Antes de mais nada, meus sinceros pedidos de desculpas pelo atraso na minha postagem semanal.
Semana passada aconteceu uma coisa comigo que eu fiquei pensando seriamente com meus botões nos valores da nossa sociedade. Tinha um senhor em pé no ônibus lotado e ele estava segurando-se à minha frente. E eu estava sentado. Mas eu não dei lugar pra ele. Falta de educação? Foi aí que eu pensei: justamente eu, o cara que mais preza pelos valores humanos, pela inteligência, pelo respeito entre tantas outras coisas não envolvidas no caso... o quê me deu? O que aconteceu para que eu não desse lugar ao velhinho? Estava eu com febre? Não, eu lhes asseguro. Aconteceu que um monte de coisas passaram por minha cabeça. Um tanto egoístas, é verdade, mas verdadeiras.
Eu acordei às quatro horas da madrugada depois de ter dormido só quatro horinhas na noite anterior (é que eu chego em casa 23h da faculdade. Até pegar no sono, visto que eu ainda janto quando chego em casa, dá meia-noite), trabalhei a madrugada, a manhã e o comecinho da tarde ralado, cheguei em casa tinha mais tarefas da faculdade, dos meus compromissos externos e então embraquei no ônibus, no meu único momento de descanço onde posso fazer minha leitura com tranqüilidade, no pequeníssimo espaço de tempo que acho no meio da minha rotina. Além de ter pago um valor absurdo na passagem de ônibus o que me dá o direito de, ao menos, sentar-me.
Daí vocês podem pensar: mas que egoísta você, Juliano! Sim, chamem do que quiser. Eu mesmo me achei sem razão, mas não me arrependo, pois creio que aquele senhor estava, se não o dia inteiro, mas a maior parte do dia em casa descançando e acordou a hora que sanou todo seu sono. Ele iria também dormir, com certeza, no momento que o cançasso se abatesse sobre ele novamente, enquanto eu ainda teria que esperar a minha aula - que eu pago caro - terminar para então ir pra casa e brincar de dormir. Se isso tudo não bastasse tinha um monte de gente nova sentada também ali por perto. Porque só eu tinha que ceder o lugar? Será que todos pensaram como eu? Então isso é um mal da sociedade e não da minha personalidade. E se todos ficarem tocando as responsabilidades um para o outro alguém vai sair prejudicado; nesse caso, o velhinho.
Mas há uma boa razão para eu ter continuado no meu banco (além de todas as razões egoístas que mencionei). Certa vez eu fui dar lugar a uma senhora e ela me disse, letra por letra, a seguinte frase: "Desculpe, meu filho. Eu não sento em banco quente". Além de outra que colocou jornal no banco temendo que eu tivesse alguma doença infectosa nas minhas partes. Outras várias que me xingaram dizendo que eu tinha chamado elas de velhas... Enfim, é bem verdade que todas essas eram velhas e não velhos. E isso faz uma grande diferença. E é verdade também que há excessões: nem todas e todos que eu cedi lugar foram mau educados. Mas o fato é que no meu estado de cançasso daquele dia eu lembrei só dos grosseiros.
De tudo isso não faço idéia que conclusão tirar. Mas eu tenho certeza que se fosse uma grávida, uma mãe com criança no colo, alguém obeso ou deficiente, eu certamente me sentiria mais motivado ao gesto de educação. Talvez também em outro dia, com menos cançasso ou a passeio eu também me levantasse, mas se ocorrer de novo o mesmo fato eu, por mais que ache errado, vou pensar algumas vezes antes de levantar-me...
segunda-feira, 14 de abril de 2008
domingo, 6 de abril de 2008
A grife da Sétima Arte
Eu chego a ter um orgasmo quando entro num cinema. É tudo muito bom. O lugar é confortável, aconchegante, escurinho e bem decorado. Tem comida boa, muita pipoca e gente bonita. E o melhor: a gente vê filme lá.
Na minha opinião um dos poucos lugares perfeitos pra tudo na vida. Eu prefiro cinema do que agito de balada ou uma noite de sono perdida. Lá eu exercito minha imaginação, me encho de emoção com aquele som alto e bem definido onde cada detalhe sonoro é retratado e cada estrondo sonoro chega a tremer a sala.
Eu pensei em escrever sobre o filme que vi na semana passada: Juno. O filme foi indicado a Oscar e tudo, é muito bom, mas eu vou ficar devendo essa resenha pra vocês. Isso porque hoje fui devolta ao cinema e assisti Jumper. Outro filme altamente recomendável. Enfim... acho que filme é sempre bom e diante dessas idas ao cinema, não pude deixar de manifestar a minha alegria de estar lá. Companhia? Pra quê? Todo mundo se assusta quando digo que vou sozinho, mas a história que eu vou ver e viver é minha companhia.
Eu posso afirmar que eu sou um eterno admirador de cinema. Não tenho um arquivo cinematográfico muito grande na memória. Algumas pessoas na faculdade são fodásticas nesse quesito e eu sinto inveja, no bom sentido, claro. Eu nem tampouco gravo nome de atores e diretores. Mas o que eu me importo mesmo é com a qualidade. Quando o filme consegue mexer com algo aqui dentro... quando a gente sente aquela tensão, aquele medo, aquela emoção, é porque o filme tá fazendo efeito... é como um remédio mas ele é sempre bom.
E o melhor de tudo é que a gente sente, vê e ouve tudo isso numa sala escura e cheia de gente. Hoje, vendo Jumper, viajei o mundo inteiro só indo para o centro da cidade. Sentado numa poltrona me diverti a beça e voltei pra casa num clima bem típico de final feliz de filme: sorriso no rosto e o vento agitando os cabelos.
Não é à toa que eu montei meu quarto num modelo de sala de cinema. Comprei uma TV grande, home-theater e pintei de azul com uma parede mais escura. Black-out na janela, e quando não posso ir ao cinema, tenho um cinema em casa.
Meu maior sonho não poderia ser outro: gravar um filme. Eu tenho livros que eu escrevo e onde consigo pôr essa imaginação que tanto viaja quando vejo fimes pra funcionar. No fim, acredito que com essa moda de adaptar livros pra telona eu também vou ter minha chance. Sonhos, sonhos... mas como não se paga para tê-los, não vejo porque parar de pensar assim.
São poucos os momentos bons que eu tenho na minha vidinha pacata e por vezes sem graça. Mas eu dou graças a Deus por ter oportunidade de viver um pouco e me contentar com poucas coisas assim... que me fazem bem. Quando a gente consegue se animar com algo que fazemos ou gostamos, isso é um bom passo para ter a cada dia um motivo a mais para ser feliz.
Na minha opinião um dos poucos lugares perfeitos pra tudo na vida. Eu prefiro cinema do que agito de balada ou uma noite de sono perdida. Lá eu exercito minha imaginação, me encho de emoção com aquele som alto e bem definido onde cada detalhe sonoro é retratado e cada estrondo sonoro chega a tremer a sala.
Eu pensei em escrever sobre o filme que vi na semana passada: Juno. O filme foi indicado a Oscar e tudo, é muito bom, mas eu vou ficar devendo essa resenha pra vocês. Isso porque hoje fui devolta ao cinema e assisti Jumper. Outro filme altamente recomendável. Enfim... acho que filme é sempre bom e diante dessas idas ao cinema, não pude deixar de manifestar a minha alegria de estar lá. Companhia? Pra quê? Todo mundo se assusta quando digo que vou sozinho, mas a história que eu vou ver e viver é minha companhia.
Eu posso afirmar que eu sou um eterno admirador de cinema. Não tenho um arquivo cinematográfico muito grande na memória. Algumas pessoas na faculdade são fodásticas nesse quesito e eu sinto inveja, no bom sentido, claro. Eu nem tampouco gravo nome de atores e diretores. Mas o que eu me importo mesmo é com a qualidade. Quando o filme consegue mexer com algo aqui dentro... quando a gente sente aquela tensão, aquele medo, aquela emoção, é porque o filme tá fazendo efeito... é como um remédio mas ele é sempre bom.
E o melhor de tudo é que a gente sente, vê e ouve tudo isso numa sala escura e cheia de gente. Hoje, vendo Jumper, viajei o mundo inteiro só indo para o centro da cidade. Sentado numa poltrona me diverti a beça e voltei pra casa num clima bem típico de final feliz de filme: sorriso no rosto e o vento agitando os cabelos.
Não é à toa que eu montei meu quarto num modelo de sala de cinema. Comprei uma TV grande, home-theater e pintei de azul com uma parede mais escura. Black-out na janela, e quando não posso ir ao cinema, tenho um cinema em casa.
Meu maior sonho não poderia ser outro: gravar um filme. Eu tenho livros que eu escrevo e onde consigo pôr essa imaginação que tanto viaja quando vejo fimes pra funcionar. No fim, acredito que com essa moda de adaptar livros pra telona eu também vou ter minha chance. Sonhos, sonhos... mas como não se paga para tê-los, não vejo porque parar de pensar assim.
São poucos os momentos bons que eu tenho na minha vidinha pacata e por vezes sem graça. Mas eu dou graças a Deus por ter oportunidade de viver um pouco e me contentar com poucas coisas assim... que me fazem bem. Quando a gente consegue se animar com algo que fazemos ou gostamos, isso é um bom passo para ter a cada dia um motivo a mais para ser feliz.
domingo, 30 de março de 2008
O Amanhecer
Essa semana estava eu em mais um dia de trabalho - aquele que eu madrugo para ir cumprir minhas obrigações profissionais - e tive a honra de presenciar uma aurora espetacular. Cheguei a comentar com um colega meu que existem poucas coisas tão lindas na vida quanto um amanhecer. E por vezes nem nos damos conta que, se tirarmos um dia de nossa vida para presenciar um amanhecer vamos nos deparar com um dos espetáculos mais incríveis da natureza. Eu iria descrever para vocês, mas naquele momento, algo gritou mais forte dentro de mim, e saiu algo mais ou menos assim:
A noite ainda não foi embora
Mas lá fora
Tem luz já clareando o céu
Como flechas gigantes atiradas
No azul-escuro do firmamento
E as estrelas perfeitamente ordenadas
Começam a se apagar na luz do seu alento
O espaço livre numa briga de cores
Desde o preto até o branco no horizonte
E faixas de luz emanam cortando tudo isso
Numa reta sem fim até não se sabe onde
Não há vento, mas os pássaros já cantam
E comemoram o dia que vem vindo
As nuvens não existem, nem atrapalham
E abrem espaços nessa tela de magia
Onde misturas, formas e cores dão luz
A um novo dia
E transformam a brusca madrugada
Numa manhã, aos poucos, ensolarada
E em mais um dia que a vida se renova
A noite ainda não foi embora
Mas lá fora
Tem luz já clareando o céu
Como flechas gigantes atiradas
No azul-escuro do firmamento
E as estrelas perfeitamente ordenadas
Começam a se apagar na luz do seu alento
O espaço livre numa briga de cores
Desde o preto até o branco no horizonte
E faixas de luz emanam cortando tudo isso
Numa reta sem fim até não se sabe onde
Não há vento, mas os pássaros já cantam
E comemoram o dia que vem vindo
As nuvens não existem, nem atrapalham
E abrem espaços nessa tela de magia
Onde misturas, formas e cores dão luz
A um novo dia
E transformam a brusca madrugada
Numa manhã, aos poucos, ensolarada
E em mais um dia que a vida se renova
Juliano Reinert
domingo, 23 de março de 2008
A Semana Santa de 30 dias
Pois bem galera... dia 23 de fevereiro eu comecei novamente a tomar frente de um dos (se não O) projeto que mais eu amo fazer: o Teatro da Paixão de Jesus. Sei que o tempo de preparação para um trabalho dessa complexidade deveria ser beem longo, mas não é a minha realidade.
Eu dirijo há cinco anos uma peça organizada pelo grupo de jovens que eu participo e hoje sou coordenador. Ninguém ganha nada com isso, é tudo voluntário. Ao contrário. Fazer essa peça já me encheu de prejuízos, mas eu não reclamo, porque amo fazer e organizar.
Esse ano foi o que tivemos o maior apoio. E se eu soubesse que o pároco iria apoiar tanto, eu teria me organizado antes. Mas como eu iria comandar uma peça que depende dos grupos de jovens sem nem mesmo ter terminado o carnaval? É aquela história: no Brasil o ano só inicia depois do carnaval... ridículo isso! Mas enfim, é nossa realidade. A galera tava de férias, o carnaval foi cedo e assim, tive pouco tempo pra organizar.
Mas pelo primeiro ano fizemos uma apresentação sonorizada. Antes era tudo no "gogó". Teve cenas de lembranças num telão e Maria cantando maravilhosamente com Jesus no colo.
Da história da peça, esse ano trabalhamos com o terceiro roteiro... mais um escrito por mim. Não estou me gabando até mesmo porque não tem nenhum especialista em roteiro para criticar meus escritos, mas apenas para contar a vocês que além disso, eu, como já disse, dirigi o teatro, atuei como Jesus e ainda fiz o cartaz de divulgação e corri atrás - junto com o padre - do som.
Falando assim até parece que eu fiz tudo sozinho... nem ouse pensar nisso! Teve a galera que além de atuar, carregou bancos e mesas para montar e pregar os palcos num seviço duramente braçal (o qual eu tive pouca participação) para ter onde desenvolver-se as cenas.
Tem o povo que ajudou nas instalações, que quebrou a cabeça para ver a melhor forma de erguer a cruz, os guerreiros que, em cima da hora, tiveram que improvisar um som para as ruas, as meninas pra lá de empenhadas com o figurino, maquiagem, música e cenário... enfim; um trabalho realmente de equipe.
Para isso foram necessários ensaios demorados e urgentes pelo pouco tempo que tínhamos para preparação. A falta de volutários e a falta de comprometimento também nos preocupava muito. Mas ao final deu tudo certo.
É uma felicidade muito grande saber que existem pessoas que compram a loucura com a gente e mergulham nessa. Queria agradecer a cada um em especial e dizer que sem vocês não bastaria eu sonhar.
Ah! E já ia me esquecendo. Sexta foi essa apresentação maravilhosa que emocionou muita gente e acreditem, os sorrisos, as lágrimas, os sustos, os aplausos são pagamentos que valem muito mais que dinheiro e pagam todo o nosso cançasso.
Mas no sábado, onde celebra-se a missa da Vigília Pascal, o Judes preparou a liturgia. Ficou tudo perfeito! Destaque à Natália, menina eficientíssima (se é que existe essa palavra) que decorou e declamou a passagem da Criação do Mundo segundo o Gênesis. A dança ficou muito linda e agradeço a cada dançarino e dançarina pelo empenho.
No final fomos homenageados, mas a nossa maior alegria é saber que tudo isso torna o nosso grupo cada vez mais, um grupo de amigos-irmãos.
Eu dirijo há cinco anos uma peça organizada pelo grupo de jovens que eu participo e hoje sou coordenador. Ninguém ganha nada com isso, é tudo voluntário. Ao contrário. Fazer essa peça já me encheu de prejuízos, mas eu não reclamo, porque amo fazer e organizar.
Esse ano foi o que tivemos o maior apoio. E se eu soubesse que o pároco iria apoiar tanto, eu teria me organizado antes. Mas como eu iria comandar uma peça que depende dos grupos de jovens sem nem mesmo ter terminado o carnaval? É aquela história: no Brasil o ano só inicia depois do carnaval... ridículo isso! Mas enfim, é nossa realidade. A galera tava de férias, o carnaval foi cedo e assim, tive pouco tempo pra organizar.
Mas pelo primeiro ano fizemos uma apresentação sonorizada. Antes era tudo no "gogó". Teve cenas de lembranças num telão e Maria cantando maravilhosamente com Jesus no colo.
Da história da peça, esse ano trabalhamos com o terceiro roteiro... mais um escrito por mim. Não estou me gabando até mesmo porque não tem nenhum especialista em roteiro para criticar meus escritos, mas apenas para contar a vocês que além disso, eu, como já disse, dirigi o teatro, atuei como Jesus e ainda fiz o cartaz de divulgação e corri atrás - junto com o padre - do som.
Falando assim até parece que eu fiz tudo sozinho... nem ouse pensar nisso! Teve a galera que além de atuar, carregou bancos e mesas para montar e pregar os palcos num seviço duramente braçal (o qual eu tive pouca participação) para ter onde desenvolver-se as cenas.
Tem o povo que ajudou nas instalações, que quebrou a cabeça para ver a melhor forma de erguer a cruz, os guerreiros que, em cima da hora, tiveram que improvisar um som para as ruas, as meninas pra lá de empenhadas com o figurino, maquiagem, música e cenário... enfim; um trabalho realmente de equipe.
Para isso foram necessários ensaios demorados e urgentes pelo pouco tempo que tínhamos para preparação. A falta de volutários e a falta de comprometimento também nos preocupava muito. Mas ao final deu tudo certo.
É uma felicidade muito grande saber que existem pessoas que compram a loucura com a gente e mergulham nessa. Queria agradecer a cada um em especial e dizer que sem vocês não bastaria eu sonhar.
Ah! E já ia me esquecendo. Sexta foi essa apresentação maravilhosa que emocionou muita gente e acreditem, os sorrisos, as lágrimas, os sustos, os aplausos são pagamentos que valem muito mais que dinheiro e pagam todo o nosso cançasso.
Mas no sábado, onde celebra-se a missa da Vigília Pascal, o Judes preparou a liturgia. Ficou tudo perfeito! Destaque à Natália, menina eficientíssima (se é que existe essa palavra) que decorou e declamou a passagem da Criação do Mundo segundo o Gênesis. A dança ficou muito linda e agradeço a cada dançarino e dançarina pelo empenho.
No final fomos homenageados, mas a nossa maior alegria é saber que tudo isso torna o nosso grupo cada vez mais, um grupo de amigos-irmãos.
domingo, 16 de março de 2008
O preconceito musical
Bem galera, não tenho idéia de nada melhor para postar porque minha cabeça está cheia e meu tempo é curto. Mas vou compartilhar algumas reflexões que fiz essa semana e que acho que é sempre interessante discutir essas coisas. A questão do preconceito. Sabemos que seja lá do que for, preconceito não é uma coisa legal. Mas vou falar de um que eu vivo: o preconceito musical.
Eu fico puto com uma coisa: tem tanta porcaria por aí e as pessoas ficam me julgando pelo que eu gosto de escutar! Poxa vida! Eu vou citar um exemplo: o funk. Esse é um estilo musical que eu acho medonho, de mal gosto e porque não dizer uma afronta à capacidade humana de produzir coisas construtivas. Mas eu sei olhar os dois lados e conheço alguns funks que não têm aquelas letras baixas.
É a primeira vez que falo isso. E... tá certo que estou falando na internet, pra todo mundo ler, justamente a primeira vez que falo desse jeito. Mas há uma diferença básica entre o que falo de funk e o que as pessoas falam do que eu escuto. Eu não julgo o funkeiros e funkeiras e para tirar tais conclusões eu me dei ao luxo de ouvir um álbum inteiro. Então não é preconceito e sim um conceito formado. E tem um monte de coisa que não gosto e nem me dou ao trabalho de ouvir. Mas não fico julgando, até mesmo porque não tenho argumentos, afinal, não conheço!
Vamos falar às claras, então: Juliano, qual o preconceito que tu passas? Bem, eu gosto de ouvir Wanessa Camargo. Sei que quem leu isso explodiu em risadas agora e ficou pensando: "puxa vida, não tinha algo melhor para escutar?". Se você pensou isso, parabéns! Você é um preconceituoso! A não ser que você conheça realmente a carreira dela para tirar tal conclusão. Eu não vou defender ela aqui, pois não é o objtivo. Mas para que fique claro, Wanessa não é mais a mesma desde que gravou "O Amor não deixa", seu primeiro hit que, aí nem eu gostava da "filha do Zezé".
Eu digo isso pois existe na nossa sociedade alguns esteriótipos tais como: rock é coisa de jovens e adolescentes, funk e hip hop é coisa de puta e maconheiro, sertenejo é coisa de velho e por aí vai. Aí entra aquelas coisas do tipo: Wanessa Camargo é coisa pra criança, mulher e gays... Bem, até mulheres sofrem de preconceito. Já ouvi relatos de meninas serem chamadas de lésbicas por gostarem da referida cantora.
O que faz as pessoas pensarem isso? O que tem na cabeça das pessoas para dizerem tais coisas? A música é algo muito pessoal. Como o banho. Uns preferem mais quente, outros gostam mais frio. Uns mais demorado, outros desejam ser rápidos. É muito individual. Da mesma forma, a música reflete a nossa personalidade e a gente se identifica por uma série de fatores. Não existe um dia que a gente coloca um monte de CDs na nossa frente e escolhe o que a gente vai gostar e ouvir dali em diante. É por empatia, identificação. Quem fala atrocidades e define esses jargões para ouvintes dos diferentes tipos de música é porque não entende nada dessa arte.
Nenhum crítico musical fala de algo no achismo. Ele ouve para tirar conclusões. As pessoas deveriam começar a fazer esse exercício. Assim, quem sabe, todos se respeitariam mais e ouviríamos músicas de melhor qualidade no nossa dia-a-dia.
Eu fico puto com uma coisa: tem tanta porcaria por aí e as pessoas ficam me julgando pelo que eu gosto de escutar! Poxa vida! Eu vou citar um exemplo: o funk. Esse é um estilo musical que eu acho medonho, de mal gosto e porque não dizer uma afronta à capacidade humana de produzir coisas construtivas. Mas eu sei olhar os dois lados e conheço alguns funks que não têm aquelas letras baixas.
É a primeira vez que falo isso. E... tá certo que estou falando na internet, pra todo mundo ler, justamente a primeira vez que falo desse jeito. Mas há uma diferença básica entre o que falo de funk e o que as pessoas falam do que eu escuto. Eu não julgo o funkeiros e funkeiras e para tirar tais conclusões eu me dei ao luxo de ouvir um álbum inteiro. Então não é preconceito e sim um conceito formado. E tem um monte de coisa que não gosto e nem me dou ao trabalho de ouvir. Mas não fico julgando, até mesmo porque não tenho argumentos, afinal, não conheço!
Vamos falar às claras, então: Juliano, qual o preconceito que tu passas? Bem, eu gosto de ouvir Wanessa Camargo. Sei que quem leu isso explodiu em risadas agora e ficou pensando: "puxa vida, não tinha algo melhor para escutar?". Se você pensou isso, parabéns! Você é um preconceituoso! A não ser que você conheça realmente a carreira dela para tirar tal conclusão. Eu não vou defender ela aqui, pois não é o objtivo. Mas para que fique claro, Wanessa não é mais a mesma desde que gravou "O Amor não deixa", seu primeiro hit que, aí nem eu gostava da "filha do Zezé".
Eu digo isso pois existe na nossa sociedade alguns esteriótipos tais como: rock é coisa de jovens e adolescentes, funk e hip hop é coisa de puta e maconheiro, sertenejo é coisa de velho e por aí vai. Aí entra aquelas coisas do tipo: Wanessa Camargo é coisa pra criança, mulher e gays... Bem, até mulheres sofrem de preconceito. Já ouvi relatos de meninas serem chamadas de lésbicas por gostarem da referida cantora.
O que faz as pessoas pensarem isso? O que tem na cabeça das pessoas para dizerem tais coisas? A música é algo muito pessoal. Como o banho. Uns preferem mais quente, outros gostam mais frio. Uns mais demorado, outros desejam ser rápidos. É muito individual. Da mesma forma, a música reflete a nossa personalidade e a gente se identifica por uma série de fatores. Não existe um dia que a gente coloca um monte de CDs na nossa frente e escolhe o que a gente vai gostar e ouvir dali em diante. É por empatia, identificação. Quem fala atrocidades e define esses jargões para ouvintes dos diferentes tipos de música é porque não entende nada dessa arte.
Nenhum crítico musical fala de algo no achismo. Ele ouve para tirar conclusões. As pessoas deveriam começar a fazer esse exercício. Assim, quem sabe, todos se respeitariam mais e ouviríamos músicas de melhor qualidade no nossa dia-a-dia.
domingo, 9 de março de 2008
Um Jesus nada cristão?
O título desse post remete à manchete de uma reportagem da revista Veja, uma crítica de Isabela Boscov. A diferença é que na revista não havia o ponto de interrogação. Era uma afirmação. Mas eu não afirmo, eu me pergunto, afinal, porque "Um Jesus nada cristão?"
Para os desinformados de plantão, A Paixão de Cristo (The Passion of the Christ, EUA 2004) foi um dos filmes mais polêmicos da história do cinema desde que eu tenho lembranças. Conta a história das 12 últimas horas de Jesus (Jim Caviezel), desde a agonia no Jardim das Oliveiras onde é tentado pelo demônio, passando pelos julgamentos, o flagelo, a via-crúcis até a morte e a ressurreição.
Mel Gibson, o diretor do filme é católico ferrenho e participa de um movimento da Igreja bem conservador. Foi acusado de anti-semita e muitas outras coisas quando o filme foi lançado e a todas essas críticas, eu mantive meus olhos bem abertos para captar tudo e tirar várias conclusões. E por fim, consegui.
Achei um Jesus bem cristão, sim! Em todos os momentos, pequenas cenas da vida de Jesus como carpinteiro, como o pregador, como o amigo entre outras eram mostradas. Até na hora da cruz, aparece Jesus no Sermão da Montanha. O filme é sangrento, violento, mas não deixa de passar a mensagem que Jesus veio dizer: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".
Não acho, tampouco, o filme anti-semita. Ao passo que várias autoridades judaicas montaram uma armadilha para prender e matar Jesus, muitos outros ajudaram-no: Maria, Maria Madalena, Simão Sirineu, Verônica, e tantos outros. E o filme mostra isso.
Analisando os termos técnicos, o roteiro é impecável. Adaptar da Bíblia é algo difícil. Ela traz, nos diferentes evangelhos, acontecimentos diversos. Uma coisa é relatada aqui que no outro não conta e isso acaba causando dificuldades em fazer um roteiro coerente. Mel Gibson fez isso.
A fotografia é muito boa também. As tomadas escuras dando o ar de coisa sombria, agonia, sofrimento ajudam a passar o clímax que o filme pretende. A atuação de todos é excelente, especialmente Maia Morgenstern (Maria) que passa de forma emocionante a mãe que sofre, mas aceita o plano de Deus. Merecia um Oscar a atuação dessa atriz. Sem falar na maquiagem (os ferimentos de Jesus estão muito verossímeis).
Só o que deixa a desejar é o final. E aqui posso contar porque todo mundo já conhece a história. Pelo tanto que Jesus sofreu, a ressurreição ficou frouxinha. Deveria ter sido algo mais explendoroso, glorioso. Mas entenda-se que o foco do filme era mostar a Paixão. E isso Mel Gibson fez excelentemente.
Nota? Sem dúvida, 9. Só pela ressurreição que deveria ter sido melhor trabalhada. Mas pra quem não viu, ou não reviu, é uma excelente pedida para os próximos dias em que se aproximamos da Páscoa. Vale a pena conferir... ou reconferir.
domingo, 2 de março de 2008
Vida corrida
Bem galera, tanto nesse quanto no outro blog resolvi falar de coisas pessoais. Claro que com abordagens diferentes. Lá eu falo das minhas histórias e a relação que elas têm com a minha vida. Aqui eu falo da minha vida e não que elas não estejam ligadas. Muito pelo contrário. Uma coisa depende da outra.
Por exemplo: estou a quase duas semanas sem escrever! E isso me dá um remorso muito grande! Nossa, eu me sinto até mal. Como eu já disse lá nO Novo Reinado, meu objetivo é concluir as revisões esse ano e passar todas as idéias, segredos e as histórias como um todo o quanto antes pra vocês. Porém, é difícil.
Essa semana foi bem corrida. Estou nos preparativos do Teatro da Paixão de Jesus que eu escrevi o roteiro, estou dirigindo e ainda vou ser Jesus! Meu, tá uma loucura atrás de som, organização da divugação e tudo o mais. Quase nem sobra tempo para as outras coisas.
Outras coisas essas não menos importantes: a faculdade, por exemplo. Esse ano eu não consegui ler nenhum texto relativo às aulas e estou viajando em muitas delas. Em algumas horas sou obrigado a parar alguma coisa para fazer uma tarefa, escrever uma matéria para a aula de Redação Jornalística ou fazer uma foto para a aula de Fotojornalismo. Estou conseguindo conciliar, mas não tá fácil.
Hoje pensei, até mesmo em não postar em nenhum dos blogs. Pensei: "tem pouca gente que vê, eu estou sem idéia, sem tempo e tenho minhas revisões para adiantar". Mas em respeito a esses poucos leitores bloguei sim, e não acho ruim. É bom compartilhar as coisas com vocês, me faz sentir melhor. Mas dói saber que o tempo que passei redigindo esse texto toma o tempo das minhas revisões; e nesses dias, o meu tempo está com um valor incauculável. Uma conhecida minha disse pra mim essa semana que tá mais fácil falar com o Presidente Lula do que comigo.
E não duvido! Minha mãe vive me dando recado de pessoas que me ligam e não consigo atender. Isso por causa do teatro, dos trabalhos da faculdade e do Ano da Juventude (celebrado esse ano na Diocese de Joinville), onde tem muitos eventos e formações e eu, como coordenador de grupo de jovens, estou sendo convocado para todos, mas ainda não fui em nenhum! Meu, não dá tempo mesmo!
A única coisa que eu queria e que não consigo reduzir o tempo é o meu trabalho (o registrado em carteira). Esse eu continuo tendo que cumprir as 9 horas para compensar o sábado não trabalhado, mas ele acaba sendo afetado pelo pouco tempo que eu tenho de outra coisa bem preciosa: o meu sono.
Se eu já tivesse na minha área (jornalismo), nossa! Eu nem dormiria (pelo menos nos primeiros dias) de tanta felicidade. Embora essa semana eu tenha ouvido algumas faíscas de um fogo que pode arder e me trazer meu emprego na área, nada foi confirmado. Mas eu torço para que não demore muito.
Enfim, espero que vocês pelo menos comentem sei lá o quê. Juro que eu arranjo um tempo e leio o que vocês escreveram. Fui!
Por exemplo: estou a quase duas semanas sem escrever! E isso me dá um remorso muito grande! Nossa, eu me sinto até mal. Como eu já disse lá nO Novo Reinado, meu objetivo é concluir as revisões esse ano e passar todas as idéias, segredos e as histórias como um todo o quanto antes pra vocês. Porém, é difícil.
Essa semana foi bem corrida. Estou nos preparativos do Teatro da Paixão de Jesus que eu escrevi o roteiro, estou dirigindo e ainda vou ser Jesus! Meu, tá uma loucura atrás de som, organização da divugação e tudo o mais. Quase nem sobra tempo para as outras coisas.
Outras coisas essas não menos importantes: a faculdade, por exemplo. Esse ano eu não consegui ler nenhum texto relativo às aulas e estou viajando em muitas delas. Em algumas horas sou obrigado a parar alguma coisa para fazer uma tarefa, escrever uma matéria para a aula de Redação Jornalística ou fazer uma foto para a aula de Fotojornalismo. Estou conseguindo conciliar, mas não tá fácil.
Hoje pensei, até mesmo em não postar em nenhum dos blogs. Pensei: "tem pouca gente que vê, eu estou sem idéia, sem tempo e tenho minhas revisões para adiantar". Mas em respeito a esses poucos leitores bloguei sim, e não acho ruim. É bom compartilhar as coisas com vocês, me faz sentir melhor. Mas dói saber que o tempo que passei redigindo esse texto toma o tempo das minhas revisões; e nesses dias, o meu tempo está com um valor incauculável. Uma conhecida minha disse pra mim essa semana que tá mais fácil falar com o Presidente Lula do que comigo.
E não duvido! Minha mãe vive me dando recado de pessoas que me ligam e não consigo atender. Isso por causa do teatro, dos trabalhos da faculdade e do Ano da Juventude (celebrado esse ano na Diocese de Joinville), onde tem muitos eventos e formações e eu, como coordenador de grupo de jovens, estou sendo convocado para todos, mas ainda não fui em nenhum! Meu, não dá tempo mesmo!
A única coisa que eu queria e que não consigo reduzir o tempo é o meu trabalho (o registrado em carteira). Esse eu continuo tendo que cumprir as 9 horas para compensar o sábado não trabalhado, mas ele acaba sendo afetado pelo pouco tempo que eu tenho de outra coisa bem preciosa: o meu sono.
Se eu já tivesse na minha área (jornalismo), nossa! Eu nem dormiria (pelo menos nos primeiros dias) de tanta felicidade. Embora essa semana eu tenha ouvido algumas faíscas de um fogo que pode arder e me trazer meu emprego na área, nada foi confirmado. Mas eu torço para que não demore muito.
Enfim, espero que vocês pelo menos comentem sei lá o quê. Juro que eu arranjo um tempo e leio o que vocês escreveram. Fui!
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