terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Os Filhos de Húrin

Não foram muitos os livros que J. R. R. Tolkien deixou concluídos e revisados, com uma história completa e longa, assemelhada a um romance. Entre as mais conhecidas estão O Senhor dos Anéis e O Hobbit. Livros como O Silmarillion ou Contos Inacabados são compilações de diversos escritos que Tolkien havia feito ao longo da vida e deixara inacabados, desconexos e separados uns dos outros, incoerentes e contraditórios. Numa tentativa de organizar tudo isso, Cristopher Tolkien, filho do autor, editou esses dois últimos, reunindo os textos mais coerentes e procurando mater vivo o legendarium do Professor.
Com esse Os Filhos de Húrin (The Children of Húrin, Martins Fontes, 2009, 335 páginas, R$ 69,90), a lógica é a mesma: uma reunião de escritos que Tolkien havia feito mesmo antes de começar a escrever O Senhor dos Anéis, em 1937, até os anos posteriores ao lançamento do seu mais famoso romance. Mas a diferença deste lançamento em relação aos outros livros que Cristopher Tolkien tem editado, é que Os Filhos de Húrin não se trata de vários contos complexos e desconexos como em O Silmarillion, por exemplo. É uma história corrente, completa e coerente, que já era conhecida brevemente pelos escritos em O Silmarillion e Contos Incabados: ambos contam, cada qual da sua forma, mas sem mudar o rumo dos fatos, claro, o destino dos filhos de Húrin.

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Se já conhecemos a história, o que tem de tão interessante neste lançamento? Eu respondo: muitas coisas. Talvez não seja relevante para quem, como dizia o próprio Tolkien, "aprecia o livro apenas como 'romance heróico'"; estes nem leram os Contos, nem O Silmarillion, portanto, não sabem do que a história fala e fariam bem em conhecer Os Filhos de Húrin. Mas aqueles que já conhecem a história, provavelmente gostam de Tolkien e também não farão mal em ter mais este livro na estante.

A obra relata o sofrimento que a família de Húrin vive após a maldição imposta por Morgoth, o primeiro Senhor do Escuro, de quem Sauron era apenas um servo. Tal praga acaba por separar a família e impor um destino horrível para Túrin e Niënor, sua irmã.

À caça dos dois está Glaurung, o Senhor dos Dragões, terrível e poderoso. Uma história sombria, fria e triste, mas que revela toda a maestria que Tolkien tinha em criar personagens e dá-lhes personalidades fortes e determinadas, com orgulho e, aparentemente, inteligência própria.

Não vemos, ali, o autor tomando as decisões, mas o próprio personagem, no seu orgulho, decidindo o que fazer.

Grande destaque nesta edição são as ilustrações de Alan Lee, o mesmo que ajudou na criação dos sets de filmagem da Trilogia do Anel. A iluminação e textura que o desenhista dá às paisagens de Tolkien são fascinantes e misturam-se o gótico e o medieval, colaborando ricamente com a linguagem do romance.

Outro ponto interessante é a nova tradução para "anões". Tolkien não usava, em inglês, o plural correto para esta palava; propositalmente. Em inglês, o único plural correto de "dwarf" [anão] é "dwarfs", e o adjetivo é dwarfish. Em seus livros, ele usa "dwarves" e "dwarvish". Por esta razão, os tradutores acharam por bem trocar "anão" por "anano".

Ao final do livro, o editor e organizador, Cristopher Tolkien, oferece um apêndice, contando toda a tragetória de seu pai no que se refere à criação da história dos filhos de Húrin. E, de longe, esta é a parte mais interessante do livro. Pelo menos no contexto atual.

Fica-nos claro o repúdio que Cristopher tem (herança do pai) de todo o legendarium ter se tornado apenas fruto do capitalismo. O herdeiro de Tolkien critica a todo momento a pressão que seu pai sofria das editoras, para que continuasse a contar "alguma outra história de hobbit", depois do lançamento do livro com as aventuras de Bilbo, e que fizera muito estardalhaço na época.

Cristopher culpa a todo momento O Senhor dos Anéis pela perda da linha de raciocínio que Tolkien sofrera, e responsabiliza a aventura de Frodo pelo atraso na criação das histórias dos Dias Antigos da Terra-média. Ele chama O Senhor dos Anéis de "grande intrusão" e diz que Tolkien voltou com outras ideias, muito mais grandiosas e contraditórias da Primeira Era, em relação ao que ele tivera antes dos hobbits.

Mas além das críticas, Cristopher também esclarece as diferenças na versão da história de Túrin contada em O Silmarillion, Contos Inacabados e Os Filhos de Húrin, e lista os nomes que aparecem na história com seus significados. Fechando o livro, um mapa baseado no de O Silmarillion, mas adaptado pelo próprio Cristopher à realidade de Os Filhos de Húrin, omitindo alguns acidentes geográficos e uma ou outra localidade para tornar a compreensão mais facilitada.

Acima de qualquer coisa, é perceptível neste livro o verdadeiro espírito de Tolkien: a maestria das suas palavras, a grandiosidade da sua criação e até mesmo seu pensamento a respeito das coisas envolvendo a sua criação, claramente demonstrado pelo seu filho e herdeiro. Sem dúvida um livro muito interessante e indispensável para qualquer um que realmente goste de boa literatura, complexidade e tenha mente aberta para conhecer cada vez mais da maior mitologia moderna, digamos assim, existente no nosso mundo.

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domingo, 17 de janeiro de 2010

O Andarilho: 2 anos

Há exatos dois anos eu escrevi o seguinte post aqui neste blog:

E eu aqui, em novo endereço... mais um?
Pois é... resolvi priorizar o meu outro blog e focar ele somente para o meu trabalho literário. Minhas indignações, experiências e afins deixarei aqui. Aqui tem link pro outro também e ficarei tão feliz que vocês comentem nesse, quanto naquele. Ambos são importantes para mim.
Em muitos momentos, os assuntos dos dois vão convergir, afinal, meu trabalho (hobbie ou perca de tempo como quiserem) faz mais parte da minha vida que qualquer outra coisa e sinto-me feliz por isso. Tanto é que o título desse blog se refere à TL - Tedawer Lorcb, lugar onde se passa a principal e central das minhas histórias. Se é mitologia, besteira, plágio (isso não, eu juro!), vocês que vão dizer. Moro aqui na Terra, mas sou um inegável andarilho de Tedawer Lorcb. Espero que você também... enquanto estiver na Terra, me faça companhia por aqui, mas não deixe de ir lá em TL pra ser um andarilho também...

O primeiro aniversário do Andarilho eu nem dei muita importância, mas é inegável que qualquer um dos meus três blogs guardam muita coisa de mim. A função do Andarilho é fazer tudo aquilo que eu não conseguiria fazer em algum veículo de comunicação que porventura eu venha a trabalhar. Seja por não vontade do editor, seja por falta de espaço, ou seja pelas limitações publicitárias ou de políticas da empresa que não nos permitem falar algumas coisas. Por mais que eu não tenha noção se alguém lê isso aqui, ou quantas pessoas leem, o Andarilho é muito importante pra mim. Mesmo que eu passe meses sem postar. Eu adoro escrever, adoro que as pessoas leiam o que eu escrevo, e aqui ninguém está me enchendo, dizendo o que eu posso ou não dizer.

Claro que já houve situações que tive de tirar o post, excluí-lo, pois me chamaram de machista, pedófilo, entre outros absurdos. Com isso já perdi alguns leitores, aqueles que certa vez, aqui mesmo, eu chamei de pseudo intelectuais (vide este post).
E fico feliz que aqui no Andarilho, em 53 posts (esse é o 54º), eu tenha tratado de coisas que me inquietam no dia a dia, sendo, de fato, um retrato fiel das minhas andanças em qualquer lugar que eu passe. É como se fosse mesmo a visão de um andarilho, alguém que por fora observa a hipocrisia e gênio das pessoas que fazem o nosso mundo.

Se vocês estiverem com paciência, sugiro a leitura daqueles que são meus posts prediletos. E quando eu for rico, prometo: vou fazer daquelas promoçõezinhas clichê de "o aniversário é nosso, mas quem ganha é você", haha.
Obrigado pela companhia galera, fiquem com Deus e até o próximo post!

Segue o link dos meus posts prediletos:
O maior tesouro... a água
Carta de um ateu
Deus com qualidade, variedade e preço baixo

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O Hobbit depois de Avatar

Pra todo canto que a gente vá, e que lemos coisas sobre Avatar, inevitavelmente aparece em algum trecho do texto alguma citação a O Senhor dos Anéis, de Peter Jackson. Isso por vários motivos: a tecnologia que desenvolveu os Na'vi é um aprimoramento da ultilizada na criatura Gollum, porque a empresa que trabalhou com os efeitos do filme de Cameron foi a Weta, a mesma da Trilogia do Anel, porque o terceiro filme da trilogia de Jackson era a segunda maior bilheteria da história do cinema, mas já perdeu o posto, enfim... tantos outros motivos.
Aos que ainda não sabem, Peter Jackson está produzindo O Hobbit, mais uma adaptação da obra do escritor J.R.R. Tolkien que será lançado em dois filmes nos anos de 2011 e 2012. O diretor será o mexicano Guilermo Del Toro (de O Labirinto do Fauno).

Mas o mais interessante disso tudo é que a Weta - que é uma empresa de Jackson - vai trabalhar em O Hobbit, e isso é motivo mais que de sobra pra esperarmos outra mega produção do cinema, que promete, da mesma forma que Titanic, O Senhor dos Anéis e agora Avatar, marcar a história da sétima arte.

Isso porque Gollum deve voltar. E quem vai viver ele deve ser, mais uma vez, Andy Serkys. Certamente toda a parefernália que criou os Na'vi vão ser usadas em Sméagol. A Terra-média deverá mais uma vez ganhar as locações da Nova Zelândia, mas assim como Mordor era uma terra inexistente naquele país, outros lugares imaginados, como a Floresta das Trevas, onde acontece cenas importantes do longa, devem usar alguns recursos que Cameron usou nas florestas de Pandora. Além, é claro, das crituras: as águias gigantes, as horrendas aranhas, os três trolls que vão lutar com Bilbo e - o mais impressionante, fantástico e aguardado - o dragão Smaug deve ser tudo aquilo que ainda não vimos na face da Terra.

Eu não duvido que estamos prestes a vivenciar outro grande fenômeno da história do cinema mundial, e vendo Avatar, os maiores medos que eu tinha com os novos filmes baseados em Tolkien se escafederam.

Sob a bênção de Peter Jackson e a Weta, O Hobbit tem potencial para fazer acontecer mais uma vez nas telonas do planeta todo. E não será dessa vez que as pessoas vão deixar de ir no cinema. Graças a Deus e seus fiéis servos da sétima arte aqui na Terra.


Obs. 1: Não deixe de ler sobre Avatar no Set Sétima.
Obs. 2: Leia minhas desventuras em série nos dias que passei em Curitiba, em busca de Avatar em IMAX.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Desventuras em série

Primeiros dias de janeiro. Eu e um certo amigo, os dois cinéfilos, resolvem sair de Joinville rumo a Curitiba para assistir aquele novo filme de James Cameron, Avatar, em IMAX. Se acaso você não sabe nem quem é James Cameron nem o que é IMAX, o Google pode te ajudar.
O objetivo da nossa empreitada era ir, assistir o filme e voltar no mesmo dia. Tudo muito rápido e simples, mas um pequeno incidente ainda na rodóviária de Joinville já provou que nossa viagem não iria ser tão simples assim: o ônibus que cumpria a linha Rio do Sul - Curitiba quebrou, fomos obrigados a esperar a troca de ônibus e saímos com meia hora de atraso.

Chegando na capital paranaense, nossos planos de procurar de ônibus o shopping que tem a tal sala de cinema miou, já que não tínhamos mais tempo hábil de arriscar uma perdição por Curitiba. Pegamos um táxi até o shopping debaixo de muita chuva, e debaixo de muita chuva atravessamos a rua (o taxista não nos deixou na porta do shopping) até entrar no centro comercial.

Chegando ao terceiro piso do lugar, onde fica a sala IMAX, nos deparamos com uma fila quilométrica. Logo nos ocorreu a possibilidade de não haver mais lugares para aquela sessão. Encontrei um amigo de Joinville por lá, tiramos algumas fotos da entrada da sala e fizemos piadinhas sobre nossa situação. Logo veio a informação de que estávamos errados. Sessões legendadas só daqui a dois dias!

E agora, o que fazer? Voltar pra casa e desperdiçar o dinheiro da passagem? Ou ficar e encarar uma despesa além da planejada?

Corremos pra procurar alguma posada ou hotel mais barato. Guia Hagah, Google Earth, Fórum Valinor, usamos de tudo, e por fim nossas consultas na lan house não nos ajudaram em nada. Mas a informação da companhia de ônibus que nós poderíamos trocar as passagens sem multa nenhuma nos atiçou a vontade de buscar uma solução de estadia. Se trocássemos os bilhetes três horas antes da marcada não teríamos problema nenhum.

O meu amigo joinvilense que encontrei na fila do cinema era uma solução. Liguei pra ele, mas ele já estava voltando de viagem. Eram dois problemas pra resolver, mas primeiro tínhamos que garantir o ingesso, se não de nada adiantava ficar.

Voltamos à fila. E ela estava ainda maior. Meu amigo olhou pra mim e exclamou: "Não vai dar tempo de enfrentarmos essa fila e chegarmos a tempo na rodoviária pra trocar as passagens!". De fato, tínhamos somente meia hora para comprar os ingressos e voltar à rodoviária.

Eu, como bom super-heroi, fui falar com uma das funcionárias do cinema e expliquei nossa jornada para assistir o tal filme na tal sala. Cordialmente ela levou ao gerente dela nossas súplicas que - embora eu não pudesse contar aqui - nos arrumou o ingresso para uma sessão do dia seguinte. Sessão dublada, ok, não era o que esperávamos, mas ao menos iríamos ver Avatar em IMAX.

Voltei com o troco e os ingressos na mão, tão expressivo quanto Robert Pattison, a pedido da funcionária que pediu pelo amor de Deus que não mostrássemos o ingresso para ninguém. Fiz um gesto com a sobrancelha para que o meu amigo saísse da fila e fomos correndo em busca de um táxi para chegarmos a tempo de trocar as passagens.

Até tentamos fazer o taxista ter dó da gente e ceder um sofá na casa dele para não precisarmos pagar hospedagem. Mas só conseguimos umas dicas de hotéis na frente da rodoviária a preços populares.

Trocamos a passagem com sucesso e escolhemos o hotel menos ruim. E de fato nem era tão ruim. Apesar do elevador quebrado, ele tinha toalhas para o banho, o que era uma preocupação minha, pois só tinha ido com a roupa do corpo.

Saímos pela noite curitibana em busca de um supermercado, onde pudéssemos comprar janta e café da manhã. Ali nada demais aconteceu, a não ser o fato que não havia pão francês e precisamos comprar quatro deles numa padaria que nos cobrou R$ 2 por isso. Absurdo!

Na volta ao hotel, além dos nossos vizinhos de quarto (do andar de cima) que ficavam cuspindo nas nossas cabeças pela janela (uma pista do que vai acontecer no final dessa história), e das conversas sinistras envolvendo demônios e a Dori do Procurando Nemo, nada de estressante aconteceu. Só que meu amigo, diz ele, não dormiu a noite toda, certa hora da madrugada alguém queria entrar no quarto e eu não vi nada. Relatos contam que eu não durmo, eu morro. Bom... isso não é relevante.

Dia seguinte, tomamos o nosso café da manhã com bolo formigueiro e o achocolatado pronto da Frimesa (gente, é muito ruim, nunca comprem nem tomem isso!), tomamos nosso caminho rumo ao cinema. Meu amigo estava mal, até entrarmos na sala e viajarmos a Pandora numa experiência indescritível. Santo remédio esse IMAX!

Nós ainda tínhamos uma hora e meia em Curitiba desde que retornamos à rodoviária. Resolvemos ver algum lugar bacana por perto, pois seria entediante ficar na rodoviária esse tempo todo. No balcão de informações turísticas descobrimos que o Jardim Botânico ficava próximo e caminhamos até lá.

Tinha acabado de chover em Curitiba. As poças de água se formavam pelos cantos das ruas e calçadas. No caminho, uma dessa calçadas estava intransitável, pois a chuva havia formado uma verdadeira lagoa. Meu amigo me disse: "Vamos ter que invadir a rua e correr se não quisermos nem nos molhar, nem morrer atropelados". Feito. Mas só foi invadirmos a pista, dezenas de carros já vinham em nossa direção. Gritei: "Atravessa a rua, atravessa a rua!". E seguimos para a calçada do outro lado da rua, que margeava a pista de ônibus, também alagada.

Respirávamos aliviados, por termos escapado de um terrível atropelamento até ouvirmos uma buzina insistente. Juntos pensamos: "Mas porquê a buzina se não estamos no meio da rua?". A resposta não tardou. Um ônibus biarticulado invadiu a pista alagada e secou-a nas nossas roupas. E nunca vi um ônibus com tantas rodas! Era água que não acabava mais!

Com cheiro de asfalto, visitamos o ponto turístico de Curitiba e voltamos a Joinville sem mais nenhuma desventura pra contar. E era só o que faltava ter mais alguma, né?
obs. 1: Adorei o transporte coletivo de Curitiba. Aquelas conexões entre os tubos são incríveis e a moça falando nas caixas de som a próxima parada são muito interessantes. Andar de ônibus em Joinville se tornou broxante agora (mais do que já era);
obs. 2: Em breve eu comento Avatar no Set Sétima.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Por que?

Por que as pessoas questionam tanto unicamente para fazer o mal?
Por que as pessoas criticam Deus e não criticam a si mesmas?
Por que os políticos não pensam mais na sociedade do que em seus partidos e interesses particulares?
Por que os nossos governantes têm ânsia de nos deixar envergonhados deles?
Por que as pessoas querem levar a melhor por cima das outras?
Por que as pessoas exigem seus direitos, mas não cumprem seus deveres?
Por que os patrões não pensam mais no bem-estar dos seus funcionários do que nos lucros exagerados e ascendentes de suas empresas?
Por que as pessoas se deixam levar tanto pelo dinheiro e tão pouco pelo amor?
Por que as pessoas costumam dar mais valor ao dinheiro que aos bons sentimentos, com a desculpa de que carinho não enche barriga?
Por que as pessoas se corrompem e não olham para o próximo com medo de serem atacadas?
Por que as pessoas não procuram ver o lado positivo das coisas?
Por que as pessoas não tentam ser mais otimistas?
Por que as pessoas não são mais solidárias?
Por que trocar um livro pela droga?
Por que trocar uma música pelas desavenças?
Por que as pessoas não se calam ao invés de falar tolices?
Por que as pessoas não querem enchentes, mas jogam lixo no chão?
Por que as pessoas não querem morrer, mas bebem antes de pegar o volante?
Por que as pessoas não querem ter câncer, mas fumam?
Por que as pessoas não querem ficar sem água, mas não a preservam?
Por que as empresas querem aumentar sua produção, mas não cuidam para evitar um estrago de onde tiram sua matéria-prima?
Por que as pessoas querem um mundo melhor, mas não sorriem?
Por que os jovens querem um futuro vitorioso, mas desperdiçam o tempo nas futilidades?
Por que as pessoas querem viver num mundo mais humano, mas desperdiçam seu tempo com o preconceito?
Por que as pessoas lutam pela igualdade e não dão acesso aos deficientes?
Por que remetem a solução do sistema criminal ao aumento de vagas nas penitenciárias, e não ao apoio ao esporte, educação e cultura?
Sabe porquê?

Porque as pessoas só pensam em si mesmas. Porque não se tratam como iguais. Porque o mundo nunca será o melhor lugar pra se viver enquanto as pessoas não caírem na real que a minha felicidade só existe enquanto o meu próximo estiver feliz. Porque nunca teremos tudo o que quisermos enquanto ficarmos medindo forças com a natureza. Porque enquanto tiver alguém muito rico no mundo, outro estará muito pobre. Porque onde houver excesso de fartura, alguém estará passando fome. Porque nunca estaremos satisfeitos se continuarmos nessa nossa mesquinhez por dinheiro e poder.
Porque não é igreja que dá a salvação, não é partido político que dá alimento aos pobres e não é droga que livra da angústia.
Mas é amor que reconcilia e dá compreensão mútua, é respeito que gera igualdade e preocupação, e consciência que nos garante um lugar melhor para viver com a natureza, é atitude que livra da fome e nos aproxima de Deus.

Faça uma expeiência em 2010. Sorria mais. Olhe com brilho nos olhos para seu próximo. Doe mais de si mesmo. Você vai ver que tudo o que você dá, recebe em dobro, e o mundo será muito melhor quando aprendermos a viver como uma grande família.
O ano novo tem tudo para ser o melhor de todos. Só depende do que você fizer para o próximo: o retorno será bem mais recompensador!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Sinopse de "Em Busca do Reinado"

Então galera! Saudades de todos vocês. Foram quase seis meses de ausência, mas as coisas andaram corridas mesmo.
Pra compensar, prroduzi um vídeo bem bacana contando a sinopse da história na qual estou trabalhando agora e que dá o nome a este blog.
Pra quem quiser entender um pouco de onde surgiu o nome maluco que eu dei para este espaço e conhecer um pouco das minhas invencionices, não deixem de curtir o vídeo.
E se não for pedir demais, comentem e divulguem!

Obrigado, galera! Forte abraço!




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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Uma visita ao set


Então galera. O Andarilho não tá atualizado, mas tem post novo no outro blog: Set Sétima.

Tem "Harry Potter e o Enigma do Príncipe" e "A Era do Gelo 3" pra dar uma conferida! Boa visita!