domingo, 23 de março de 2008

A Semana Santa de 30 dias


Pois bem galera... dia 23 de fevereiro eu comecei novamente a tomar frente de um dos (se não O) projeto que mais eu amo fazer: o Teatro da Paixão de Jesus. Sei que o tempo de preparação para um trabalho dessa complexidade deveria ser beem longo, mas não é a minha realidade.
Eu dirijo há cinco anos uma peça organizada pelo grupo de jovens que eu participo e hoje sou coordenador. Ninguém ganha nada com isso, é tudo voluntário. Ao contrário. Fazer essa peça já me encheu de prejuízos, mas eu não reclamo, porque amo fazer e organizar.
Esse ano foi o que tivemos o maior apoio. E se eu soubesse que o pároco iria apoiar tanto, eu teria me organizado antes. Mas como eu iria comandar uma peça que depende dos grupos de jovens sem nem mesmo ter terminado o carnaval? É aquela história: no Brasil o ano só inicia depois do carnaval... ridículo isso! Mas enfim, é nossa realidade. A galera tava de férias, o carnaval foi cedo e assim, tive pouco tempo pra organizar.

Mas pelo primeiro ano fizemos uma apresentação sonorizada. Antes era tudo no "gogó". Teve cenas de lembranças num telão e Maria cantando maravilhosamente com Jesus no colo.
Da história da peça, esse ano trabalhamos com o terceiro roteiro... mais um escrito por mim. Não estou me gabando até mesmo porque não tem nenhum especialista em roteiro para criticar meus escritos, mas apenas para contar a vocês que além disso, eu, como já disse, dirigi o teatro, atuei como Jesus e ainda fiz o cartaz de divulgação e corri atrás - junto com o padre - do som.
Falando assim até parece que eu fiz tudo sozinho... nem ouse pensar nisso! Teve a galera que além de atuar, carregou bancos e mesas para montar e pregar os palcos num seviço duramente braçal (o qual eu tive pouca participação) para ter onde desenvolver-se as cenas.
Tem o povo que ajudou nas instalações, que quebrou a cabeça para ver a melhor forma de erguer a cruz, os guerreiros que, em cima da hora, tiveram que improvisar um som para as ruas, as meninas pra lá de empenhadas com o figurino, maquiagem, música e cenário... enfim; um trabalho realmente de equipe.

Para isso foram necessários ensaios demorados e urgentes pelo pouco tempo que tínhamos para preparação. A falta de volutários e a falta de comprometimento também nos preocupava muito. Mas ao final deu tudo certo.

É uma felicidade muito grande saber que existem pessoas que compram a loucura com a gente e mergulham nessa. Queria agradecer a cada um em especial e dizer que sem vocês não bastaria eu sonhar.

Ah! E já ia me esquecendo. Sexta foi essa apresentação maravilhosa que emocionou muita gente e acreditem, os sorrisos, as lágrimas, os sustos, os aplausos são pagamentos que valem muito mais que dinheiro e pagam todo o nosso cançasso.
Mas no sábado, onde celebra-se a missa da Vigília Pascal, o Judes preparou a liturgia. Ficou tudo perfeito! Destaque à Natália, menina eficientíssima (se é que existe essa palavra) que decorou e declamou a passagem da Criação do Mundo segundo o Gênesis. A dança ficou muito linda e agradeço a cada dançarino e dançarina pelo empenho.
No final fomos homenageados, mas a nossa maior alegria é saber que tudo isso torna o nosso grupo cada vez mais, um grupo de amigos-irmãos.

domingo, 16 de março de 2008

O preconceito musical




Bem galera, não tenho idéia de nada melhor para postar porque minha cabeça está cheia e meu tempo é curto. Mas vou compartilhar algumas reflexões que fiz essa semana e que acho que é sempre interessante discutir essas coisas. A questão do preconceito. Sabemos que seja lá do que for, preconceito não é uma coisa legal. Mas vou falar de um que eu vivo: o preconceito musical.

Eu fico puto com uma coisa: tem tanta porcaria por aí e as pessoas ficam me julgando pelo que eu gosto de escutar! Poxa vida! Eu vou citar um exemplo: o funk. Esse é um estilo musical que eu acho medonho, de mal gosto e porque não dizer uma afronta à capacidade humana de produzir coisas construtivas. Mas eu sei olhar os dois lados e conheço alguns funks que não têm aquelas letras baixas.
É a primeira vez que falo isso. E... tá certo que estou falando na internet, pra todo mundo ler, justamente a primeira vez que falo desse jeito. Mas há uma diferença básica entre o que falo de funk e o que as pessoas falam do que eu escuto. Eu não julgo o funkeiros e funkeiras e para tirar tais conclusões eu me dei ao luxo de ouvir um álbum inteiro. Então não é preconceito e sim um conceito formado. E tem um monte de coisa que não gosto e nem me dou ao trabalho de ouvir. Mas não fico julgando, até mesmo porque não tenho argumentos, afinal, não conheço!
Vamos falar às claras, então: Juliano, qual o preconceito que tu passas? Bem, eu gosto de ouvir Wanessa Camargo. Sei que quem leu isso explodiu em risadas agora e ficou pensando: "puxa vida, não tinha algo melhor para escutar?". Se você pensou isso, parabéns! Você é um preconceituoso! A não ser que você conheça realmente a carreira dela para tirar tal conclusão. Eu não vou defender ela aqui, pois não é o objtivo. Mas para que fique claro, Wanessa não é mais a mesma desde que gravou "O Amor não deixa", seu primeiro hit que, aí nem eu gostava da "filha do Zezé".
Eu digo isso pois existe na nossa sociedade alguns esteriótipos tais como: rock é coisa de jovens e adolescentes, funk e hip hop é coisa de puta e maconheiro, sertenejo é coisa de velho e por aí vai. Aí entra aquelas coisas do tipo: Wanessa Camargo é coisa pra criança, mulher e gays... Bem, até mulheres sofrem de preconceito. Já ouvi relatos de meninas serem chamadas de lésbicas por gostarem da referida cantora.
O que faz as pessoas pensarem isso? O que tem na cabeça das pessoas para dizerem tais coisas? A música é algo muito pessoal. Como o banho. Uns preferem mais quente, outros gostam mais frio. Uns mais demorado, outros desejam ser rápidos. É muito individual. Da mesma forma, a música reflete a nossa personalidade e a gente se identifica por uma série de fatores. Não existe um dia que a gente coloca um monte de CDs na nossa frente e escolhe o que a gente vai gostar e ouvir dali em diante. É por empatia, identificação. Quem fala atrocidades e define esses jargões para ouvintes dos diferentes tipos de música é porque não entende nada dessa arte.
Nenhum crítico musical fala de algo no achismo. Ele ouve para tirar conclusões. As pessoas deveriam começar a fazer esse exercício. Assim, quem sabe, todos se respeitariam mais e ouviríamos músicas de melhor qualidade no nossa dia-a-dia.

domingo, 9 de março de 2008

Um Jesus nada cristão?


O título desse post remete à manchete de uma reportagem da revista Veja, uma crítica de Isabela Boscov. A diferença é que na revista não havia o ponto de interrogação. Era uma afirmação. Mas eu não afirmo, eu me pergunto, afinal, porque "Um Jesus nada cristão?"
Para os desinformados de plantão, A Paixão de Cristo (The Passion of the Christ, EUA 2004) foi um dos filmes mais polêmicos da história do cinema desde que eu tenho lembranças. Conta a história das 12 últimas horas de Jesus (Jim Caviezel), desde a agonia no Jardim das Oliveiras onde é tentado pelo demônio, passando pelos julgamentos, o flagelo, a via-crúcis até a morte e a ressurreição.
Mel Gibson, o diretor do filme é católico ferrenho e participa de um movimento da Igreja bem conservador. Foi acusado de anti-semita e muitas outras coisas quando o filme foi lançado e a todas essas críticas, eu mantive meus olhos bem abertos para captar tudo e tirar várias conclusões. E por fim, consegui.
Achei um Jesus bem cristão, sim! Em todos os momentos, pequenas cenas da vida de Jesus como carpinteiro, como o pregador, como o amigo entre outras eram mostradas. Até na hora da cruz, aparece Jesus no Sermão da Montanha. O filme é sangrento, violento, mas não deixa de passar a mensagem que Jesus veio dizer: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".
Não acho, tampouco, o filme anti-semita. Ao passo que várias autoridades judaicas montaram uma armadilha para prender e matar Jesus, muitos outros ajudaram-no: Maria, Maria Madalena, Simão Sirineu, Verônica, e tantos outros. E o filme mostra isso.
Analisando os termos técnicos, o roteiro é impecável. Adaptar da Bíblia é algo difícil. Ela traz, nos diferentes evangelhos, acontecimentos diversos. Uma coisa é relatada aqui que no outro não conta e isso acaba causando dificuldades em fazer um roteiro coerente. Mel Gibson fez isso.
A fotografia é muito boa também. As tomadas escuras dando o ar de coisa sombria, agonia, sofrimento ajudam a passar o clímax que o filme pretende. A atuação de todos é excelente, especialmente Maia Morgenstern (Maria) que passa de forma emocionante a mãe que sofre, mas aceita o plano de Deus. Merecia um Oscar a atuação dessa atriz. Sem falar na maquiagem (os ferimentos de Jesus estão muito verossímeis).
Só o que deixa a desejar é o final. E aqui posso contar porque todo mundo já conhece a história. Pelo tanto que Jesus sofreu, a ressurreição ficou frouxinha. Deveria ter sido algo mais explendoroso, glorioso. Mas entenda-se que o foco do filme era mostar a Paixão. E isso Mel Gibson fez excelentemente.
Nota? Sem dúvida, 9. Só pela ressurreição que deveria ter sido melhor trabalhada. Mas pra quem não viu, ou não reviu, é uma excelente pedida para os próximos dias em que se aproximamos da Páscoa. Vale a pena conferir... ou reconferir.

domingo, 2 de março de 2008

Vida corrida

Bem galera, tanto nesse quanto no outro blog resolvi falar de coisas pessoais. Claro que com abordagens diferentes. Lá eu falo das minhas histórias e a relação que elas têm com a minha vida. Aqui eu falo da minha vida e não que elas não estejam ligadas. Muito pelo contrário. Uma coisa depende da outra.

Por exemplo: estou a quase duas semanas sem escrever! E isso me dá um remorso muito grande! Nossa, eu me sinto até mal. Como eu já disse lá nO Novo Reinado, meu objetivo é concluir as revisões esse ano e passar todas as idéias, segredos e as histórias como um todo o quanto antes pra vocês. Porém, é difícil.
Essa semana foi bem corrida. Estou nos preparativos do Teatro da Paixão de Jesus que eu escrevi o roteiro, estou dirigindo e ainda vou ser Jesus! Meu, tá uma loucura atrás de som, organização da divugação e tudo o mais. Quase nem sobra tempo para as outras coisas.

Outras coisas essas não menos importantes: a faculdade, por exemplo. Esse ano eu não consegui ler nenhum texto relativo às aulas e estou viajando em muitas delas. Em algumas horas sou obrigado a parar alguma coisa para fazer uma tarefa, escrever uma matéria para a aula de Redação Jornalística ou fazer uma foto para a aula de Fotojornalismo. Estou conseguindo conciliar, mas não tá fácil.

Hoje pensei, até mesmo em não postar em nenhum dos blogs. Pensei: "tem pouca gente que vê, eu estou sem idéia, sem tempo e tenho minhas revisões para adiantar". Mas em respeito a esses poucos leitores bloguei sim, e não acho ruim. É bom compartilhar as coisas com vocês, me faz sentir melhor. Mas dói saber que o tempo que passei redigindo esse texto toma o tempo das minhas revisões; e nesses dias, o meu tempo está com um valor incauculável. Uma conhecida minha disse pra mim essa semana que tá mais fácil falar com o Presidente Lula do que comigo.
E não duvido! Minha mãe vive me dando recado de pessoas que me ligam e não consigo atender. Isso por causa do teatro, dos trabalhos da faculdade e do Ano da Juventude (celebrado esse ano na Diocese de Joinville), onde tem muitos eventos e formações e eu, como coordenador de grupo de jovens, estou sendo convocado para todos, mas ainda não fui em nenhum! Meu, não dá tempo mesmo!

A única coisa que eu queria e que não consigo reduzir o tempo é o meu trabalho (o registrado em carteira). Esse eu continuo tendo que cumprir as 9 horas para compensar o sábado não trabalhado, mas ele acaba sendo afetado pelo pouco tempo que eu tenho de outra coisa bem preciosa: o meu sono.
Se eu já tivesse na minha área (jornalismo), nossa! Eu nem dormiria (pelo menos nos primeiros dias) de tanta felicidade. Embora essa semana eu tenha ouvido algumas faíscas de um fogo que pode arder e me trazer meu emprego na área, nada foi confirmado. Mas eu torço para que não demore muito.

Enfim, espero que vocês pelo menos comentem sei lá o quê. Juro que eu arranjo um tempo e leio o que vocês escreveram. Fui!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Dinheiro

O dinheiro é algo tão importante para nós, não é verdade? Com ele realizamos nossos sonhos, adquirimos coisas novas, deixamos tudo o que possuímos mais bonito e conservado, enfim... é solução para muitos de nossos anseios e desejos.
Mas podemos, com certeza, afirmar que esse pequeno pedaço de papel é uma faca de dois gumes que só serve para o bem se soubermos usá-lo. E quando não se sabe usá-lo o estrago pode ser grande...

Vamos dar uma olhada na história da humanidade e ver o quanto ele fez mal para o povo:

Em Roma, a dominação dos Césares alcançava praticamente todos os espaços conhecidos do mundo e em todos esses lugares, impostos horríveis e vergonhosos eram cobrados de todas as pessoas para manter o poder, a riqueza e a dominação do Imperador e deixar na miséria as milhares de famílias existentes
Quem se livrava da miséria era o alto escalão judaico que sobrevivia do dízimo. As autoridades judaicas não tinham uma vida dura em relação ao povo, embora também pagassem os impostos romanos.
O tempo foi passando, o império romano perdeu o poder, mas veio a Igreja Católica com a conquista das terras e a dominação de grandes propriedades. Vendiam-se terrenos no céu e tanto a alta hierarquia da Igreja quanto os reis a quem os bispos serviam, ganhavam cada vez mais. A Igreja com as terras vendidas no céu e o dízimo herdado da cultura judaica e os reis e senhores com seus feudos e fazendas de extensões incauculáveis.
O tempo foi passando e muita coisa mudou no mundo. O sistema de governo monárquico foi caindo e deu-se lugar ao sistema democrático. A Igreja mudou as atitudes depois da comprovação de vários dos seus erros políticos e sociais e a reforma luterana também ajudou a mudar muito o pensamento da Igreja de Roma. Com isso, ela se limitou ao dízimo. Mas outros problemas iriam envolver Deus ainda...]

Para conseguir poder e, consequentemente dinheiro, posse e terras, aconteceram as duas grandes guerras que, além de destruírem muitas nações e mudar a cara política do planeta, revelou potências econômicas como os EUA, por exemplo, que, a partir de então, começou a ser uma grande potência econômica mundial.
Isso não trouxe só benefícios. Ou melhor, não trouxe benefícios. Aos poucos, os EUA foram dominando países, marcando seu símbolo de poder até na lua e a sua moeda foi considerada a moeda mundial e de referência à situação econômica internacional.
Com isso, originaram-se guerras como a do Vietnã, do Afeganistão e do Iraque. E eles mesmo sentiram um dos gumes da espada chamada dinheiro quando aconteceu a revolta de grupos terroristas no Oriente Médio e lançaram dois aviões às torres do World Trade Center.

Aqui no nosso querido Brasil, o dinheiro é motivo do tráfico de drogas, da corrupção que engana o povo no nosso país e deixa muita gente na fome, em situação de saúde precária e desencadeia uma diferença social muito prejudicial à evolução da nossa nação. Sem contar que, muito além do dinheiro interferir na realização de uma boa política, enganando o povo, como eu já disse com a corrupção, ele engana nos maiores princípios, inclusive religiosos. E eu não estou novamente falando da Idade-Média quando a Igreja Católica fazia isso. Estou falando de várias denominações religiosas (não todas) que, a cada dia, abrem uma igreja com placa diferente usando um ensinamento sagrado para atrair fiéis e dinheiro. E por essa razão muitas pessoas se desencantam com Deus e estão deixando a vida religiosa diante de tamanha confusão que virou as questões religiosas, pelo menos no Brasil.

Além dos seqüestros, roubos, golpes, empresas fantasmas, fabricantes de produtos que não agem de boa fé e fabricam coisas ruins e até a arte está sendo posta nessa vergonhosa roda gigante de traições e má índole:

Recentemente ouvimos falar de grandes obras de arte roubadas em SP, o filme baseado na obra de J.R.R Tolkien - O Hobbit, corre risco de não sair por complicações judiciais envolvendo o dinheiro, enfim... ufa! Cansei de listar os males do dinheiro... o que precisamos é ficarmos atentos para não nos deixarmos corromper por ele e usarmos esse pedaço de papel unicamente para o bem: a solidariedade, a realização dos nossos sonhos e para saciar nossas necessidades básicas: o alimento, a casa e a vida!

Nossa! Ultimamente estou bem polêmico... bem, comentem aí! Se não comentarem vou cobrar 10 real pelo texto lido, hehe. Fala aí galera!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Escolhe, pois, a vida


A Campanha da Fraternidade é um projeto da Igreja Católica Romana no Brasil, organizado pela CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) para trazer aos fiéis e à sociedade em geral discussões de assuntos relevantes à vida de um povo, de uma nação. Quase sempre, a Campanha trata de casos, povos e situações que estão no auge das discussões.

Recentemente a Campanha tratou da água, dos índios, das drogas, da diversidade social e cultural entre outros assuntos.


Esse ano, porém, a Igreja colocou por trás de um cartaz de um senhor idoso, negro e com rosto feliz tendo, no seu colo um neném branco dormindo tranqüilamente, uma discussão muito polêmica. Tá, mas duas pessoas felizes, um senhor e uma criança é polêmico? Não! Então o que tem de polêmico ao falar da vida? Aí eu respondo: muita coisa!

O tema da CF esse ano é "Fraternidade e Defesa da Vida". Com isso, com certeza, a Igreja quer defender sua posição em relação ao aborto e a eutanásia e, porque não dizer, a concepção de uma nova criança.

Sim, são todos assuntos de posições claras de Roma e conhecidas pelo mundo. A Igreja é contra tudo isso: o aborto, a eutanásia e o impedimento da natalidade. A "Defesa da Vida", portanto, tema da CF, quer levar todos a uma reflexão pacífica sobre tudo isso.

Porquê pacífica? Simplesmente porque a Igreja poderia estampar no tema a frase "Fraternidade e a Proibição do Aborto", ou "Fraternidade Contra a Eutanásia", ou até mesmo e o mais polêmico "Fraternidade em Defesa da Natalidade". Mas não, escolheu a "Defesa da Vida" que engloba esses temas de uma forma mais amena e também fala de outras coisas como a violência, as injustiças sociais e muito mais.


Antes de fazer qualquer crítica à Igreja de Roma, é necessário que entendamos os motivos que levam o Papa e os Bispos (do Brasil que são os que estão em questão) decidirem um tema como esse e tomar tais posições em relação a assuntos que, ao contrário da Igreja, a sociedade está cada vez mais aberta a discussões.

O aborto e a eutanásia são consideradas e vistas pela Igreja com os mesmos olhos: não é direito do ser humano tirar a vida de alguém, privar do direito de viver, decidir quando tudo vai acabar, seja por qual motivo for. Para a Igreja, uma vez que alguém ainda respira e o coração bate num leito de hospital, ou a partir da fecundação, independente se foi fruto de estupro, violência ou qualquer outra coisa, existe ali uma vida e ela não tem culpa do que houve ou o que está acontecendo.

Quanto à restrição à natalidade, a Igreja tem pensamentos meio antigos que, infelizmente não se aplicam nos dias de hoje, mas são baseados na Bíblia. Não é invenção. Moisés dizia nas leis de Deus para o povo de Israel no deserto os 10 mandamentos e entre eles está: "Não pecar contra a castidade". O que isso quer dizer? Que não pode haver relação sexual antes do casamento. Logo, se a pessoa é casada não tem porque usar camisinha ou tomar pírula pois, dentro da lei da fidelidade que também é divina [texto bíblico do livro do Êxodo, capítulo 20, versículo 14 e também no livro de Deuteronômio, capítulo 5, versículo 18], não pode haver traição e, sem traição não tem como contrair qualquer DST. Aos não casados simplesmente não se pode transar!

E o planejamento familiar? Não pode! Deus disse em Gênesis para que a humanidade cresça e se multiplique, essa foi a ordem. [texto do livro Gênesis capítulo 1, versículo 28]


Por fim, queria deixar claro que isso não é uma crítica a Igreja e eu não expus minha opinião em nenhum momento. Se vocês querem saber a minha posição em relação a tudo isso podem me perguntar, mas o que eu quis mostrar foi unicamente o tema que a Igreja está levantando esse ano no Brasil e qual a visão dela em relação a tudo isso. E é importante que, antes de tirarmos qualquer opinião, nós conheçamos a realidade na qual tudo se passa.


Bem, mais uma vez eu deixo um assunto bem polêmico para todo mundo comentar! Aproveitem! E não deixem de saber, também, o que está acontecendo lá por Tedawer Lorcb.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

O maior tesouro... a água


"Águas que banham aldeias, que matam a sede da população

Águas que caem das pedras, no véu das cascatas, ronco de trovão

E depois dormem tranqüilas no leito dos lagos

Águas que movem moinhos, são as mesmas águas que encharcam o chão

E sempre voltam humildes pro fundo da Terra,

Pro fundo da Terra"


Pare um pouco e reflita: o que você fez hoje para economizar água? O que você está fazendo no seu dia-a-dia para economizar água? O que você faz quando vê desperdício? Você sequer se deu conta da gravidade desse assunto?

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Certamente você não viveria nem 7 dias sem tomar água para ver o caos que a falta total dela ia fazer na sua casa, na sua vida. E pensar que 70% do planeta é água... como ela pode acabar?

Quer saber? Pode! Enfim... talvez essa seja uma informação já conhecida de muitos leitores (se fossem muitos) desse blog, mas só para constar: dessa quantidade de água existente no planeta, 97% é salgada, imprópria para consumo humano. Dos 3% restantes, somente 0,01% se encontram nos rios, possíveis de serem explorados para uso humano. Os outros 2,99% estão nas geleiras dos pólos (que se derretidos vão se misturar à água do mar) e nos lençóis freáticos que ficam nas camadas embaixo do solo.

Triste é lembrar também, que dos 0,01% dos rios muitos estão poluídos ou em processo de poluição... horrível isso né?

Pois bem, para piorar a situação, a ONU divulgou uma pesquisa alertando que daqui a 20 anos, 60% da população do mundo pode sofrer com a falta de água. Invenção? Não! Essa reportagem foi publicada pela Folha On Line em 15/02 do ano passado.

Mas não é só daqui a 20 anos que teremos que nos preocupar com a escassez de água. Hoje cerca de 250 milhões de pessoas em 26 países já sofrem com a falta do líquido, conforme o que diz aqui, além de um artigo completo sobre água. Achei muito interessante essa página.


Enfim. Aí nos perguntamos: beleza... e esses 97% de água salgada, servem pra quê? Não podem ser dessalinizados? Podem! Ah! Então não há motivos para preocupação! Quer saber? Há sim!

O processo de dessalinização da água já existe na Nova Zelândia, onde há lugares, nesse país que não têm mais água potável. Sobre isso eu não achei fontes, mas eu lembro dessa informação das minhas aulas de geografia no colégio. Qualquer coisa, não a considerem.

Mas é fato que esse processo não é barato e a Nova Zelândia é um país economicamente desenvolvido. Se um país da África quizesse implantar um equipamento como esse, não teria condições. Com certeza um país desenvolvido teria que administrar e a água valeria como um verdadeiro tesouro: pelo valor vital e o monetário. Digamos que isso seja economicamente impossível para os pobres e que isso vai tornar a água algo muito caro e assim, seremos obrigados a racionar, enfim. Mas, pelo amor de Deus ou pelos seus pais se você não crê nEle, ou por você mesmo: NÃO ESPERE O DESESPERO PARA TOMAR ATITUDES.


É sabido que a próxima guerra mundial pode acontecer por causa da água. E é verdade também que o Brasil pode ser alvo de um combate como esse.

O rio Amazonas possui, além da maior extansão do mundo, o maior volume hídrico do globo. Isso atrai, com certeza a atenção de muitos para cá. Ainda mais que grande parte do referido rio passa por dentro da floresta Amazônica, considerado pelos nossos queridos norte-americanos, patrimônio mundial. Com certeza numa situação extrema de escasses do líquido, os EUA, se continuarem sendo mesquinhos, ignorantes, metidos, com certeza vão querer usar da nossa terrinha para tirar proveitos financeiros.

A BBC fez um mapa mostrando a situação hídrica no mundo e os EUA não tem tal problema. Mas eles não vão perder a chance de se garantirem. É assim com tudo e vocês sabem do que eu estou falando.


Eu vou escrever um livro falando de complicações da água. Será a 3ª guerra palco da escassez dela. A guerra, por sua vez, será pano de fundo para um romance. Nada de alegorias ou visões políticas e críticas pessoais, mas apenas algo que eu acho importante falar e que pode ilustrar muito bem esse caos que nós podemos evitar.

APOIE A CAMPANHA NO CATARSE PARA PUBLICAÇÃO DE EM BUSCA DO REINADO!


Enfim, falar da água é algo muito complicado. Mas é importante sermos realistas e não tratá-la como algo infinito. Vamos saber aproveitar as chuvas para coletar água para a lavação da casa. Vamos idolatrar o balde como um gigantesco amigo ao lavar o carro. Vamos valorizar a água da lavagem da roupa, pois ela pode ter grandes serventias. Vamos fechar a torneira ao escovar os dentes, ao lavar a louça. Vamos tomar banhos mais rápidos. Vamos abolir o lava-jato. Vamos lavar calçadas com vassoura. Vamos importunar a companhia de água quando vermos um vazamento. Vamos valorizar esse líquido tão precioso, vital e importante para nós. Porque água é igual a nossos pais: só sentimos falta deles quando os perdemos.

"Água dos igarapés, onde Iara, mãe d´água é misteriosa canção
Água que o sol evapora e pro céu vai embora virar nuvens de algodão"

E não deixem de visitar: http://www.julianoreinert.blog.uol.com.br/