peculiaridade que só a academia pode esclarecer as dúvidas e ensinar as técnicas, práticas e teorias para o exercício da profissão.
Mas essa semana descobri que todo esse meu esforço foi em vão. Incrível como pessoas que deveriam ser inteligentes, como o Ministro Gilmar Mendes, até pelo cargo que ocupa, tem uma visão tão imatura de uma atividade tão importante para a sociedade, capaz tanto de reparar os maiores conflitos, quanto de cometer os mais fatais erros para uma nação.
Como sou suspeito em defender o diploma, vou discorrer apenas sobre fatos previsíveis em decorrência dessa infeliz decisão do STF. É claro, vou acabar, consequentemente, defendendo o diploma.
Eu sempre escrevi bem (é o que dizem). Nunca tive grandiosas dificuldades com as letras. Desde o primário, as professoras elogiavam minha capacidade de formular e organizar minhas ideias. Ganhei vários prêmios por redações feitas na escola do ensino fundamental. Comecei a escrever contos, crônicas, poesias e romances na quarta série, com 10 anos. Minha pontuação em todos os vestibulares que eu fiz foi excelente, salva, principalmente, pelas redações (inclusive na Federal, só não passei pela alta concorrência, mas minha colocação foi satisfatória para quem nem cursinho havia feito). No entanto, na minha primeira nota em Redação Jornalística I, no segundo semestre de curso, foi ridícula, desesperadora, estupidamente preocupante. Pensei: "será que por toda a vida escrevi tão mal assim?".

Entrar em uma redação de jornal sem ter as mínimas noções de lead e pirâmide invertida, o be-a-bá, o verbo to be jornalismo é um crime à nossa sociedade. E foi justamente por eu não saber nada disso que minha primeira nota foi tão ínfima. Aos poucos, fui aprendendo e cada vez mais aprimorando meu texto. Sim, é escrevendo que se aprende, não há outro jeito. Mas o almejante a médico não entra num hospital e mata um monte de gente até aprender a operar. A comparação é grave demais? Então porque maioria dos meus leitores detesta a Rede Globo? Se informação é algo sem importância, mídia nenhuma nos incomodaria de nenhuma forma.
Escrever bem não é sinônimo de ser um bom jornalista. O texto do advogado é diferente do texto de um técnico que escreve manuais, que é diferente do texto do médico. Que é diferente do texto jornalístico. Cada um aprende sua forma de escrever. O curso que tenho e minhas escritas ao longo da vida não seriam suficientes para me fazer redigir um bom contrato, ou escrever um manual de instruções. Tudo isso deve ser aliado à teoria, a um conhecimento científico e específico daquela profissão. Daí alguns justificam: "ah!, mas jornalista não entende de tudo!". Realmente, não entende. Mas o ofício do jornalista não é ser multidisciplinar. É saber perguntar, saber escolher a fonte e tirar dela as informações que precisa. E quem não é formado pode até ser um curioso nato, capaz que arrancar as informações mais confidenciais de quem quer que seja, mas muito provavelmente não terá nenhuma noção de ética profissional e, pior ainda, não saberá traduzir às pessoas aquilo que apurou; num texto construído, como já disse, não para um jornal e sim para qualquer outra coisa.
E jornalismo não é só escrever. É a base de tudo, é verdade. Mas não se resume a isso. Cérebro de camarão quem pensa que é só isso.
E para deixar a vida da sociedade ainda mais complicada, tem as novas tecnologias, tal como a internet. Se nem entre jornalistas profissionais e empresas de longa data no exercício jornalístico, multimídias e nem as academias encontraram a forma exclusiva da linguagem da internet PARA O JORNALISMO, porque um açougueiro saberia? Ou um historiador? Ou um advogado? Ou um economista? Desde meados de 2002 a internet já tem um alcance considerável. Já faz mais de sete anos e não se encontrou a solução, e agora abrimos oportunidade para, mais uma vez, um pequeno grupo de empresários interessados somente no lucro descobrir essa nova linguagem. Já não bastou a televisão, o rádio... passaremos pela mesma mazela justo na "era da informação"?
Em nota, eu já soube do pronunciamento da Rede Globo e do Grupo RBS (Rede Brasil Sul, afiliada da Globo e terceiro maior grupo de comunicação do país, com atividade em SC e no RS). Ambas defenderam a decisão do Supremo, confortaram escolas e alunos, dizendo que o curso não perderá o seu valor e que continuarão contratando aqueles que tenham formação. Mas dizem ser importante que o diploma não seja uma exigência para que faça parte das redações, também, especialistas "para uma informação de maior qualidade".
É necessário que tenhamos em mente que não passar por um banco acadêmico torna qualquer pessoa mais manipulável, pois não há discussão, análise, estudo social, econômico, político, antropológico e histórico do nosso planeta para que a pessoa desenvolva o nível de senso crítico necessário para entrar na mídia. Tudo isso há na faculdade. Quem não senta nessas cadeiras, é catequizado na bíblia dos grupos midiáticos, toma aquilo como regra e repassa no seu exercício, então, pseudojornalístico, formando uma sociedade cada vez menos crítica. Exemplo disso? O próprio recurso contra o diploma jornalístico que só se tornou conhecido publicamente depois que foi julgado. Para as empresas não era interessante que a sociedade participasse dessa discussão. Assim como não é interessante pagar um salário justo para o profissional da imprensa (que já não é justo), nem mesmo ter no seu quadro de funcionários pessoas questionadoras, mais preocupadas com o exercício social da profissão, do que com os interesses econômicos dos seletos grandes conglomerados de comunicação do nosso país. Eu sei que é num desses que vou trabalhar, talvez. Mas a academia me torna forte suficiente para me dar noção de onde estou e não me deixar corromper.
Meu último texto aqui no Andarilho foi sobre Assis Chateubriant. O cara que envenenou as veias do bom jornalismo que nosso país poderia ter. A TV tornou-se fantoche dos grandes empresários, e os jornais, salvo as exceções, venderam-se à publicidade, graças a Chatô. Se alguém quiser saber o "jornalista" que ele era, procure algum artigo que ele tenha escrito. Você vai ter uma aula de como não fazer jornalismo. Chateubriant era advogado. Nada contra os advogados, mas ninguém ainda conseguiu plantar uma árvore no meio do mar. Como dizia o antigo ditado: cada macaco no seu galho.

domingo, 7 de junho de 2009

Chatô: o Rei do Brasil

Analisar “Chatô – o Rei do Brasil” nos obriga a pensar de várias maneiras diferentes. Não podemos deixar de considerar a importância de Assis Chateubriant para a história da imprensa nacional, ao mesmo tempo que não podemos deixar de odiá-lo e, outras vezes, de torcer pelo pivete gago e analfabeto obrigado a viver por uns tempos no sertão do nordeste brasileiro com os avós.
Mas despertar todos esses sentimentos pelo personagem principal é primor de Fernando Morais que, com maestria, consegue fazer do livro um verdadeiro passeio de montanha russa. Temos que tomar cuidado para não nos pegarmos roendo as unhas ou urrando com socos estridentes sobre a escrivaninha que apoia o livro durante a leitura – gesto repetidamente comum na vida do jornalista-advogado – devido à raiva, inquietude e sentimento de injustiça que as páginas nos revelam do monstro feito gente, “atolado no capitalismo”, como o próprio se denominava, e sujeito prepotente julgando estar acima da lei.
A narração de Fernando Morais nos introduz no livro como se fosse, de fato, um romance, uma ficção. Tal sensação só é afugentada quando nos deparamos com personagens conhecidos da história do país, como Getúlio Vargas, Machado de Assis e Juscelino Kubitschek. Ou quando viajamos pela lendária reputação da revista O Cruzeiro, ou com a inauguração do Correio Braziliense, presente até hoje no jornalismo do nosso país. E até mesmo quando descobrimos o jeito inusitado que foi introduzido em nosso país um dos meios de comunicação mais influentes na sociedade atual – a televisão. Acompanhamos tudo isso de camarote, sujeito às emoções dos que estiveram presentes em casa fato, às tristezas daqueles que perderam reputação, dignidade, posição social devido às calúnias e injúrias esparramadas por Chatô nos editoriais da sua cadeia de diários, ou, quando a “acusação” era mais pesada, a falsa nota “a pedido” assinada por um pseudônimo.
Assis Chateubriant era um exímio jornalista, sem dúvida. Em sua primeira viagem internacional – ainda sem ser o dono dos Diários Associados – entrevistou todos os personagens aos quais tivera ou não oportunidade de conversar, e usou de todos os argumentos possíveis para conseguir o que queria. Mas ao mesmo tempo era a pessoa mais preocupada com o seu nariz e seus interesses próprios que o Brasil tem conhecimento público: foi capaz de tirar a filha (não reconhecida) dos braços da mãe, mudar a legislação brasileira para isso, pelo simples prazer de tirar a guarda da mãe. Ou dispensar um antigo aliado nos negócios para garantir sua posição de rei do seu império.
Falcatruas, não-pagamentos e funcionários que sofriam com o gênio difícil do patrão; preocupado, sim em fazer um bom jornalismo e ter qualidade em tudo o que era produto seu, mas distante da honestidade nas contratações, mais longe ainda do cumprimento das promessas e palavras (considerava promessa coisa de político) e, ainda assim, não saía da política e chegou até a se candidatar.
Um sujeito contraditório, mas personagem vivo e real em todos os lugares frequentados e situações narradas. Fernando Morais consegue reproduzir fatos, diálogos e localidades com os mínimos detalhes, provando toda sua capacidade e apreço nas apurações e entrevistas. Pensava eu “quantos entrevistados, quanto tempo de conversa, quanta pesquisa, quantas consultas para adivinhar até mesmo as confissões e pensamentos de Chateubriant, que não eram meros pensamentos inventados: eram decisões que tinham consequências. Eram sistemáticos e se reproduziam em fatos dali meses ou páginas adiante. Enfim, “Chatô – o Rei do Brasil” é tão incrível quanto seu protagonista, mas em lados opostos. Enquanto o livro e sua construção inspiram ares positivos, a história desse sujeito “mais temido do que amado”, como simplifica a contracapa, mancha a história da imprensa brasileira em feridas que até hoje sangram nos meios de comunicação do nosso país.

domingo, 10 de maio de 2009

A infeliz hipocrisia

A coisa que mais detesto em um ser humano é ele "se achar". Isso é algo que definitivamente não me passa na garganta. É intolerável. Agora, tão desagradável quanto alguém que "se acha" são pessoas hipócritas.
Essa postagem é meio que uma continuação do que eu escrevi na semana passada. Mas no último post eu falei especificamente de atitudes hipócritas. Hoje, eu me refiro mais aos hipócritas, pessoas.
Antes de cometer o erro de eu mesmo ser hipócrita neste texto, vou deixar bem claro: claro que em alguns momentos da vida, até mesmo sem querer, acabamos cultivando a hipocrisia, da mesma forma que nos contradizemos em várias instâncias da nossa vida. Ou seja, algum dia eu já fui hipócrita. Mas existem aqueles que alimentam esse defeito sem se dar ao trabalho de, na plenitude da sua "inteligência" perceber que eles mesmos estão sendo ridículos.
Mas o bom disso tudo é ver como aquele famoso ditado "a língua é o chicote da bunda" realmente tem efeito. Essas pessoas caem em seus próprios erros e tropeçam nos seus argumentos e palavras e acabam revelando a podridão que existe nelas por elas próprias.
Isso acontece muito no campo religioso, e como participante da Igreja, acabo vendo muito disso. Não só na minha Igreja, mas em outras também, cristãs ou não.
Na política presenciamos um mar de hipocrisia e chega até arder o estômago se formos pensar caso a caso. E em toda petulância de muitos governantes eles acabam "se safando" jogando hipocrisia em cima de hipocrisia.

domingo, 3 de maio de 2009

A falsa inteligência

Principalmente no meio acadêmico vemos uma multidão de gente se dando e se pagando de inteligente e "sabe tudo". Espantoso é ver que não só lá, mas muita gente que escreve artigos pra jornais fala besteira em nome da sua "razão".
O que me motiva a escrever isso são as milhares de bocas e mentes que vivem proferindo a todo canto inverdades sobre coisas que eles simplesmente antipatizam. Para ser claro, posso citar uma data recente como exemplo: a Páscoa.
Todo mundo tem direito de acreditar ou não em Deus, de ser ou não cristão, e isso eu já falei muito aqui. Mas o que eu acho ridículo, hipócrita (e mais sobre o meu pensamento a respeito dessas pessoas vou falar na semana que vem) são aqueles que falam um monte de asneira para tentar difundir aquela velha tática: de tanto espalhar e repetir uma mentira, ela acaba virando verdade.
Deixa eu pôr tudo isso em ordem cronológica (como sempre faço) pra entender melhor:
A Páscoa é uma festa que nasceu no judaismo, onde estes festejam e relembram uma passagem na história deles em que Moisés libertou o povo israelita que estava escravizado no Egito pelo Faraó. Para fugir dos chicotes dos egípcios, Moisés fugiu com o povo para o deserto atravessando o Mar Vermelho que, segundo o Torá (Bíblia judaica) e a própria Bíblia Cristã, repartiu-se ao meio e o povo passou a pé enxuto com paredes de água dos dois lados.
Milhares de anos depois, um homem chamado Jesus, nascido em Nazaré, percorre toda a região do Oriente Médio pregando por três anos o amor. A falta de rigidez, a simplicidade do homem e o bem que ele fazia acabou por irritar alguns poderosos que ordenaram a morte do tal "profeta" justamente na sexta-feira anterior à comemoração da Páscoa judaica.
O cristianismo conta, então, que no domingo, terceiro dia depois da morte de Jesus, ele teria ressuscitado. Ponto. Essa é a história da Páscoa.
O primeiro na história de perversão de toda essa comemoração ESTRITAMENTE RELIGIOSA começou a espalhar, então, que na Páscoa, um coelhinho punha ovos de chocolate e distrubuía às criancinhas.
Acontece que quem inventou isso (eu não sei quem foi) baseou-se em alguns símbolos que fazem parte da Páscoa realmente. O coelho é símbolo de fertilidade. O ovo representa a vida, o nascimento. Só o chocolate que não sei de onde tiraram. E aproveitaram tudo isso, colocaram tudo no mesmo liquidificador, bateram, e transformaram a Páscoa em puro comércio.
Não vejo maldade nenhuma nisso, desde que não se esqueça do verdadeiro sentido da Páscoa. E também que não ridicularize quem não pôde comprar um ovo e levou só uma barra. Afinal, o comércio também precisa sobreviver de alguma coisa. Não defendo o capitalismo doentio, tudo tem um limite. E até um certo ponto, coelhos que põem ovos de chocolate não me incomodam.
O problema é que tem gente que é intolerante. E já existem outros infelizes querendo espalhar outra inverdade e fazer torná-la real naquela fórmula da repetição da mentira pra virar verdade: dizem que a Páscoa é só consumismo, capitalismo, jogo de poder, enriquecimento dos mais endinheirados e toda aquela coisa.
Volto a repetir: não gosta do cristianismo?, fica na tua! Se fosse uma celebração dessas religiões "modernas", ou orientais, ninguém estaria criticando. Daí me diriam: "Ah, mas as religiões orientais não têm apelo capitalista". Não? Quanta gente que tá fazendo a vida por aqui aproveitando-se das modas orientais? É só parar pra reparar.
E deixo claro: aqui não estou falando mal das religiões, da cultura, ou de quem segue algum tipo de crença "moderna", ou oriental. Estou criticando todos aqueles que se dizem inteligentes, mas que na verdade são defensores das suas ideias particulares e egoístas, e não "cabeça aberta", gente que respeita todas as culturas e povos, como costumam se proclamar.
Se tem alguém fazendo coisa errada com a Páscoa, a culpa é desse alguém, não da Páscoa. Quem respeita índios, negros, homossexuais, deficientes físicos e mentais, budistas, ateus e sei lá mais que personagens discriminados na nossa sociedade, também deve saber respeitar católicos, protestantes, evangélicos, no mesmo nível. Maioria ou minoria, todos temos direitos iguais.
Repensemos nossos conceitos, e cuidemos para não entrarmos no grupos dos "pseudointelectuais", ou "falsos inteligentes".

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Beto Carrero World

Depois de mais de mês sem novas postagens, volto à ativa num assunto de pouco rendimento, mas, ainda assim (pra mim), interessante. Não se propõe, no entanto, a ser mershandising. Muito pelo contrário. É uma experiência minha, meus sentimentos em relação a este lugar.
Em 2001 foi a primeira vez que eu fui no Beto Carrero. Na ocasião, o valor promocional do passaporte era R$ 15. Eu tinha 12 anos, nunca tinha visto uma montanha-russa na vida, tampouco passado um dia tão divertido na minha história e, por isso, aquele dia me marcou tanto que o parque, um dos maiores do mundo e o maior da América Latina, passou a ser uma das minhas rotas prediletas.

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Oito anos se passaram e ontem eu fui pela 9ª vez. O passaporte promocional é, hoje, mais caro que o preço normal que quando eu fui pela primeira vez: R$ 60. Mas o que é capaz de fazer eu gostar tanto desse lugar? Enumero:

Por ser um parque temático, eu, na minha fértil imaginação, imagino horrores de coisas. A cada rua do parque eu me deparo com uma história, com o "Era uma vez" de um livro, ou com a abertura de um filme. Seja na Ilha dos Piratas, no Velho Oeste, ou num passeio de trem pelo tempo e na era dos dinossauros. Sempre volto de lá carregado de inspiração, pesado de "bagagem imaginativa" e saciado de fantasia e adrenalina.

Pelo fato de Beto Carrero ter sido um cowboy, cavalo é o que não falta. E é incrível ver tantos animais - um dos meus prediletos - de várias raças, cores e tamanhos. Desde o mais desconhecido, até o famoso companheiro do falecido João Murad: o Faísca. E o que mais chama a atenção é o cuidado com que os animais são tratados. Respeito, carinho, higiene. Além de todo o gigantesco zoológico com diversos animais: algo que não é tão fácil de vermos com frequencia: zebras, girafas, elefantes, leões, ursos e uma verdadeira fauna de mamíferos e aves.

E pra deixar o dia de qualquer um que passa por lá ainda mais incrível claro que tem os brinquedos. Atração principal que transforma o dia de todo mundo. E, apesar de não serem muitos (os radicais), mas são caprichados.

Ontem fui na nova montanha-russa. Inaugurada em 28 de dezembro, alguns navios fizeram o translado, duzentos e poucos caminhões percorreram escoltados na BR-101 sul, interditada especialmente para o transporte. Tudo isso para botar de pé a maior montanha-russa da América Latina, única invertida do Brasil (com os trilhos sob a cabeça e os pés suspensos), numa queda de 40 metros a 100km/h, uma paisagem exuberante e um trajeto que passa por cima de um rio. Andar ali é uma experiência sem explicações. Fenomenal. Valeu a pena a fila de uma hora.

Além de todos os outros já conhecidos: a Star Montain, o Elevador, Tchibum, Império das Águas, Big Tower (que eu não fui dessa vez, faltou coragem) entre tantos outros.
E pra encerrar, um show que mistura comédia e bang-bang, numa lenda criada para contar a história de Beto Carrero, conforme ele sonhava em ser conhecido: o Zorro brasileiro.

Sei que existe nesse mundo (e isso é assunto para outro post) pessoas de vários tipos que sempre querem ver "sem gracisse" nessas coisas. Que não entendem o que é sonho e fantasia e o quanto tudo isso faz bem pra gente. E pior ainda são aqueles que sempre atribuem a realização do sonho à desonestidade.

A história de João Murad e tudo o que ele conquistou me enche de esperança e confiança, e talvez seja por isso que eu goste tanto daquele lugar. Ele sonhou em ser o "cowboy brasileiro" e, apesar de título não tão popular, não houve outro além dele. Ele sonhou em construir a "Disney brasileira", e ergueu. Não está pronta, e nem é tão majestosa quanto o parque americano, mas está no caminho certo. E tudo começou simplesmente com um circo.

Os maldosos, como disse acima, costumam atribuir essas coisas à atitudes desonestas, como "vender a alma". Eu até acredito que João Murad tenha vendido a alma, mas não para o diabo. Vendeu para os seus sonhos, para seus músculos e suas ideias. Vendeu para sua mente, para, com força de vontade, arregaçar as mangas e lutar por aquilo que ele queria. E tudo foi tão intenso e verdadeiro, que contagia a cada um de nós quando entramos lá e nos entregamos às viagens que cada metro quadrado do parque nos proporciona embarcar.

Sem dúvida, cada passo é uma aventura radical.



Fotos: no alto, o letreiro gigante na entrada da Fire Wip e um pedacinho dela. Foto minha
Aqui embaixo, foto de divulgação dos loopings da Star Montain

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