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domingo, 25 de janeiro de 2009

Deus com qualidade, variedade e preço baixo!

Igreja do Jardim de Deus, Igreja de Jesus Cristo Ressuscitado, Igreja Maravilhas de Jesus, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja, igreja, igreja... O cristianismo virou bagunça!
Eu tenho maior respeito por todas as religiões. Não falo mau de ninguém por crer ou não em Deus, por ser dessa ou daquela religião, dessa ou daquela igreja. Mas essa superoferta de igrejas que tem hoje, me incomoda.
Vamos aos fatos históricos (religiosamente falando): Abraão ouviu Deus e este o prometeu que sua posteridade seria grande e promissora. Nasceu o judaísmo. Mas a mulher de Abraão, Sara, era estéril e ele teve filho com a escrava. O filho e a escrava foram postos de lado, ditos como indignos das promessas que Deus fizera a Abraão. Daí surgiu os pilares do islamismo. E depois a mulher de Abraão concebeu "pela graça de Deus". É por isso (pra quem não sabia) que existe até hoje as guerras no oriente médio. A mesma terra foi prometida para dois povos.
A necessidade de ter um D(d)eus fez os vários povos criarem seus próprios deuses e ao longo da história da humanidade surgiram vários deles, mas foi do judaísmo que nasceu um tal de Jesus Cristo revoluncionando tudo o que os judeus vinham seguindo até ali, abolindo as mais de 600 leis religiosas e simplificou tudo: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei". Esse Jesus foi assassinado com os piores requintes de crueldade da história da humaniade e foi dado como ressuscitado três dias depois: surgiu o cristianismo.
Foi preciso mais de três séculos para o cristianismo deixar de ser perseguido, e com a aceitação da nova religião, ela começou a se organizar hierarquicamente. Nasceu a maior instituição religiosa do mundo até hoje: a Igreja Católica (universal e única) Apostólica (advinda dos ensinamentos dos apóstolos de Cristo) Romana (com sede em Roma). Por muito tempo, a Igreja se usou do seu livre acesso com a monarquia e a monarquia usou da influência da Igreja para conseguir coisas para seus próprios interesses. Foi o início da manipulação das palavras de Cristo. Por um lado, havia uma Igreja bem intencionada, que o único medo era perder seus fiéis para crenças pagãs, e por isso, é até explicável o porquê da Igreja proibir o acesso aos livros e conhecimento da população. Mas por outro, vemos histórias cruéis como as Cruzadas ou a Inquisição.
Foi por tantos erros, que Martinho Lutero protestou e, mesmo sem querer, desencadeou uma série de desmembrações (?) na Igreja Católica - única até então. Surgiu daí a Igreja Luterana e a Presbiteriana.
A partir daí não sei a ordem de surgimento das Igrejas, mas é compreensível a existência dos Espíritas (tem como princípio a continuação da vida pela reencarnação), as Testemunhas de Jeová (não crêem no inferno, na trindade e acreditam na ressurreição dos mortos nessa mesma terra, só para um número limitado de justos), a Assembleia de Deus e Capela da Bênção (os evangélicos, propriamente ditos, mais antigos que eu conheço, que contestaram o ensinamento de santos, a virgindade de Maria após ter tido Jesus entre outras) e a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (não conheço, mas é diferente), que têm dogmas diferentes entre si, e por isso, é justificável a permanência dos fiéis nessa e não na outra. As demais, desculpem-me, não falo de quem segue, e sim de quem inventou, é puro supermercado. É aquilo que eu coloquei lá no título: Deus com qualidade, variedade e preço baixo. Não demora muito, enchem as igrejas de cartazes promocionais!
A história de todas as Igrejas justificam sua existência! Isso vale para o mundo todo! As religiões orientais precisam de uma história, de uma tradição e não sinmplesmente serem frutos de "uma oração feita, alguém se curou, Deus me ouve, eu estou apto a abrir uma igreja"!.
É lamentável isso. Vejam os absurdos: um certo homem ajudou outro homem a criar uma Igreja e depois dessa Igreja bater recordes (o trocadilho é proposital) em população, fundou outra. Não falo do Edir Macedo! Falo do cara que ajudou o Edir Macedo. Hoje esse amigo do Bispo da Universal tem uma emissora e uma Igreja própria. A ex-BBB 7, Bruna, depois de váários ensaios sensuais para diversas revistas e sites do país, fundou a Igreja da Missionária Bruna. Entre outros absurdos!
Eu defendo o dízimo. Qualquer instituição precisa se manter, e as Igrejas também têm contas. Eu participo da Igreja e ganho vários cursos para ajudar no meu trabalho religioso. Não concordo, no entanto, com a obrigação de ser 10%. Vejam: só minha faculdade é mais de R$400. Não teria como eu contribuir com 10%! Mas como o padre fala: contribua com o que você se sentir bem. Se eu me sinto bem em contribuir, eu ajudo, se não, não! E dou o quanto posso! Isso é pra manter a Igreja. E uma Igreja com história e razão de ser é até bonito o gesto. Mas usar esse dinheiro para enriquecer certa pessoa, dar vida boa a uma família, é um absurdo! E como as pessoas estão cada vez mais carentes e precisando de consolos e palavras amigas elas nem se dão conta do que fazem: uns se drogam, outros dão, muitas vezes, tudo o que tem pra encher o bolso do ministro da "mais nova Igreja da cidade". "Aproveite! É por poucos dias. Só aqui e só na minha Igreja!"

Essa semana, em Set Sétima, tem a crítica de "A Troca", filme com Angelina Jolie. Vale a pena conferir!

sábado, 29 de novembro de 2008

Carta de um ateu

O texto que segue não expressa em nenhum momento a minha opinião, a minha visão sobre esse assunto. Entendam como um personagem meu escrevendo isso, não eu.
Caros,
Queria explicar-lhes o que é ser ateu e o porquê de eu ser ateu. Sou ateu porque não acredito em Deus, isso é redundante. Nenhuma divindade é racional. Deuses são criaturas criadas pelos homens e seus diversos povos e por diversos momentos da história para refugiar-se de seus medos ou mesmo explicar as coisas que eles não compreendiam. A ciência, é claro, está longe de nos explicar tudo, mas o que hoje já sabemos é o suficiente para não ter que atribuir a alguma divindade a autoria de tudo o que acontece com o mundo.
Sabemos que o mundo foi gerado a partir de uma explosão, a qual chamaram de big bang. A partir dela, seres microscópicos foram evoluindo desde as águas até ganharem terra e evoluirem ainda mais. Uma dessas criaturas foi certa espécie de macacos que adquiriram habilidades conforme suas necessidades de sobrevivência e aprenderam a andar sobre duas patas, eretos, a falarem e desenharem; posteriormente, criaram sinais para representar a fala: nasceu a escrita.
É, portanto, inconcebível a idéia de que o homem nasceu do barro. Fósseis nos provam essa evolução das espécies. As criaturas que ainda vivem e evoluem aos nossos olhos comprovam a veracidade dessa teoria. Pra quê recorrer a um deus criador?
Em nosso país é muito bem difundida a idéia do deus judaico-cristão-islâmico, embora a religião predominante seja o cristianismo e nela, o catolicismo. Avaliemos esse deus, então, e as factóides das histórias cristãs:
É irracional pra mim, primeiramente, o mundo ser criado em seis dias. Impossível. Mais impossível ainda é o homem vir do barro e só ganhar inteligência porque comeu uma maçã. Adiante, conhecemos um velho que reuniu todas as espécies de todos os ecossistemas existentes numa barca para fugir de um dilúvio. Mesmo divinamente, isso é impossível. Haja espaço!
Percorremos mais um pouco e encontramos travessia num mar a pé enchuto e depois disso pães que caem do céu. E até chegar no Cristo, personagem central da história, percorremos por pessoas que caem em covis de leões e não são atacadas, caem no fogo e não queimam, enfim. Atrocidades inexplicáveis.
A Bíblia nada mais é que um grande livro de fantasia inventado pelas pessoas para mostrar um poder maior impressionante e reger a vida de um povo para manter o controle sobre ele. O ápice do impossível é uma mulher conceber sem o ato sexual e dar à luz um filho que iria morrer e depois ressuscitar.
Respeito todos os credos e todas as filosofias de vida, mas como é possível esse mundo que lemos nas páginas bíblicas ser o mesmo de hoje e não acontecer tais coisas? E de fato, muitas coisas que a Bíblia construiu, a ciência já provou o contrário. Qualquer pessoa com um pouco de racionalidade saberia avaliar e perceber que deus é uma criatura e não um criador.
Por que eu resolvi escrever isso? Estava eu fazendo no orkut uma visita àqueles que fuçam no meu perfil e encontro esse amigo aqui. No perfil e nos vídeos dessa pessoa encontram-se explicações do porquê ele é ateu. E eis que vejo a mais infeliz das manifestações humanas: a hipocrisia!
Creio que um verdadeiro ateu é aquele que não acredita, por entender que a razão o explica tudo. Mas uma pessoa se dizer não-crente por julgar as atitudes humanas deploráveis e Deus não fazer nada, por achar que o episódio de Sodoma e Gomorra foi uma prova da ira implacável e da falta de misericórdia de Deus, é inaceitável.
Se eu não creio em (D)deus, então pra mim Sodoma e Gomorra, as pragas do Egito, a travessia do Mar Vermelho, a criação da Terra em seis dias são histórias fantásticas e não realidades a serem contestadas ou tomadas como objeto de revolta. Se existem pessoas que maltratam animais e eu não concordo com isso e também não creio em Deus, porque ficar esperando de algo que eu sei que não existe uma solução? Ser ateu e ser anti-Deus são coisas diferentes. Cuidado, então, eu digo para esses falsos ateus. Se Deus pra vocês também existe, controlem seus ímpetos que vocês estão sujeitos à ira dEle. Não falem o que vocês não sabem porque mais sábio é aquele que se cala quando vê que vai proferir uma tolice. Não zombem de Deus. Por mais que para vocês ele não exista, ou não querem aceitar a existência dEle, mas faz parte de uma coisa que se chama respeito e que mora em quem acredita nEle (e não é pouca gente, nem tampouco são ignorantes). Agora se não crêem, de fato, não se revoltem com coisas que para vocês são falsas. Vai poupar-lhes estresses. Como diria Wanessa Camargo: "Viva a vida sem ter pressa, ser feliz é o que interessa!".
obs.1: Galera. Valeu mesmo pela repercusão do tópico anterior. Sei que fui muito mal interpretado, mas acreditem: eu não tenho valores desvirtuados. Só fui mal entendido em alguns casos. Foi o tópico máximo da história do Andarilho.
obs. 2: Semana que vem tem a Carta do Cristão. Pra provar que ter uma crença não é tolice. Mas deixem pra comentar sobre isso no próximo tópico.
obs.3: Ah! E ajudem SC! Como puderem! Não é exagero da mídia. A coisa por aqui tá feia mesmo! Quem puder, colabore!

domingo, 2 de novembro de 2008

Quando que não é comercial?

Pra tudo há exceções, sim, é verdade. Mas grande parte das manifestações culturais de hoje são frutos comerciais. Não; não creio que isso seja ruim. Também não é bom por inteiro. Explico: claro que existem coisas idiotas feitas e ditas culturais para vender, mas nem tudo que é comercial é tosco. E não venha me dizer que o que é bom não é comercial. Pode existir o que não seja, mas maioria é.
Divago a respeito pois estava lendo uma entrevista velha e polêmica das páginas amarelas de Veja. E como não podemos falar e dar certezas do que não conhecemos, vou usar uma personagem que eu acompanho bastante para defender a minha tese. Lembrando que não estou defendendo a personagem, defendo a tese.
A referida entrevista antiga (2003) e polêmica, é com Wanessa Camargo. Certa altura da conversa, eis que o repórter pergunta: "Existe alguma qualidade musical no seu trabalho?". A cantora responde: "Eu não sou uma grande cantora, mas estou aprendendo. Hoje, por exemplo, não consigo ouvir o meu disco de estréia porque acho que os vocais são muito ruins. Tenho consciência de que meu trabalho é comercial. O povo gosta de ouvir baladas, elas tocam mais no rádio e ajudam a vender discos". Pergunto, portanto: o que não é comercial?
Se me disserem: Roberto Carlos, Gal Costa, Milton Nascimento, Gilberto Gil e esses grandes nomes da música nacional, ou mesmo internacional, caso de Enya, Celine Dion e outros, digo que tudo é comercial. Voltando à Wanessa; se formos fazer uma busca qualquer, encontraremos referências como: "Wanessa já fez duetos com Elba Ramalho, Rita Lee, Zeca Pagodinho, Daniela Mercury..." e vai citando. Grandes nomes atestando que "se ela é capaz de cantar com esses, é porque não é tão ruim".
Quando qualquer gravadora lança algum CD, mesmo que seja do Leoni, Titãs ou Paralamas do Sucesso, está de olho nos índices econômicos (prova de que também é comercial esses dois, é o CD ao vivo com as duas bandas juntas cantando sucessos). Não há nada que não seja comercial. Consigo avistar menos comercialidade no cinema, em casos como curtas que geralmente são feitos por gente amante de cinema, ou longas não holywoodianos. O Brasil também ultimamente vem produzindo um cinema autenticamente comercial.
Theodor Wiesengrund-Adorno, na teoria da comunicação, já falava da "Indústria Cultural". A cultura sendo usada como forma de industrialização. Se formos observar o lado capitalista da coisa, com certeza isso é negativo, mas não diminui o valor cultural do objeto. Claro que essa "indústria cultural", a comercialidade nesse meio e o fruto disso tudo, pode gerar diversos produtos com qualidades discutíveis na música (Xuxa só para Baixinhos, Hight Scholl Musical, RBD, entre tantos outros exemplos e, inclusive, a Wanessa Camargo) e em outras manifestações também. É o caso, por exemplo, da infelicidade do Brasil só filmar seus podres, pobres, tragédias, violências e favelas, porque sabe que enquanto mais sangue e agressividade, mais vai agradar os expectadores nacionais. Mas Milton Nascimento, Titãs, Paralamas do Sucesso e uma galera boa aí não deixa de ter qualidade só por serem usados como objetos comerciais. O selo de qualidade de qualquer artista que almeja um reconhecimento e ainda trilha pelas pedras da "balada" (como diz Wanessa) para conquistar espaço, é ser elogiado por esses grandes nomes, justamente porque criou-se neles um produto de credibilidade e referência.
Portanto, não concordo que as pessoas digam: "não assito esse filme, não gosto desse cantor, não ouço essa música porque é comercial". No mundo capitalista que vivemos tudo é comercial, queiramos, ou não. A qualidade é outro campo de discussão, mas a comercialidade, me desculpem; repito: está em tudo.

domingo, 21 de setembro de 2008

Fumantes & cigarros

Odeio cigarro. Odeio a maioria dos fumantes. Todo fumante (aqui fala meu lado revoltado, desculpem) é burro.
Por que eu odeio cigarro? Pois o cigarro é uma coisa inútil, causa milhares de malefícios à saúde e destrói com o pulmão dos fumantes ativos e passivos (aqueles que engolem fumaça sem estarem fumando de fato), e destrói com mais outro monte de calhamaço de coisas dos fumantes ativos. É um troço nojento, fedido, que não tem nada de benéfico e ainda por cima é caro. É responsável pela diminuição do orçamento de todas as famílias com membros fumantes, visto que, se existe compra de uma carteira de cigarro por dia, num mês o rombo pode ultrapassar os R$80. O cigarro deixa a mão fedida e amarelada, hálito horrível e uma catinga impregnada na roupa que não há sabão em pó que elimine numa lavagem. Até o cabelo paga com o cheiro horrendo do brinquedo do diabo, depois de uma festa infestada de fumantes. Até plantação de fumo incomoda, pode? (Tem uma aqui na cidade, são mais de 5 bairros que precisam aturar o cheiro de fumo que se alastra em época de colheita).
Por que eu odeio maioria dos fumantes? Porque são cambada de mal educados incontroláveis. Não em tudo, mas basta estar com um cigarro na mão para virarem bichos do mato. Num show lotado, amarrotado de gente, num empurra-empurra louco, sempre tem o cidadão que acende um cigarro e segura ele no alto, dá uma tragada e levanta o maldito denovo. Acaba, por fim, que todo mundo tem que fumar junto com aquela criatura! No ponto de ônibus, ou até mesmo no terminal eles não fazem a gentileza de ficar atrás de todo mundo para fumar sem incomodar; ficam na frente para serem os primeiros a embracar (todo mundo faz isso, mas quando se está fumando, poderia dar um desconto...) e o vento carrega aquela fumaça imprestável para o pulmão de todo mundo que está ao redor. Daí quando chega o ônibus, nem apagam o cigarro: jogam no chão semi-acendido! Mas esse negócio de jogar no chão não é só nos embraques do transporte coletivo, não. Parece que nenhum fumante conhece uma coisa bem legal que inventaram um dia: lixeiro. Há alguns até mais equipados com cinzeiros para os infelizes jogarem seus dejetos ali, mas os tais cinzeiros estão sempre mais cheios de papel de bala do que de tucas de cigarro. Poluem o ar com aquela fumaça nojenta e as ruas com seus cigarros, terminados ou não.
Eu conheço muita gente que é super simpática e educada e de bons valores, mas parece que um cigarro entre os dedos transforma as pessoas. Por isso digo que todo fumante é burro. Mesmo sabendo de tudo isso, fumam. Não culpo os que fumam há anos (não culpo hoje, mas começaram um dia, e esse foi lamentável), mas os mais novos, os jovens. Pra quê fumar? Pra quê começar? Acha bonito? Eu acho ridículo e não há nada mais desagradável (e mesmo os fumantes reconhecem isso) do que o hálito de cigarro. Deixei de ficar com várias meninas ou mesmo de apreciá-las unicamente por fumarem. Não gosto, comigo não tem crédito.
Imagine se eu tivesse sobrando todo mês R$80... minha casa seria uma biblioteca e não eu uma chaminé itinerante....

sábado, 13 de setembro de 2008

O brasileiro e as paraolimpíadas

Estava eu pensando: o Brasil é o país do comodismo. Não estou falando isso de forma generalizada, mas é algo que vemos, e não somente no meio do povão; os empresários e o próprio governo são assim. Por que eu falo isso?
Um dos motivos pelos quais eu acredito que o Brasil tenha ido mal nas olimpíadas é, sem dúvida, a falta de apoio. Maioria dos nossos atletas treinam como hobbie, algo amador, pois precisam de outra fonte de renda para sobreviverem. Tudo o que o nosso país conquistou lána China, sem dúvida, como disse Arnaldo Jabor em um dos "Jornal da Globo" após a vitória de Maurren Maggi, é mérito individual do atleta, e não de um país que não tem estrutura e nem apoio nenhum ao esporte.
Por outro ângulo, os eportes "queridinhos do Brasil" que levam um patrocínio torrencial, são tomados pela falta de humildade e saem sem a glória que buscavam (claro que falo do futebol masculino).
Mas agora chego no que eu realmente queria falar. Com a mesma precariedade estrutural que nosso esporte é tratado, os deficientes físicos esportistas se deparam. Eles são a prova de que se o Brasil sobrevive a qualquer coisa nesse mundo afora, é unicamente pelo esforço e boa vontade de quem quer chegar em algum lugar. Eles são a prova de que tudo que a gente conquista - infelizmente - é somente a base de muito suor e luta, pois apoio que é bom, é pouco. Por isso podemos ver que os mais "limitados" como diria o senso comum, são exatamente os que, até ontem, garantiram o nosso país no grupo dos dez melhores países nas paraolimpíadas, enquanto os nossos atletas olímpicos não chegaram nem aos 20 melhores.
Não desmerecendo ninguém, mas esse fato é o espelho de como o brasileiro vive a vida: enquanto maior a dificuldade, mais busca força pra lutar. Ou alguém faz alguma coisa logo e pára de pensar no individualismo como tratei no post anterior, ou chegará a hora que o cansaço vai chegar, e aí... haja ouro pra animar corações gelados...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Um momento de indignação

O que me deixa mais triste na situação atual da nossa sociedade é o chamado jogo de interesses. As pessoas estão cada vez mais pensando em si mesmas preocupadas com seus umbigos e pouco se importam com o que acontece com quem está do lado (salvo raras excessões). Não vou dizer que eu sou um desses exemplos de pessoas, porque, convenhamos, sempre, de alguma forma, acabamos (ou eu acabo também) puxando o peixe para o nosso lado. Umas vezes sem prejuízo pra ninguém, outras vezes (aí não me encaixo) sem se importar com o que o outro vai penar em conseqüência daquilo.

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Isso é muito perceptível nas campanhas políticas: os candidatos só faltam lamber o chão dos lugares onde as pessoas passam, mas depois de eleitos nem andam mais nas ruas para ver a necessidade dessas pessoas. Numa dessas ultimas semanas que passou, fui fazer uma matéria para o jornal laboratório da faculdade num bairro mais carente aqui de Joinville. Nossa! Como as pessoas, as famílias precisam de assistência! Como é claro que elas precisam de mais atenção! Mesmo assim, a escola não tem recursos nem para trocar uma fechadura se esta quebrar. O governo se gaba de construir escolas, mas de que adianta fazer um filho e não sustentar? Só anualmente o governo federal (e era uma escola municipal) repassa uma verba para a instituição se virar o ano todo. Aí falam em uma sociedade mais justa e balálá, balalá... eu me revolto com uma coisas dessas! Fui à Secretaria da Educação e me disseram que os pequenos reparos têm que vir com dinheiro da comunidade... mas como!? Se aquela comunidade mal tem dinheiro para pôr o que comer na mesa! É um absurdo uma coisa dessas! Eu tenho vergonha de dizer que Joinville tem um dos melhores modelos educacionais do estado, do país. Se isso for bom, imagina aí pra fora!
Afora a educação, os governos, percebemos as empresas cada vez mais injustas tanto com seus funcionários quanto com seus clientes. É aquela coisa da individualidade. Essa individualidade, acredito eu, é como um bumerangue: uma hora vai voltar e acertar a cara de quem jogou. Enquanto não pensarmos no bem comum, nós nunca vamos ter a nossa vida tranqüila. O problema é que ninguém se tocou disso ainda. Seja onde for, mas justiça tem que ser feita com todas essas pessoas responsáveis por tanta miséria, tanto sofrimento e tanta falta de oportunidade nesse mundo afora.

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domingo, 3 de agosto de 2008

Criança Esperança. O que é verdade e o que é mentira?


Vou abster-me de emitir opiniões agora. Só gostaria que vocês lessem o material que disponho aqui e ponderem que:
*Uma mentira milhonária, acredito eu, não pode ser tão escondida por tanto tempo.
*Será que entre os artistas e esportistas envolvidos há tanto sinismo assim de sair mentindo desse jeito?
*Mas a história da Rede Globo nos faz pensar mal...
Enfim, analisem e comentem as conclusões...

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Transcrição da resposta da Rede Globo aos boatos que circulavam pela internet no ano passado:
Doações para o Criança Esperança são descontadas do Imposto de Renda da TV Globo.
A VERDADE: A Internet, que surgiu com a aparência de espaço maior da liberdade de informação, está também se transformando num valhacouto a serviço de toda sorte de interesse. Não só através da disseminação irresponsável de informações falsas, mas também por fazer uso do nome de pessoas que sequer têm conhecimento da natureza perversa dessas iniciativas. Assim, surgem "correntes" - aparentemente de origem segura ( essa vinda "de um amigo que trabalhava na Globo" é típica...) que provocam estragos irreparáveis na imagem de terceiros, sem que haja instrumentos legais de reparo. O nome de pessoas de bem, profissionais responsáveis de empresas sérias e seus respectivos correios (inclusive os funcionais, que dão uma credibilidade maior ao conteúdo ) está sendo aproveitado para atingir, mais do que a TV Globo, um projeto da maior seriedade. Mesmo acreditando na lisura de todos os copiados nessas correntes, temos por princípio zelar pela dura e desigual - uma vez que o ataque é muitas vezes gratuito e covarde pelo anonimato - tarefa de tentar restabelecer a verdade. Aliás, quem montou essa versão mentirosa nem seu deu ao trabalho de elaborar algo mais consistente.Eis os esclarecimentos:
1) O Criança Esperança é gerido pela Unesco e não pelo Unicef.
2) A arrecadação nunca chegou aos valores citados. Infelizmente.
3) Num emocionante exemplo de solidariedade, a maioria esmagadora dos doadores vem da população que sequer tem renda para declarar, muito menos imposto a abater. Quem diria computador para espalhar boatos maldosos...
4) TODA a arrecadação, como é exaustivamente mostrado nas campanhas, é depositada diretamente em conta da Unesco. Não entra um tostão na TV Globo. Assim, não existe repasse algum da Globo para ninguém.
5) A Globo sequer recupera comercialmente os enormes gastos que tem com elenco, produção e veiculação do programa e das campanhas de arrecadação.
6) Mesmo sendo de interesse público, doações a entidades internacionais simplesmente não são dedutíveis de Imposto de Renda!!!
No caso do Criança Esperança, ainda mais importante do que a relevante arrecadação pela Unesco direcionada em projetos no Brasil, destaque-se a mobilização permanente que a TV Globo promove em torno de temas de interesse da infância e da adolescência.Data vênia, acreditamos que se o Criança Esperança se limitasse a esse trabalho de comunicação social já se justificaria.Em que pese esse reconhecimento por parte de órgãos do chamado Terceiro Setor, essa é mesmo uma avaliação subjetiva. O fato é que o responsável pela elaboração desse texto em relação ao Criança Esperança é um mentiroso ou no mínimo um desinformado leviano.Peço desculpa pela tamanho e pela veemência na resposta, mas essa calúnia atinge não só a TV Globo (e por tabela a Unesco, que pactuaria com essa manobra fiscal), mas centenas de colegas que se dedicam aos nossos projetos sociais.Se quiserem mais detalhes, eis o endereço eletrônico desse projeto: http://criancaesperanca.globo.com/.
Central Globo de Comunicação
Documento da Unesco com a resposta:

Bem, o espaço é de vocês!

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domingo, 20 de julho de 2008

Bola de cristal: o futuro do jornalismo impresso

"Deu no jornal". Há não muito tempo atrás - eu diria menos de uma década - essa era uma frase de perfeita credibilidade e nada mais tinha tanta credibilidade quanto o que saía num jornal impresso. Claro que sempre teve a TV e o rádio, mas até estes usavam jornais como referência e até hoje em telejornais matinais, as manchetes dos principais impressos do país são mostrados na telinha da TV.
Mas hoje a coisa não funciona mais do mesmo jeito. Qualquer um pode ser uma fonte de notícia. Celulares cada vez mais equipados com câmeras fotográficas e de vídeo, máquinas digitais muito acessíveis a qualquer um que tenha um crediário nas Casas Bahia, enfim... todos nós estamos vendo e fazendo notícia. Registrar e provar que viu sem ter uma fonte "legal" está cada dia mais fácil.
Não obstante, existe ainda a internet que atualiza as notícias minuto a minuto e cada vez mais pessoas estão conectadas. E o melhor: é de graça e os sites de notícias travam uma verdadeira guerra entre si pelo maior número de notícias, com as atualizações mais freqüentes e o maior número de informações nelas. A quem isso beneficia, eu sempre me pergunto.

Bem, além dos sites de notícias há os blogueiros - que, não como eu, é claro, mas os de longa vida jornalística - atualizam seus blogs dando às notícias uma cara mais interativa e menos formal, porém, não com menos informações e profundidade que nenhum outro veículo, afinal, muitos jornalistas renomados mantém seus blogs ativos.

Percebendo o exagero da multimidialização (se é que existe essa palavra) e do acesso cada vez maior das pessoas a esses meios, os próprios jornais impressos passaram a investir em versões on line; assim, não ficam pra trás, se garantem de alguma forma mas não deixam de exercer a velha função do jornalismo.
Diante disso tudo temos dois problemas: o primeiro é que as pessoas estão ficando cada vez mais enjoadas de notícias, de jornais, de informação. Ela, muitas vezes deixou de ser um espaço de ajuda social, com a função de servir à população e está cada vez mais sendo palco de um vergonhoso sensacionalismo. E não me digam que a culpa é das pessoas que gostam de ver isso! Acontece que o mundo está mal acostumado e a banalização da informação fez com que se travasse uma guerra entre as empresas jornalísticas apostando cada vez mais em meios mais baixos e frios para conquistar o público. Perdeu-se o jornalismo que contava boas histórias e que não era tendencioso e oportunista. Os bons cidadãos enjoaram. Os perdidos, têm sede de sangue e escândalos.
O segundo problema é: aqueles que ainda julgam importante estar informados, estão buscando outras formas de estarem por dentro que não um jornal impresso. Este é preciso comprar e a leitura demanda tempo. Então eis o coração desse tópico: qual o futuro da celulose no jornalismo?

Como estudante de jornalismo, eu realmente acho que o jornal não pode acabar. Eu falei que não pode e não que não vai. E realmente eu torço para que não acabe. Uma enquete que abri aqui no Andarilho e que quatro pessoas votaram (se depender do meu blog a internet não alavanca nunca!) 2 acharam que tem futuro, 1 que está no fim e outra que acredita que está fadado à morte, muito embora seja indispensável. E realmente é indispensável.
Aqui farei uma defesa do jornalismo impresso. Mas é defesa. Muita gente não pensa assim e é tão natural recorrer a outros meios que as pessoas nem ponderam essas questões, apesar de serem relevantes:

A internet é o meio de informação - na minha opinião - mais deprimente que existe. Na pressão de dar o furo, colocar no ar mais rápido que a concorrência, acaba-se comentendo erros imperdoáveis muito comuns: informações erradas por falta de checagem, erros de português, falhas com links e o acúmulo de informações requentadas e irrelevantes.

Na TV, o tempo do telejornal compromete a qualidade. Não há, portanto, profundidade. Não existe uma interação e as informações são jogadas tão rapidamente na nossa cabeça que nem temos tempo de processar tudo. Perdeu uma frase do Bonner? Nem sabe então o que a matéria tava falando! Isso é o formato da TV, não é pecado.

O único espaço que temos para lermos notícias com mais checagem, uma apuração melhor é o jornal impresso. Nunca vi ninguém levar notebook pro banheiro pra ler no trono. Muito menos imprimir uma matéria interessantíssima que leu na internet. Mas o que eu conheço de gente que guarda matérias do jornal, principalmente de cadernos de cultura, é basante significativo.
Além do que, com o jornal, a leitura não cansa (o computador emite luz e isso incomoda a vista), é mais prazerosa e calma. Mesmo com a pressa do dia-a-dia, podemos levá-lo para onde for e temos o dia inteiro para ler e não somente os 45 minutos do JN ou o tempo que ficamos na frente de um computador.

Infelizmente, para competir com outras mídias, muitos jornais vêm apostando em modificações infelizes: matérias sem produndidade, sem textos densos e muita, mas muita ilustração, arte e fotografia. Exagero de "notinhas" e pautas sem criatividade nenhuma. Daí o jornal não se salva mesmo porque cada mídia tem sua característica: a TV, ser rápida; a internet, atualizada com textos pequenos e fáceis; e o rádio ser dinâmico. Existem impressos que não conseguiram entender que o seu lugar é no papel. Que jornal não tem figurinhas que se movimentam e não tem textos que se atualizam e falam (apesar de um certo jornal aqui de Joinville fazer um comercial de TV de um avião que sai da foto do papel... tsc, tsc). É preciso, claro, que não fique na mesmice. O "The New York Times" ficou escandalosamente desvalorizado na bolsa dos EUA por causa da queda nas vendas. Sabemos que os impressos vêm vendendo cada vez menos, mas nesse caso, o "Times" continuou com o formato "tijolão" (muito texto com letrinhas pequenas). Deve haver melhorias e o jornal deve ser atrativo, mas o papel dele é fazer a diferença, ser o que a TV, o rádio ou a internet não conseguem: dar informação correta, bem apurada, revisada, completa, profunda, criativa, com o "algo a mais" e principalmente: com texto bom. Há jornais que parece que estamos lendo diário de primário: falta vocabulário e só fala o básico; a mesma coisa que eu vi na TV ontem e que eu li na internet antes de ver no telejornal de ontem. Cadê a "algo a mais"? Onde eu vou encontrar profundidade se quem deve me trazer não traz? Quando que eu vou parar de torcer o jornal e sair sangue? Quando que eu vou ter matérias mais criativas? Quando que os empresários dos impressos de todo país vão entender que jornal é jornal e não outra coisa? Como diz o ditado: "Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa".

Talvez sabendo de tudo isso, as pessoas valorizem mais o impresso. Se ele continuar sendo "só mais uma coisa pra saber a mesma coisa", não sobrevive mesmo.

Obs. 1: Eu não sou contra a internet. Como toda forma de notícia, ela também cumpre seu papel. Só acho que ela não é completa e é perfeitamente substituível. Porém, muitas rádios, por exemplo, usam a internet para fazerem seus informes.
Obs. 2: Sou um eterno admirador dos telejornais. Meu desejo é trabalhar em TV. Mas acho que ela não é completa. Como disse: o formato de um telejornal não permite que ele seja melhor.
Obs. 3: Odeio sensacionalismo. Isso destrói com o jornalismo. É preciso informar e não esfaquear ainda mais a vítima. O problema é que o jornalismo está se restringindo muito ao trágico ultimamente.
Obs. 4: Não escondo um apreço por impresso. Existe também em mim um vontadezinha de ver meu nome assinando uma matéria. Se for num caderno de cultura, tô mais feliz ainda!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Dinheiro

O dinheiro é algo tão importante para nós, não é verdade? Com ele realizamos nossos sonhos, adquirimos coisas novas, deixamos tudo o que possuímos mais bonito e conservado, enfim... é solução para muitos de nossos anseios e desejos.
Mas podemos, com certeza, afirmar que esse pequeno pedaço de papel é uma faca de dois gumes que só serve para o bem se soubermos usá-lo. E quando não se sabe usá-lo o estrago pode ser grande...

Vamos dar uma olhada na história da humanidade e ver o quanto ele fez mal para o povo:

Em Roma, a dominação dos Césares alcançava praticamente todos os espaços conhecidos do mundo e em todos esses lugares, impostos horríveis e vergonhosos eram cobrados de todas as pessoas para manter o poder, a riqueza e a dominação do Imperador e deixar na miséria as milhares de famílias existentes
Quem se livrava da miséria era o alto escalão judaico que sobrevivia do dízimo. As autoridades judaicas não tinham uma vida dura em relação ao povo, embora também pagassem os impostos romanos.
O tempo foi passando, o império romano perdeu o poder, mas veio a Igreja Católica com a conquista das terras e a dominação de grandes propriedades. Vendiam-se terrenos no céu e tanto a alta hierarquia da Igreja quanto os reis a quem os bispos serviam, ganhavam cada vez mais. A Igreja com as terras vendidas no céu e o dízimo herdado da cultura judaica e os reis e senhores com seus feudos e fazendas de extensões incauculáveis.
O tempo foi passando e muita coisa mudou no mundo. O sistema de governo monárquico foi caindo e deu-se lugar ao sistema democrático. A Igreja mudou as atitudes depois da comprovação de vários dos seus erros políticos e sociais e a reforma luterana também ajudou a mudar muito o pensamento da Igreja de Roma. Com isso, ela se limitou ao dízimo. Mas outros problemas iriam envolver Deus ainda...]

Para conseguir poder e, consequentemente dinheiro, posse e terras, aconteceram as duas grandes guerras que, além de destruírem muitas nações e mudar a cara política do planeta, revelou potências econômicas como os EUA, por exemplo, que, a partir de então, começou a ser uma grande potência econômica mundial.
Isso não trouxe só benefícios. Ou melhor, não trouxe benefícios. Aos poucos, os EUA foram dominando países, marcando seu símbolo de poder até na lua e a sua moeda foi considerada a moeda mundial e de referência à situação econômica internacional.
Com isso, originaram-se guerras como a do Vietnã, do Afeganistão e do Iraque. E eles mesmo sentiram um dos gumes da espada chamada dinheiro quando aconteceu a revolta de grupos terroristas no Oriente Médio e lançaram dois aviões às torres do World Trade Center.

Aqui no nosso querido Brasil, o dinheiro é motivo do tráfico de drogas, da corrupção que engana o povo no nosso país e deixa muita gente na fome, em situação de saúde precária e desencadeia uma diferença social muito prejudicial à evolução da nossa nação. Sem contar que, muito além do dinheiro interferir na realização de uma boa política, enganando o povo, como eu já disse com a corrupção, ele engana nos maiores princípios, inclusive religiosos. E eu não estou novamente falando da Idade-Média quando a Igreja Católica fazia isso. Estou falando de várias denominações religiosas (não todas) que, a cada dia, abrem uma igreja com placa diferente usando um ensinamento sagrado para atrair fiéis e dinheiro. E por essa razão muitas pessoas se desencantam com Deus e estão deixando a vida religiosa diante de tamanha confusão que virou as questões religiosas, pelo menos no Brasil.

Além dos seqüestros, roubos, golpes, empresas fantasmas, fabricantes de produtos que não agem de boa fé e fabricam coisas ruins e até a arte está sendo posta nessa vergonhosa roda gigante de traições e má índole:

Recentemente ouvimos falar de grandes obras de arte roubadas em SP, o filme baseado na obra de J.R.R Tolkien - O Hobbit, corre risco de não sair por complicações judiciais envolvendo o dinheiro, enfim... ufa! Cansei de listar os males do dinheiro... o que precisamos é ficarmos atentos para não nos deixarmos corromper por ele e usarmos esse pedaço de papel unicamente para o bem: a solidariedade, a realização dos nossos sonhos e para saciar nossas necessidades básicas: o alimento, a casa e a vida!

Nossa! Ultimamente estou bem polêmico... bem, comentem aí! Se não comentarem vou cobrar 10 real pelo texto lido, hehe. Fala aí galera!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Escolhe, pois, a vida


A Campanha da Fraternidade é um projeto da Igreja Católica Romana no Brasil, organizado pela CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) para trazer aos fiéis e à sociedade em geral discussões de assuntos relevantes à vida de um povo, de uma nação. Quase sempre, a Campanha trata de casos, povos e situações que estão no auge das discussões.

Recentemente a Campanha tratou da água, dos índios, das drogas, da diversidade social e cultural entre outros assuntos.


Esse ano, porém, a Igreja colocou por trás de um cartaz de um senhor idoso, negro e com rosto feliz tendo, no seu colo um neném branco dormindo tranqüilamente, uma discussão muito polêmica. Tá, mas duas pessoas felizes, um senhor e uma criança é polêmico? Não! Então o que tem de polêmico ao falar da vida? Aí eu respondo: muita coisa!

O tema da CF esse ano é "Fraternidade e Defesa da Vida". Com isso, com certeza, a Igreja quer defender sua posição em relação ao aborto e a eutanásia e, porque não dizer, a concepção de uma nova criança.

Sim, são todos assuntos de posições claras de Roma e conhecidas pelo mundo. A Igreja é contra tudo isso: o aborto, a eutanásia e o impedimento da natalidade. A "Defesa da Vida", portanto, tema da CF, quer levar todos a uma reflexão pacífica sobre tudo isso.

Porquê pacífica? Simplesmente porque a Igreja poderia estampar no tema a frase "Fraternidade e a Proibição do Aborto", ou "Fraternidade Contra a Eutanásia", ou até mesmo e o mais polêmico "Fraternidade em Defesa da Natalidade". Mas não, escolheu a "Defesa da Vida" que engloba esses temas de uma forma mais amena e também fala de outras coisas como a violência, as injustiças sociais e muito mais.


Antes de fazer qualquer crítica à Igreja de Roma, é necessário que entendamos os motivos que levam o Papa e os Bispos (do Brasil que são os que estão em questão) decidirem um tema como esse e tomar tais posições em relação a assuntos que, ao contrário da Igreja, a sociedade está cada vez mais aberta a discussões.

O aborto e a eutanásia são consideradas e vistas pela Igreja com os mesmos olhos: não é direito do ser humano tirar a vida de alguém, privar do direito de viver, decidir quando tudo vai acabar, seja por qual motivo for. Para a Igreja, uma vez que alguém ainda respira e o coração bate num leito de hospital, ou a partir da fecundação, independente se foi fruto de estupro, violência ou qualquer outra coisa, existe ali uma vida e ela não tem culpa do que houve ou o que está acontecendo.

Quanto à restrição à natalidade, a Igreja tem pensamentos meio antigos que, infelizmente não se aplicam nos dias de hoje, mas são baseados na Bíblia. Não é invenção. Moisés dizia nas leis de Deus para o povo de Israel no deserto os 10 mandamentos e entre eles está: "Não pecar contra a castidade". O que isso quer dizer? Que não pode haver relação sexual antes do casamento. Logo, se a pessoa é casada não tem porque usar camisinha ou tomar pírula pois, dentro da lei da fidelidade que também é divina [texto bíblico do livro do Êxodo, capítulo 20, versículo 14 e também no livro de Deuteronômio, capítulo 5, versículo 18], não pode haver traição e, sem traição não tem como contrair qualquer DST. Aos não casados simplesmente não se pode transar!

E o planejamento familiar? Não pode! Deus disse em Gênesis para que a humanidade cresça e se multiplique, essa foi a ordem. [texto do livro Gênesis capítulo 1, versículo 28]


Por fim, queria deixar claro que isso não é uma crítica a Igreja e eu não expus minha opinião em nenhum momento. Se vocês querem saber a minha posição em relação a tudo isso podem me perguntar, mas o que eu quis mostrar foi unicamente o tema que a Igreja está levantando esse ano no Brasil e qual a visão dela em relação a tudo isso. E é importante que, antes de tirarmos qualquer opinião, nós conheçamos a realidade na qual tudo se passa.


Bem, mais uma vez eu deixo um assunto bem polêmico para todo mundo comentar! Aproveitem! E não deixem de saber, também, o que está acontecendo lá por Tedawer Lorcb.